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Produção de cana no Paraná cresce 9%



A produção de cana-de-açúcar no Paraná, segundo maior produtor brasileiro, deve crescer mais de 9% este ano, atingindo algo próximo de 26 milhões de toneladas, contra 23 milhões em 2002. Dados da Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar) mostram ainda que o crescimento deve impulsionar a produção de álcool e açúcar no estado em 12,6% e 6,47%, respectivamente.

O superintendente da Alcopar, José Adriano da Silva Dias, calcula que serão produzidos até o fim do ano 1,1 bilhão de litros de álcool, dos quais 497 milhões são de álcool anidro (utilizado na mistura com a gasolina) e 598 milhões de álcool hidratado (para uso puro). O maior crescimento será na produção do anidro, que aumentará em 88 milhões de litros - aumento de 21,51%. O hidratado, por sua vez, deve crescer 5%, superando o ano anterior em 30 milhões de litros.

Açúcar para exportação

Já a produção de açúcar saltará de 1,478 milhão de toneladas, em 2002, para 1,563 milhão. Ao contrário do álcool, que se destina ao mercado interno, 70% da produção de açúcar é exportada. Dias informa que o mercado externo comprará este ano 1,1 milhão de tonelada de açúcar, pouco mais do que o exportado no ano passado.

O superintendente da Alcopar conta que 23% da cana-de-açúcar já foi colhida. Do total, 48% estão sendo destinados à produção de açúcar e 52% à de álcool. Dias afirma que a maior parte da produção excedente é utilizada justamente na produção de álcool, atendendo ao apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de aumentar o volume do combustível produzido no País. "Os produtores estão sacrificando a produção de açúcar para suprir a demanda do mercado interno de álcool", diz.

Para o setor, o crescimento previsto para este ano representa mais uma recuperação da produção paranaense, que desde a safra de 1999/2000 vem registrando índices inferiores, a exemplo da safra de 2000/2001, quando foram colhidas apenas 19,3 milhões de toneladas de cana. Dias conta que na safra de 1999/2000 a produção havia atingido seu recorde, totalizando as mesmas 26 milhões de toneladas que estão previstas para esse ano. "Com as condições climáticas extremamente favoráveis e a volta da capitalização do setor, tudo indica que a produção atinja novamente a quantidade recorde obtida até então", afirma.

Apesar da preferência pelo álcool, Dias diz que a produção de açúcar não deixa de ser fomentada no estado, após a construção do terminal próprio em Paranaguá. Esse terminal permite armazenar 1,5 mil toneladas de açúcar por hora e atende às características particulares do produto, que antes utilizava os mesmos corredores dos demais itens de exportação.

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