Diplomata EVO CI

Geral
Nome Técnico:
Chrysodeixis includens nucleopolyhedrovirus (ChinNPV); Helicoverpa armIgera nucleopolihedrovirus (HANPV = HEARNPV)
Registro MAPA:
7923
Empresa Registrante:
Koppert
Composição
Ingrediente Ativo Concentração
Chrysodeixis includens nucleopolyhedrovirus (ChinNPV) 202 g/L
Helicoverpa armigera Nucleopolyhedrovirus (HearNPV) 202 g/L
Classificação
Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Inseticida microbiológico
Toxicológica:
Não Classificado
Ambiental:
IV - Produto pouco perigoso ao meio ambiente
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Suspensão Concentrada (SC)
Modo de Ação:
Inseticida microbiológico

Indicações de Uso

Todas as culturas com ocorrência do alvo biológico Calda Terrestre Dosagem
Chrysodeixis includens (Falsa-Medideira) veja aqui veja aqui
Helicoverpa armigera (Helicoverpa) veja aqui veja aqui

Tipo: Frasco
Material: Plástico
Capacidade: 4 L;

Tipo: Bombona
Material: Plástico
Capacidade: 60 L.

INSTRUÇÕES DE USO

O produto é um inseticida microbiológico com eficiência agrônomica comprovada para controle de Chrysodeixis includens (Lagarta-falsa-medideira) e Helicoverpa armigera (Lagarta-do-algodão) em qualquer cultura que elas ocorram. Após a aplicação sobre as folhas, as lagartas de Chrysodeixis includens e Helicoverpa armigera que se alimentam da área tratada ingerem os corpos de oclusão (OBs) de nucleopoliedrovírus (NPV). Após a ingestão dos corpos de oclusão, devido a condição alcalina do tratog digestivo das lagartas ocorre a dissolução da camada proteica, iniciando assim a o processo de infecção pelas partículas virais. Essas partículas penetram no núcleo das células intestinais e se utilizam do metabolismo do inseto para se replicar. O vírus se propaga de uma célula para a outra no interior do inseto, sendo transportado via hemolinfa, para invadir todos os tecidos. A replicação do vírus causa ruptura celular, resultando na morte do hospedeiro. A velocidade de morte após a ingestão dependerá das condições ambientais e do comportamento alimentar das lagartas, podendo levar de 3 a 8 dias. Porém, as lagartas normalmente diminuem a alimentação dentro de 1 a 3 dias. Após a morte, as lagartas se liquefazem, espalhando um líquido que contém o vírus, que se ingerido por outras lagartas, causa um novo ciclo de infecção. Esta capacidade de múltiplos ciclos de infecção de NPV permite que, em condições propícias, os vírus continuem agindo no sistema por várias semanas após o tratamento.

NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO

Momento de Aplicação

Deve ser aplicado no início das infestações, com lagartas de tamanho entre 1 - 11 mm (1° e 3° ínstar) para a espécie Chrysodeixis includens, e entre 1-13 mm (1° a 3° ínstar) para a espécie de Helicoverpa armigera. Para isso, o monitoramento frequente das lavouras é essencial para obter os melhores resultados. Utilizar as menores dosagens em épocas de menor ocorrência das pragas, com lagartas de 1ºa 2º ínstar. Em condições de lagartas de 2º a 3º ínstar utilizar as maiores dosagens. Deve ser utilizado como uma ferramenta no programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP), sendo recomendado utilização de outras alternativas de controle em situações de alta pressão e lagartas de ínstares maiores.

Condições de Aplicação

A eficácia depende de vários fatores importantes, como o tamanho das lagartas e o seu comportamento alimentar, bem como a qualidade da pulverização e correspondente cobertura das plantas. As condições climáticas podem também afetar a velocidade de ação do produto. O produto mostra-se eficaz a campo para o manejo de Chrysodeixis includens e Helicoverpa armigera, desde que respeitadas as suas instruções de uso. A faixa de temperatura ideal para ação é de 18 a 35°C. Não se deve aplicar o produto com temperatura abaixo de 18°C, pois nestas condições as lagartas tendem a não se alimentar e portanto, não ingerem as partículas virais. Evitar realizar a aplicação nas horas mais quentes do dia (>35°C), com condições de umidade relativa baixa (20 mm) estiverem previstas dentro de uma hora após a aplicação. Chuvas mais leves e orvalho após a aplicação favorecem a multiplicação e dispersão do vírus.

MODO DE APLICAÇÃO

É indicado para uso em aplicações foliares tanto terrestres quanto aéreas. Os parâmetros de aplicação (bicos, largura e altura de barra, pressão, velocidade, etc.) devem ser definidos de forma a garantir a melhor cobertura possível das partes das plantas a serem protegidas.

Pepraro da Calda

Antes de realizar o preparo da calda deve-se agitar bem a embalagem e verificar se o equipamento usado na aplicação está limpo e sem qualquer resíduo prévio de outros defensivos. O abastecimento do pulverizador deve ser feito enchendo o tanque até à metade da sua capacidade com água, adicionar o produto, e por fim, completar o volume com água. Agitação constante deve ser mantida durante todo o processo de preparo da calda e durante a sua aplicação. Deve-se preparar somente a quantidade de calda necessária para completar um tanque de pulverização, procedendo à aplicação o mais rápido possível após o preparo da calda. Os vírus presentes no produto pode se tornar inativo se a calda for deixada no pulverizador por tempo prolongado. Se atentar ao pH da calda, pH>8 pode inetefirir na eficácia.

