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Formigas: praga nos pomares

Formigas: praga dos pomares

Formigas: praga nos pomares

- Descrição:

As formigas cortadeiras quenquém (Acromyrmex spp.) são as que ocorrem com maior freqüência nos pomares. As operárias são marrom-escuras, avermelhadas ou pretas e variam de tamanho de acordo com a função que exercem, porém tendem a ser menores que as formigas saúva. Também diferem das saúvas por apresentarem mais pares de espinhos no dorso (quatro a cinco pares).

Os formigueiros de quenquém geralmente são pequenos e com poucas panelas, muitas vezes uma só, parcialmente enterradas. Formam-se preferencialmente sob montes de palha, pedras ou outros entulhos, como restos de destoca. Podem ser localizados pela terra granulada solta misturada com palha, resultante da escavação da panela. Os carreiros podem ser superficiais ou subterrâneos e geralmente dão pistas para a localização do formigueiro. Estas formigas são mais ativas à noite e nas horas de temperatura amena do dia. Em dias com forte nebulosidade os carreiros podem se manter ativos durante todo o dia.

As formigas saúva (Atta spp.) não ocorrem tanto nos pomares, porém seus formigueiros geralmente são grandes, com várias panelas e muitos indivíduos, o que lhes confere um alto potencial destrutivo. Também são mais ativas a noite e em dias nublados. Os carreiros geralmente são superficiais, com trilha limpa, e muitas vezes bastante longos. Terminam em olheiros, que nem sempre indicam a localização das panelas.

O trabalho de trituração das folhas normalmente é feito pela casta das jardineiras, as menores formigas que permanecem internas no formigueiro. Estas formigas também são responsáveis pela alimentação das larvas, rainha e demais operárias.

O corte de folhas é de responsabilidade das cortadeiras/ carregadeiras, que atuam fora do formigueiro (figura ao lado). A casta de soldados dá alarme e defende o formigueiro contra a invasão de intrusos.

A multiplicação das formigas é assegurada pela rainha, que também mantém a sociedade coesa com uma série de feromônios liberados no formigueiro.

A reprodução de um formigueiro ocorre quando há a revoada de rainhas virgens (as tanajuras) e machos alados (os bitus). Estas revoadas normalmente ocorrem na primavera, principalmente nos meses de setembro e outubro.

- Reconhecimento dos danos:

As formigas cortadeiras atacam durante todo o período vegetativo das plantas, cortando as folhas, brotos e até ramos tenros. Podem inclusive derrubar todas as flores de uma planta, caso o ataque ocorra na floração. Sob a copa de plantas atacadas podem permanecer inúmeros fragmentos de folha, que denunciam a atividade das formigas.

A atividade diurna das formigas nem sempre ocorre e assim plantas severamente atacadas podem ser percebidas da noite para o dia.

- Controle:

Algumas espécies de quenquéns têm o hábito de forragear a noite, não deixando trilha que leve até os ninhos como fazem as saúvas. Estas formigas são mais facilmente controladas quando se localiza o ninho, porém, muitas vezes, como os mesmos não estão acompanhados dos montículos de terra, torna-se difícil à aplicação de formicidas de forma localizada. Dentre os principais métodos de controle de formigas, destacam-se as iscas formicidas e o emprego de inseticidas em pó.

As iscas formicidas devem ser utilizadas diretamente da embalagem, distribuindo os grânulos ao lado dos carreiros, próximo aos olheiros. As espécies de quemquéns não conseguem carregar, satisfatoriamente, as iscas do tamanho que se utiliza para as saúvas. A aplicação deve ser realizada com tempo seco para evitar que ocorra degradação dos grânulos devido a umidade. As iscas não devem ser armazenadas com outros produtos químicos nem tocadas diretamente com as mãos, sob o risco de perda de atratividade (formiga não carrega). Os inseticidas em pó devem ser aplicados diretamente nos ninhos, através de insufladores.

Em algumas situações, quando não é possível localizar os ninhos e o ataque está ocorrendo, pode ser utilizado gel repelente (Eaton"s) que deve ser aplicado ao redor do tronco, em faixas de 2 mm de largura visando impedir que as formigas subam para cortar as folhas. Este método não controla a formiga, apenas evita o dano até que o formigueiro seja localizado e controlado.

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