Mercados agrícolas iniciam sessão curta em Chicago
No trigo, os contratos na Bolsa de Chicago apresentam valorização
No trigo, os contratos na Bolsa de Chicago apresentam valorização - Foto: Divulgação
Os mercados agrícolas iniciam o pregão desta terça-feira em um ambiente de ajustes técnicos e influência do cenário internacional, com sessão encurtada e menor liquidez. As cotações em Chicago operam em alta para os principais grãos, refletindo movimentos de cobertura de posições por parte de fundos e fatores geopolíticos que seguem impactando o complexo de commodities, especialmente por meio do petróleo. No mercado doméstico, os preços físicos mostram variações pontuais, enquanto o câmbio permanece sem referência devido ao fechamento dos mercados no Brasil.
No trigo, os contratos na Bolsa de Chicago apresentam valorização expressiva tanto para março quanto para dezembro de 2026, com preços mais próximos das máximas do dia, indicando impulso consistente de alta. O movimento ocorre em meio à recompra de posições por fundos, após a saída recente do trigo americano. No cenário internacional, o ritmo das exportações russas segue desacelerando, ao mesmo tempo em que os preços internos do cereal na Rússia recuam.
A soja também opera em elevação em Chicago, sustentada por fatores geopolíticos que influenciam o petróleo, apesar de fundamentos comerciais mais frágeis. As compras chinesas previstas para o ano foram cumpridas apenas parcialmente, em um contexto atribuído a razões políticas, já que a soja americana segue mais cara do que a oferta do Brasil e da Argentina. No mercado interno, os preços no Paraná apresentam estabilidade no dia, com pequenas altas no acumulado do mês, tanto no interior quanto no porto.
No milho, as cotações avançam na CBOT, acompanhando o mesmo ambiente externo observado na soja. No Brasil, os contratos futuros na B3 recuam, enquanto o mercado físico registra leve alta diária e ganho mensal. A ausência de referência cambial limita ajustes mais amplos nos preços domésticos.