Lactofem 240 EC Jotew
Geral | ||
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Nome Técnico:
Lactofem
Registro MAPA:
15621
Empresa Registrante:
Jotew Service Ltda |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
Lactofem | 240 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
4 - Produto Pouco Tóxico
Ambiental:
III - Produto perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Corrosivo
Formulação:
Concentrado Emulsionável (EC)
Modo de Ação:
Seletivo, Contato, Pós-emergência |
Indicações de Uso
Tipo: Balde
Material: Aço
Capacidade: 5 - 200 L
Tipo: Bombona
Material: Plástico
Capacidade: 5 - 20 L
Tipo: Frasco
Material: Plástico
Capacidade: 1 - 5 L.
INSTRUÇÕES DE USO DO PRODUTO
O produto é um herbicida pós-emergente, seletivo, indicado no sistema de plantio direto e convencional para a cultura da soja.
O mecanismo de ação é a inibição da enzima PROTOX, ocorrendo acúmulo de Proto IX no cloroplasto e este extravasa (via difusão) para o citoplasma, se oxidando naturalmente, formando protoporfirina IX. No citoplasma, protoporfirina IX atua como um composto fotodinâmico e interage com oxigênio (na presença de luz) produzindo radicais de oxigênio (O2), o qual promove peroxidação de lipídios com consequente destruição de membranas celulares e posterior morte das plantas.
Os sintomas nas plantas sensíveis são caracterizados através do aparecimento de manchas brancas ou cloróticas, seguidas de dessecação e necrose em até dois dias após a aplicação. Em geral causam morte rápida das plantas sensíveis, porém a morte por completo ocorre entre 7 a 15 dias após a aplicação. É rapidamente absorvido pelas folhas das plantas, porém, não é translocável, agindo, portanto, por contato. Por isso, durante a aplicação, a calda deve atingir todas as gemas e partes da planta para que não haja rebrote ou deficiência no controle.
MODO/EQUIPAMENTO DE APLICAÇÃO
O herbicida deve ser aplicado via terrestre ou aérea.
Condições Climáticas
Aplicar em temperaturas que compreendam de 20 a 30ºC e com umidade relativa do ar superior a 60%. Evitar aplicações com velocidade de vento superior a 10 km/hora.
Na presença de orvalho, principalmente nas primeiras horas da manhã, os sintomas de fitotoxicidade podem ser agravados.
É recomendável verificar se está ocorrendo escorrimento da calda das folhagens e, neste caso, é recomendável também a redução do volume de calda a ser aplicado.
Aplicação Terrestre
- Equipamentos: pulverizador tratorizado de barra, com pressão constante (15 a 50 lb/pol²);
- Altura da barra: deve permitir boa cobertura do solo e/ou plantas daninhas. Observar que a barra em toda sua extensão esteja na mesma altura;
- Tipo de bico: usar bicos de jato plano (ex.: Teejet, XR Teejet, TK ou Twinjet). Podem ser usados também bicos de jato cônico (ex.: Fulljet, XR ou DG), de acordo com as recomendações do fabricante;
- Volume de aplicação: 100 a 300 L de calda/ha.
Obs.: Recomenda-se a contínua agitação no tanque e fechamento do registro do pulverizador durante a parada e manobras do equipamento para evitar a sobreposição das faixas de aplicação.
Aplicação Aérea
- Equipamentos: aeronaves agrícolas equipadas com barra de bicos.
- Tipo de bicos: cônicos D8, D10 ou D12 core 45.
- Volume de aplicação: 30 a 50 L de calda/ha.
- Ângulo dos bicos em relação à direção de voo: 135º.
- Altura de voo: 2 a 4 metros sobre o solo.
- Largura da faixa de deposição efetiva: de acordo com a aeronave, de modo a proporcionar boa cobertura.
- Evite a sobreposição das faixas de aplicação.
Condições climáticas
Temperatura: inferior a 25ºC.
Umidade relativa do ar: superior a 70%.
Velocidade do vento: inferior a 10 km/h.
Preparo da Calda
O abastecimento do tanque do pulverizador deve ser feito enchendo o tanque até ¾ da sua capacidade com água, mantendo o agitador ou retorno em funcionamento e então adicionando o produto, completando por fim o volume com água. A agitação deve ser constante durante a preparação e aplicação do produto.
Prepare apenas a quantidade necessária de calda para uma aplicação, pulverizando o mais rápido possível após a sua preparação. Caso aconteça algum imprevisto que interrompa a agitação do produto, agitar vigorosamente a calda antes de reiniciar a operação.
