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Conab pode virar unidade alfandegária no Paraná



O Complexo de Armazenagem da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de Ponta Grossa deve ser transformada em uma unidade alfandegária para recebimento das safras de grãos. A proposta é do Ministério da Agricultura. No projeto estão indicadas 10 unidades de todo o Brasil, sendo as de Ponta Grossa e Rondonópolis (MT) as primeiras, por se tratarem, segundo estudos do Ministério, importantes entroncamentos rodoviários. A viabilização da alfândega ajudaria a desafogar as filas no Porto de Paranaguá no pico da safra.

Segundo o superintendente da Conab no Paraná, Jorge Argemiro, foi feito um pedido de estudo da viabilidade da proposta. Na avaliação ficou comprovado que o projeto pode ser concretizado sem necessidade de maiores alterações no complexo. Com a unidade alfandegária, parte da safra escoada até o porto pode ser descarregada em Ponta Grossa e liberada já pelo fisco para o embarque na seqüência.

A capacidade do complexo, segundo Argemiro, é de 420 mil toneladas, o que equivale a aproximadamente 11 mil carretas de grãos que deixariam de descer até Paranaguá. "Para o Estado isto seria muito vantajoso, já que diminui consideravelmente o tráfego de caminhões", acredita o superintendente. Além disso, o exportador ganharia mais de 200 quilômetros no transporte, descarregando na unidade.

Capacidade ociosa

Para a Conab a proposta também é importante. O complexo foi construído há mais de 20 anos para funcionar como armazém dos estoques reguladores de grãos do Governo Federal. Com o fim da política de formação de estoques os armazéns passaram a operar com capacidade ociosa. Hoje é ocupado por produtores particulares na estocagem de soja, milho e trigo, através de uma taxa de aluguel. Só que para isso, segundo Jorge Argemiro, o complexo está localizado em um local pouco estratégico, o que tem reduzido a procura. Já como unidade alfandegária, o superintendente acredita que a localização é privilegiada. Com isso a capacidade plena das 420 mil toneladas voltaria a ser ocupada.

Mesmo estando hoje com capacidade ociosa, o superintendente explica que o complexo de Ponta Grossa apresenta bom estado de conservação, estando inclusive toda informatizada. Não seriam necessárias, portanto, grandes adaptações. "Apenas o pátio para trens talvez precisasse ser ampliado para suportar uma demanda maior".

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