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Dezembro: quais impactos do clima no campo?

Dezembro terá chuva acima da média em várias regiões


Foto: Pixabay

A previsão climática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta variação nos volumes de chuva no Brasil em dezembro de 2025. Para grande parte da Região Sul, o órgão indica chuva abaixo da média, enquanto diferentes áreas das regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste devem registrar volumes acima do padrão histórico.

Na Região Norte, o Inmet prevê volumes de até 50 mm acima da média histórica no centro-sul e centro-norte do Amazonas, no centro-sul de Tocantins, na maior parte do Pará e em praticamente todo o Amapá. O instituto destaca que, no Tocantins e no Amapá, “são previstos volumes até 150 mm acima da média do período”. Em áreas do Acre, oeste do Amazonas e centro-sul do Pará, as chuvas devem ficar abaixo do esperado. Para as demais localidades, o prognóstico aponta volumes próximos da média de dezembro.

Na Região Nordeste, o instituto prevê chuva acima da média na Bahia e no Piauí. Para o restante da região, a projeção é de precipitação dentro da média histórica do mês. Segundo o Inmet, “chuva abaixo da média histórica é prevista apenas para áreas isoladas do norte do Maranhão”.

Na Região Centro-Oeste, o Inmet indica precipitação acima da média em quase todo o estado de Goiás, no oeste do Mato Grosso e no leste do Mato Grosso do Sul. A projeção aponta chuva abaixo da média no centro do Mato Grosso e no noroeste do Mato Grosso do Sul.

Para a Região Sudeste, a previsão aponta volumes acima da média em Minas Gerais, Rio de Janeiro e grande parte de São Paulo. O Inmet afirma ainda que, no Espírito Santo, a tendência é de chuvas próximas da média histórica do período.

Na Região Sul, a projeção indica acumulados abaixo da média histórica em praticamente todo o território. O Inmet prevê déficit de até 75 mm no oeste do Rio Grande do Sul e redução das chuvas na maior parte de Santa Catarina e no oeste do Paraná.

O instituto também projeta temperaturas acima da média em quase todo o país. Na Região Norte, o Inmet estima desvios positivos de até 1,5 °C, especialmente no sudeste do Pará, onde as temperaturas podem variar entre 25 °C e 32,5 °C. Em áreas como o Amapá, o oeste do Amazonas e o noroeste do Pará, os valores devem permanecer dentro da média ou ligeiramente abaixo.

Na Região Nordeste, as temperaturas devem ficar acima da média, com destaque para o sul do Piauí, onde o desvio pode alcançar 1 °C. Em áreas próximas ao litoral, os valores devem variar entre 25,0 °C e 27,0 °C. Em parte do Rio Grande do Norte, norte da Paraíba e norte do Piauí, o Inmet prevê temperaturas dentro da climatologia do mês.

Na Região Centro-Oeste, devem prevalecer temperaturas médias acima da climatologia, com maiores elevações no norte e leste do Mato Grosso, e no centro do Mato Grosso do Sul. Os desvios podem chegar a 1,5 °C nessas áreas.

Na Região Sudeste, as temperaturas médias podem superar 20 °C, com menores valores no leste de Minas Gerais e maiores elevações no oeste de São Paulo, norte de Minas e Espírito Santo, com desvios de até 1 °C.

Na Região Sul, o Inmet projeta temperaturas dentro da média no centro-oeste do Paraná, na faixa litorânea de Santa Catarina e no sul do Rio Grande do Sul. Nesse período, valores até 1 °C acima da média podem ocorrer no centro de Santa Catarina e em grande parte do Paraná.

Na Região Norte, o Inmet afirma que as temperaturas elevadas, combinadas com precipitações abaixo da média no sudoeste e nordeste do Pará, oeste e centro do Amazonas e oeste do Acre, podem aumentar o risco de déficit hídrico. Segundo o órgão, “a limitação de umidade no solo pode reduzir a taxa de frutificação, o tamanho e o peso dos frutos, além de comprometer a qualidade das amêndoas de cacau”. Já no centro-norte do Amapá, no extremo norte e sul do Amazonas, no Baixo Amazonas e no sudeste do Pará, o excedente de chuva tende a favorecer o desenvolvimento vegetativo e a reposição hídrica.

Na Região Nordeste, a previsão de chuva acima da média associada a temperaturas elevadas tende a favorecer cultivos em desenvolvimento no mês de dezembro, como feijão, milho e fruticultura irrigada. De acordo com o Inmet, “o aumento das chuvas deve assegurar adequado suprimento hídrico”, contribuindo para uniformidade dos grãos e redução de perdas por estresse térmico.

Na Região Centro-Oeste, a combinação de chuvas e temperaturas acima da média tende a favorecer o desenvolvimento de soja e milho da primeira safra, que avançam do estágio vegetativo para o florescimento nas áreas semeadas mais cedo. Porém, o instituto alerta que “em áreas com volume de chuvas abaixo da média, pode haver períodos curtos de restrição hídrica”, especialmente no norte de Mato Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul. O Inmet acrescenta que o cenário pode intensificar a pressão de pragas e doenças foliares.

Na Região Sudeste, o instituto indica que a previsão de chuvas acima da média e temperaturas mais altas tende a favorecer a semeadura e o desenvolvimento inicial de cultivos de verão, como soja, milho e feijão, além de beneficiar culturas perenes como café e cana-de-açúcar devido à reposição de umidade no solo.

Na Região Sul, a previsão de chuvas abaixo da média, associada à elevação das temperaturas, favorece a fase final de desenvolvimento das culturas de inverno e as operações de colheita. O Inmet destaca que a menor umidade reduz a incidência de doenças fúngicas, enquanto as temperaturas mais altas aceleram a maturação dos cultivos de verão.

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