Nota: antes da aplicação do produto, o equipamento de pulverização deve estar limpo e bem conservado, procedendo então à calibragem do equipamento com água para a correta pulverização do produto.
Recomendações para evitar a deriva
Não permita que a deriva proveniente da aplicação atinja culturas vizinhas, áreas habitadas, leitos de rios e outras fontes de água, criações e áreas de preservação ambiental. Siga as restrições existentes na legislação pertinente.
O potencial de deriva é determinado pela interação de muitos fatores relativos ao equipamento de pulverização e o clima.
O aplicador deve considerar todos estes fatores quando da decisão de aplicar.
Importância do diâmetro de gota
A melhor estratégia de gerenciamento de deriva é aplicar o maior diâmetro de gotas possível para dar uma boa cobertura e controle (> 150 a 200 µm).
A presença de culturas sensíveis nas proximidades, condições climáticas e grau de infestação das plantas daninhas pode afetar o gerenciamento da deriva e cobertura da planta.
Aplicando gotas de diâmetro maior reduz-se o potencial de deriva, mas não a previne, se as aplicações forem feitas de maneira imprópria ou sob condições ambientais desfavoráveis.
Controlando o diâmetro de gotas – Técnicas Gerais
Volume: Use bicos de vazão maior para aplicar o volume de calda mais alto possível, considerando suas necessidades práticas. Bicos com uma vazão maior produzem gotas maiores.
Pressão: Use a menor pressão indicada para o bico. Pressões maiores reduzem o diâmetro de gotas e não melhoram a penetração na cultura. Quando maiores volumes forem necessários, use bicos de vazão maior ao invés de aumentar a pressão.
Tipo de bico: Use o tipo de bico apropriado para o tipo de aplicação desejada. Na maioria dos bicos, ângulos de aplicação maiores produzem gotas maiores. Considere o uso de bicos de baixa deriva.
Controlando o diâmetro de gotas – Aplicação aérea
Número de bicos: Use o menor número de bicos com a maior vazão possível, e que proporcione uma cobertura uniforme.
Orientação dos bicos: Direcione os bicos de maneira que o jato esteja dirigido para trás, paralelo a corrente de ar, o que produzirá gotas maiores que outras orientações.
Tipo de bico: Bicos de jato cheio, orientados para trás, produzem gotas maiores que outros tipos de bico. Comprimento da barra: O comprimento da barra não deve exceder ¾ da asa ou do comprimento do rotor, barras maiores aumentam o potencial de deriva.
Altura de voo: Aplicações a alturas maiores que 3 metros acima da cultura aumentam o potencial de deriva.
Altura da barra: Regule a barra na menor altura possível para se obter cobertura uniforme, reduzindo desta forma a exposição das gotas à evaporação e aos ventos. Para equipamento de solo, a barra deve permanecer nivelada com a cultura com o mínimo de solavancos.
Vento: O potencial de deriva aumenta com a velocidade do vento, inferior a 5 km/h (devido ao potencial de inversão) ou maior que 16 km/h. No entanto, muitos fatores, incluindo o diâmetro de gotas e os tipos de equipamento, determinam o potencial de deriva a uma dada velocidade do vento. Não aplicar se houver rajadas de ventos ou em condições sem vento.
Observações: Condições locais podem influenciar o padrão do vento. Todo aplicador deve estar familiarizado com os padrões de ventos locais e como eles afetam a deriva.
Temperatura e Umidade: Quando aplicando em condições de clima quente e seco, regule o equipamento para produzir gotas maiores para reduzir o efeito da evaporação.
Inversão Térmica: O potencial de deriva é alto durante uma inversão térmica. Inversões térmicas diminuem o movimento vertical do ar, formando uma nuvem de pequenas gotas suspensas que permanecem perto do solo e com movimento lateral. Inversões térmicas são caracterizadas pela elevação de temperatura com a altitude e são comuns em noites com poucas nuvens e pouco ou nenhum vento. Elas começam a ser formadas no pôr do sol e frequentemente continuam até a manhã seguinte. Sua presença pode ser indicada pela neblina ao nível do solo, no entanto se não houver neblina, as inversões podem ser identificadas pelo movimento da fumaça de uma fonte no solo ou de gerador de fumaça de avião. A formação de uma nuvem de fumaça em camadas e com movimento lateral indicam a presença de inversão térmica; se a fumaça é rapidamente dispersa e com movimento ascendente, há indicações de um bom movimento vertical do ar.