Aplicação Terrestre

Utilizar um volume de calda suficiente para obter a melhor cobertura possível. Em aplicações com pulverizadores terrestres, recomenda-se um volume mínimo de 100 litros/ha.

Aplicação Aérea

Utilizar um volume de calda suficiente para obter a melhor cobertura possível. Em aplicações aéreas de calda misturada em água, recomenda-se um volume mínimo de 30 litros/ha. Este tipo de aplicação é particularmente vulnerável à evaporação das gotas, principalmente em condições de temperatura acima de 35ºC e umidade relativa abaixo de 40%. A perda por evaporação das gotas prejudica a cobertura e pode diminuir muito a quantidade de produto que efetivamente atinge as plantas, diminuindo a eficiência. Em condições de clima quente (>35ºC) e seco (<40%), deve-se evitar este tipo de aplicação. Em aplicações aéreas de calda misturada em óleo (ultra-baixo volume), recomenda-se um volume mínimo de 3 litros/ha. Neste tipo de aplicação onde o produto e diluído em óleo, não se deve utilizar com outros produtos, pois a forma não diluída dos mesmos pode danificar o vírus e tornar o produto inativo.

Aplicação por Sistemas de Irrigação

Pode ser aplicado através de sistemas de irrigação por aspersão, desde que se obtenha uma uma ótima cobertura das folhas. Como nas outras formas de aplicação, deve-se assegurar que a água esteja limpa e que o pH esteja abaixo de 8. Manter a calda em constante agitação. Injetar a dose adequada, de modo contínuo e homogêneo ao longo do ciclo da irrigação, de forma a obter a maior concentração e retenção do produto sobre as folhas. Para melhores resultados com o produto, a lâmina de água deve ser igual ou inferior a 10 mm.

INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS

Quatro (4) horas ou até a secagem da calda. Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPI) recomendados para o uso durante a aplicação.

LIMITAÇÕES DE USO

Evitar aplicar nas seguintes condições:
- Em situações curativas com alta infestação e lagartas maiores que 13 mm (Helicoverpa armigera) e 11 mm (Chrysodeixis includens);
- Quando se antecipa chuva intensa (> 20 mm/hora) até 1 hora após a aplicação;
- Com temperaturas abaixo de 18°C ou acima de 35°C;
- Com umidade relativa abaixo de 40%;
- Com pH de calda acima de 8;
- Em aplicações via solo.

FITOTOXICIDADE

O produto não causa fitotoxicidade segundo as recomendações de uso indicadas na bula.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.

Sempre que houver disponibilidade de informações sobre MIP, provenientes da pesquisa pública ou privada, recomenda-se que estes programas sejam implementados.

GRUPO 31 INSETICIDA

O nucleopoliedrovírus ChinNPV e HearNPV no produto, tem um modo de ação distinto e complexo (IRAC Grupo 31, classificação de inseticidas por modo de ação). Dentro do trato digestivo das lagartas, o envelope proteico é dissolvido, liberando as partículas virais que atravessam a membrana peritrófica, ligando-se a receptores específicos na membrana das células colunares do intestino médio do hospedeiro. Um grupo de 8 proteínas codificadas por Baculovírus NPVs específicos (PIFS, per os infectivity factors) formam um complexo de entrada macromolecular na superfície das partículas virais, iniciando a infeção primária no intestino médio. Estas proteínas são fundamentais em determinar a especificidade do vírus. Após a fusão, as células epiteliais do hospedeiro começam a produzir partículas virais que infectam outros tecidos via contato célula a célula e através da hemolinfa, levando à ruptura dos tecidos e morte do inseto. Não são relatados casos de resistência de Chrysodeixis includens e Helicoverpa armigera ao vírus ChinNPV e HearNPV, e o risco de desenvolvimento de resistência é considerado relativamente baixo devido ao seu complexo modo de ação. No entanto, boas práticas de manejo de resistência devem ser sempre seguidas para manter a eficácia e longevidade como uma ferramenta útil de manejo de Chrysodeixis includens e Helicoverpa armigera. As aplicações devem ser sempre direcionadas à fase mais susceptível da praga alvo, ou seja, lagartas menores que 12 mm. Deve ser usado como parte de uma estratégia de manejo de resistência de pragas que incluem a rotação de produtos eficientes e com diferentes modos de ação. Sempre que disponíveis e eficazes, devem-se integrar múltiplos métodos de controle de Chrysodeixis includens e Helicoverpa armigera (ex.: químico, biológico, cultural) dentro de programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP). Qualquer agente de controle de insetos pode ficar menos efetivo ao longo do tempo se o inseto-alvo desenvolver algum mecanismo de resistência. O Comitê Brasileiro de Ação a Resistência a Inseticidas - IRAC-BR recomenda as seguintes estratégias de manejo de resistência a inseticidas (MRI), visando prolongar a vida útil dos mesmos:
- Utilizar somente as doses recomendadas e não utilizar inseticidas com o mesmo modo de ação em gerações consecutivas da mesma praga;
- Consultar um Engenheiro Agrônomo para orientações mais detalhadas sobre o Manejo de Resistência a Inseticidas;
- Visitar o site do IRAC (www.irac-br.org) para obter mais informações sobre o manejo de resistência de pragas a inseticidas.

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