Sulfato de Cobre Inderco CI

Geral
Nome Técnico:
Sulfato de Cobre
Registro MAPA:
3748310
Empresa Registrante:
Nitro
Composição
Ingrediente Ativo Concentração
Sulfato de cobre 980 g/kg
Classificação
Técnica de Aplicação:
Aquática
Classe Agronômica:
Fungicida
Toxicológica:
4 - Produto Pouco Tóxico
Ambiental:
I - Produto altamente perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Granulado Solúvel (SG)

Indicações de Uso

Não informado.

INSTRUÇÕES DE USO

O SULFATO DE COBRE INDERCO N.A. é um sólido, apresentado sob a forma de Granulado Solúvel (SG), que contém um mínimo de 980,0g/Kg de sulfato de cobre (equivalente a 250g/Kg em cobre metálico) como ingrediente ativo; indicado como algicida no controle de florações ou "bloom" de algas e cianobactérias (crescimento massivo de algas) em reservatórios e represas de abastecimento público.

ALVOS: SULFATO DE COBRE INDERCO N.A. é indicado para o controle das espécies de algas e cianobactérias dos gêneros Anabaena, Merismopediaceae, Chroococcus, e Dictyosphaerium sp.

DOSES, MODO, ÉPOCA E FREQUÊNCIA DE APLICAÇÃO: A dose usual do SULFATO DE COBRE INDERCO N.A varia entre 0,1 e 0,5 mg CuSO4 /L (equivalente a 0,025 - 0,125ppm Cu). A quantidade de produto a ser aplicada pode ser calculada considerando-se uma camada fótica de 1,0 metro de profundidade, em locais mais propícios ao desenvolvimento de algas, como braços protegidos e zonas onde o varrido do vento pode provocar acumulação desses microrganismos. As doses indicadas equivalem a faixa de 1 a 5kg CuSO4 /ha de superfície do reservatório (ou de 1 a 5 kg de produto por 10.000m2 ).

O SULFATO DE COBRE INDERCO N.A. pode ser aplicado utilizando-se uma embarcação ou um sistema fixo de dosagem, ambos providos com um aparato para viabilizar a aplicação, com controle dos fatores que afetam a eficácia e o impacto ambiental, tais como: tanques de preparo e estocagem do produto, bomba dosadora e difusor para possibilitar a aplicação de forma homogênea sobre a superfície da coluna d’água.

Este produto deve ser aplicado a partir de uma solução saturada, diluída em recipiente com volume definido para atingir a concentração máxima de 0,5 mg/L, e o gotejamento da solução deverá ser feito em área delimitada e mapeada no manancial.
Para a definição dos locais de aplicação é necessário o estabelecimento de um plano de monitoramento da qualidade da água, no qual é definido a frequência e os locais de coleta de amostras de água nos mananciais.


MODO DE APLICAÇÃO

A utilização do produto tem como base a avaliação dos resultados analíticos, obtidos através do monitoramento sistemático hidrobiológico realizado nos mananciais, tanto referente a ocorrência das florações de cianobactérias, quanto ao acompanhamento de liberação de cianotoxinas, devendo seu usuário ter um Plano de Aplicação aprovado e monitorado periodicamente, pelo órgão ambiental local competente, conforme preconizado pela legislação vigente.
A frequência de aplicação depende da avaliação dos resultados analíticos, pode variar de 3 vezes por semana a mensal, e para que não haja toxicidade para animais e plantas aquáticas deverá ser fixada pelo órgão ambiental responsável pela autorização de uso do produto, uma vez que o potencial de toxicidade do cobre depende das condições ambientais locais, que determinam sua especiação química e, consequentemente, sua biodisponibilidade no corpo hídrico. São necessários de 10 a 14 dias de intervalo entre as aplicações para que não haja toxicidade para animais e plantas aquáticas.
As aplicações sucessivas deste produto podem levar ao excesso de cobre no sedimento, e a maior preocupação com este excesso é que ainda não se compreende como age este “reservatório” de cobre, pois este não é só um "depósito de materiais", mas sim um compartimento ativo que intercambia espécies, contaminantes ou nutrientes com a coluna d´água.


