Os insumos biológicos avançaram, mostra estudo
Entre as categorias, bionematicidas lideram com 44%
Soja, milho, cana-de-açúcar, algodão, café e hortaliças-frutíferas respondem pela quase totalidade da demanda - Foto: Agrolink
O uso de insumos biológicos ganhou força na safra 2024-25, em meio à busca por alternativas de manejo e ao aumento da oferta de produtos no mercado. Na atualização mais recente, o levantamento FarmTrak Bioinsumos da Kynetec indica que as vendas de biodefensivos chegaram a R$ 4,35 bilhões, alta de 18% em relação ao ciclo anterior. O estudo descreve que produtores têm recorrido a soluções adicionais e que houve forte entrada de novas marcas, conforme contexto citado pelo analista responsável.
A pesquisa mostra que soja, milho, cana-de-açúcar, algodão, café e hortaliças-frutíferas respondem pela quase totalidade da demanda, com a soja representando 48% do total. Os dados apontam que os bioinsumos já equivalem a cerca de 5% do mercado de proteção de cultivos e que o segmento quase quadruplicou desde 2020.
“Produtores buscam meios inovadores para complementar o manejo e também registramos uma ‘enxurrada’ de novas marcas e produtos biológicos na safra”, resume Felipe Abelha, especialista em pesquisas da Kynetec.
Fatores como resistência de pragas, variação de preços de insumos tradicionais e exigências internacionais contribuíram para o crescimento. Entre as categorias, bionematicidas lideram com 44%, seguidos por bioinseticidas com 39% e biofungicidas com 17%. O levantamento relata que doenças fúngicas e pressão de lagartas ampliaram o uso desses produtos, com destaque para manejos voltados a manchas, ferrugens e pragas que escapam aos métodos atuais. A pesquisa aponta ainda que a área potencial tratada com biológicos subiu de 21,9% para 46,7% em cinco anos, ultrapassando metade da área cultivada em estados como Goiás e Mato Grosso.