Limpeza do equipamento de aplicação
Antes da aplicação, comece com o equipamento limpo e bem conservado. Imediatamente após a aplicação, proceda a uma completa limpeza de todo o equipamento para reduzir o risco de formação de depósitos sólidos que podem se tornar difíceis de ser removidos. O adiamento, mesmo por poucas horas, somente tornará a limpeza mais difícil. A não lavagem ou mesmo a lavagem inadequada do pulverizador pode resultar em danos as culturas posteriores. Descarte os resíduos da limpeza de acordo com a legislação local. Procedimento para a limpeza de tanque:
1. Esvazie o equipamento de pulverização. Enxágue completamente o pulverizador e faça circular água limpa pelas mangueiras, barras e bicos. Solte e remova fisicamente os depósitos visíveis do produto.
2. Complete o pulverizador com água limpa e adicione amônia caseira (solução com 3% de Amônia) na proporção de 1% (1 litro para 100 litros de água). Circule esta solução pelas mangueiras, barras e bicos. Desligue a barra e encha o tanque com água limpa. Circule pelo sistema de pulverização por 15 minutos. Circule então pelas mangueiras, barra e bicos. Esvazie o tanque.
3. Remova e limpe os bicos, filtros e difusores em um balde com solução de limpeza.
4. Repita o passo 2.
5. Enxaguar completamente o pulverizador, mangueiras, barras e bicos com água limpa diversas vezes. Limpe tudo que for associado ao pulverizador, inclusive o material usado para o enchimento do tanque. Tome todas as medidas de segurança necessárias durante a limpeza. Não limpe o equipamento perto de nascentes, fontes de água ou de plantas úteis. Descarte os resíduos da limpeza de acordo com a legislação local.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Não entrar nas áreas tratadas sem o equipamento de proteção individual (EPI) por um período mínimo de aproximadamente 24 horas ou até que a calda pulverizada nas plantas esteja seca. Caso haja necessidade de reentrar nas lavouras ou áreas tratadas antes desse período, usar os EPI recomendados.
LIMITAÇÕES DE USO
Quando ocorrer períodos longos de estiagens, poderá ocorrer maior tolerância das plantas daninhas, necessitando às vezes o uso das doses maiores. Por outro lado, quando após a emergência da cultura e das plantas daninhas ocorrer períodos com chuvas frequentes todos os dias e permanência de céu nublado, as plantas daninhas poderão tornar-se mais suscetíveis, necessitando de doses menores, e, neste caso, sempre associar a dose ao estádio e ao tipo de planta daninha. A cultura da soja também poderá tornar-se mais suscetível à ação fitotóxica do produto, porém, com posterior recuperação. A ocorrência de chuva após uma hora da aplicação não promove redução da eficiência do produto.
É recomendável análise criteriosa de toda a extensão da propriedade para completo conhecimento da composição da comunidade de plantas daninhas, tipos, estádios, diversidade e grau de suscetibilidade, tolerância ou resistência, para melhor indicação do herbicida.
É importante também efetuar a aplicação quando as primeiras áreas estiverem com as plantas daninhas nos estádios mais precoces, onde poderão ser utilizadas as doses menores e assim poderão ser evitados problemas com as adversidades climáticas ou equipamentos que porventura possam ocorrer, possibilitando, portanto, melhor adequação dos recursos da propriedade e ainda evitar as aplicações nos estádios em que as plantas daninhas estejam nos estádios próximo ao limite máximo recomendável para a boa eficiência do herbicida.
Fitotoxicidade para a Cultura Recomendada
Nos primeiros 10 dias após a aplicação pode ocorrer despigmentação, clorose e enrugamento das nervuras dos folíolos, os quais são reversíveis aos 20 dias, sem prejuízo à produtividade. A cultura da soja não pode estar em condições vegetativas precárias, pois poderá ter sua tolerância reduzida.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
Sempre que houver disponibilidade de informações sobre programas de Manejo Integrado, provenientes da pesquisa pública ou privada, recomenda-se que estes programas sejam implementados.
O uso continuado de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação pode contribuir para o aumento de população de plantas daninhas e resistentes a herbicidas de mesmo modo de ação. Como prática de manejo de resistência de plantas daninhas, deverão ser aplicados herbicidas com diferentes mecanismos de ação do grupo E, para o controle do mesmo alvo e devidamente registrados para a cultura. Não havendo produtos alternativos, recomenda-se a rotação de culturas que possibilite o uso de herbicidas com diferentes mecanismos da ação. Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de herbicidas.
Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas, devem ser consultados e/ou, informados à: Sociedade Brasileira das Ciências das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hracbr.org) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO E HERBICIDA
O produto é composto por Lactofem, que apresenta mecanismo de ação inibidores da protóx, pertencente ao grupo E, segundo classificação internacional do HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas).
Produto corrosivo.