LIMITAÇÕES DE USO

- A aplicação de SULFATO DE COBRE INDERCO N.A. deve ser realizada sob orientação técnica.
- Em qualquer condição, a aplicação do SULFATO DE COBRE INDERCO N.A nunca deverá ser realizada a menos de 500m da zona de captação para tratamento e abastecimento público, preservando sempre este importante ponto do manancial.
- Não aplicar o SULFATO DE COBRE INDERCO N.A. em águas com alcalinidade abaixo de 20/25 mg de CaCO³/L, com risco de morte dos peixes por um processo ou fenômeno de natureza coloidal, ou seja, com a
coagulação do muco branquial e consequente asfixia. Em águas altamente alcalinas ou excessivamente duras (acima de 100 – 150 mg de CaCO³/L) ricas em carbonatos de cálcio, o sulfato de cobre combina-se a este, formando compostos insolúveis, precipitando como carbonato básico e hidrato de cobre, ineficientes como algicida, porém podendo ser tóxicos e letais aos peixes quando a concentração de cobre excede a 0,25 mg Cu/L.
- Não é recomendada a associação de sulfato de cobre com herbicidas, uma vez que esta associação pode causar severa depleção dos níveis de oxigênio dissolvido na água, e consequentemente massiva mortalidade de peixes.
- Recomenda-se que o início do tratamento se realize pelas margens do reservatório, afim de que os peixes possam se deslocar para áreas não tratadas.
- Não tratar mais que 1/3 do corpo hídrico ao mesmo tempo.
- A utilização de SULFATO DE COBRE INDERCO N.A. para o controle de florações de algas requer o conhecimento prévio das espécies de cianobactérias e algas que se encontram em expansão e da quantidade em número de células por mililitro presentes no meio. O uso de qualquer algicida é proibido para o controle de cianobactérias em mananciais cuja densidade desses organismos exceda 20.000 células/ml ou 2mm³/L de biovolume, a fim de evitar a lise das células e a liberação das cianotoxinas na água, prejudiciais à saúde das pessoas.
- É preconizada a realização de análises da água para a presença de microcistina, saxitoxinas e cilindrospermopsina como forma de controle dos níveis de cianotoxinas, que podem ser liberadas por gêneros de cianobactérias tóxicas como Microcystis, Radiocystis, Planktothrix, Anabaena, Aphanizomenon e Cylindrospermopsis após tratamento com sulfato de cobre. Os limites aceitáveis para as toxinas de cianobactérias em água para consumo humano são de 1,0 µg/L para microcistinas, 15,0 µg/L para cilindrospermopsinas e 3,0 µg/L para saxitoxinas.
- Embora o SULFATO DE COBRE INDERCO N.A. apresente ação algicida, atuando na redução da população de cianobactérias e algas em corpos d’água, o produto não possui eficácia para a eliminação de cianotoxinas do ambiente aquático.
- Devido à possível liberação de cianotoxinas quando da utilização de sulfato de cobre para combater a floração de gêneros de cianobactérias tóxicas, recomenda-se aguardar um período mínimo de 14 dias após o tratamento ou a utilização desta água para consumo humano e de animais.
- Realizar monitoramento das concentrações de cobre nos sedimentos. O nível máximo de cobre nos sedimentos deve ser de 197 mgCu/kg (peso seco). Caso sejam verificados níveis de cobre acima deste limite, o órgão ambiental responsável deve ser comunicado. Intensificar o monitoramento do local afetado, até que os níveis de Cu no sedimento estejam dentro do limite de 197 mgCu/kg (peso seco).
- Realizar monitoramento de controle do nível de cobre dissolvido, sendo que este não deverá ser superior a 0,009mg Cu/L, conforme Resolução CONAMA nº 357 de 2005.
- Em caso de níveis elevados de cobre no ambiente aquático ou suspeita de resistência das algas à aplicação do algicida, usar tratamentos alternativos ao uso de sulfato de cobre, como limitação da incidência de luz solar (utilização de corantes ou cobertura da superfície dos reservatórios), biomanipulação, etc. Devem ser evitados procedimentos que impliquem em ressuspensão e oxigenação do sedimento, de modo a se reduzir o risco de disponibilização de metais para a coluna de água. - A utilização de sulfato de cobre para o controle de florações de algas não suprime a utilização de outros métodos para remoção das algas e da matéria orgânica proveniente deste procedimento, que podem conferir cor, odor e gosto desagradáveis à água.
- Em corpos hídricos intensivamente tratados com sulfato de cobre, devem ser monitorados os parâmetros pH, alcalinidade (mg/L), COD (Carbono Orgânico Dissolvido - mg/L) que indicam o potencial de biodisponibilidade de cobre (Cu) para a coluna d'água. Informar o órgão ambiental competente quando pH < 6,5; alcalinidade < 50mg/L ou quando o teor de COD for < 3,0mg/L.
- Em locais onde há presença de peixes, a concentração máxima de cobre a ser utilizada como algicida deve ser de 0,4ppm de cobre/aplicação, o que minimiza os riscos de toxicidade a estes animais.
- Em área(s) abrangida(s) por Plano(s) de Ação referente(s) à conservação das espécies aquáticas ameaçadas de extinção, este produto não deve ser utilizado.



De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.

Para as culturas que, durante o ciclo, exigem um elevado número de aplicações, recomenda-se:
-realizar a rotação de fungicidas com mecanismos de ação distintos, visando prevenir o aparecimento de fungos resistentes e prolongar a vida útil dos fungicidas na agricultura; utilizar o fungicida somente na época, na dose e nos intervalos de aplicação recomendados na bula;
-incluir outros métodos de controle de doenças (ex. resistência genética, controle cultural, biológico, etc.) dentro do programa de Manejo Integrado de Doenças (MID) quando disponíveis e apropriados
-consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das recomendações locais para o manejo de resistência.

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