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Algodão mato-grossense tem padrões universais


O algodão mato-grossense está inserido nos padrões universais de qualidade. Para a atual safra, a pluma será classificada de acordo com normas vigentes e que são utilizadas por comerciantes e industriais de todo o mundo.

Este rígido e preciso controle de qualidade e de certificação da produção das lavouras estaduais, que passa a vigorar será efetuado via

instrumento, o High Volume Instrument (HVI). Fica abolida a classificação “visual”, presente há décadas no Brasil.

“A partir de agora vamos saber o que estamos vendendo e atribuir valores justo aos produtos de alta qualidade”, resume o vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), João Luiz Pessa.

A classificação “tridimensional”, como está sendo chamada, vai estar fornecendo ao produtor e ao comprador, uma idéia clara e transparente da qualidade da pluma, por meio de uma análise descritiva e intrínseca do algodão. São avaliados tipo, cor, grau de folha e comprimentos das fibras da pluma.

Todo esse amplo leque de informações vai revelar exatamente que tipo de pluma está sendo extraído das lavouras.

Todas essas mudanças foram apresentadas ao setor algodoeiro de Mato Grosso, na semana passada, pela AMPA a mais de 350 pessoas ligada à produção, beneficiamento e comercialização. Em parceria com a DuPont e a Agroamazônia, a diretoria da Associação esteve percorrendo as sedes dos Núcleos Regionais da entidade (Sapezal, Campo Novo dos Parecis, Sorriso, Campo Verde, Primavera do Leste, Rondonópolis) para realizar um treinamento prático sobre a nova regulamentação, estendido aos associados e funcionários.

A grande revolução instaurada pelo HVI é a exata análise da coloração da pluma, o que vai determinar o padrão físico do algodão entre as variações: branco, ligeiramente creme, creme, avermelhado ou amarelado. Caracterizações que também determinam os preços do fardo.

O detalhamento dos valores intrínsecos do algodão vai permitir um maior leque de classificação e o direcionamento de fardos de acordo com às demandas do mercado, por exemplo, para a confecção de jeans, não há necessidade de algodão tipo branco. “Então, a produção poderá ser separada e direcionada ao comprador certo e que vai pagar mais pela qualidade do fardo”, explica o consultor Hans Ruckriem.

Na classificação visual, a antiga Norma de Identidade, Qualidade, Embalagem e Apresentação do Algodão em Pluma, revogada pela Instrução Normativa número 63, de 5 de dezembro de 2002, que instituiu o novo Regulamento Técnico de Identidade e de Qualidade para a Classificação do Algodão em Pluma.

“Temos agora uma ferramenta oficial para agregar valor ao nosso produto. Se produzimos pluma de alta qualidade, vamos comercializá-la com preços condizentes. Se existem plumas de qualidade inferior, vamos cobrar o preço justo de mercado e não vender tudo por um preço só. Até esses dias, os produtores não sabiam o que estavam produzindo e os compradores sabiam muito bem o que adquiriam”, aponta Pessa.

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