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Investimentos na Embrapa não chegam a 2% até junho


Nos quase seis primeiros meses da gestão Lula (orçamento executado até 13 de junho), o governo federal liberou apenas 1,85% da verba autorizada no Orçamento deste ano para os investimentos nas unidades da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). "Os recursos para investimentos sofreram queda, assim como as verbas para custeio de pesquisas", diz Hebert de Lima, secretário-executivo da Embrapa. Esse percentual significa um valor pago de R$ 530.959,00, contra os R$ 28,6 milhões autorizados no Orçamento de 2003.

Para este ano, o valor autorizado é R$ 4 milhões superior ao do ano passado, embora os valores nos últimos anos constem apenas nos computadores dos órgãos da União. Isso porque os investimentos na Embrapa desde 2000 nunca foram superiores a 50% do valor efetivamente autorizado nos orçamentos. O percentual dos valores pagos há três anos foi de 50,05% (R$ 9,5 milhões), 49,09% em 2001 (R$ 13,9 milhões) e 47,55% no ano passado (R$ 11,5 milhões). O resultado da soma em investimentos é de R$ 34,9 milhões, enquanto para pagamento de juros, encargos e amortização da dívida da empresa foram pagos R$ 132,4 milhões.

As unidades da Embrapa reclamam que a partir de 2000 e 2001 os problemas na instituição vêm se avolumando, já que as verbas não são suficientes para cobrir as despesas. Comparado com os recursos para despesas autorizadas no Orçamento do ano passado, o montante autorizado para este ano sofreu uma redução de R$ 11 milhões. Acontece que os valores autorizados nunca são pagos integralmente. No ano passado, por exemplo, foram R$ 27 milhões a menos. Na média dos últimos três anos, os valores pagos sofreram redução de quase 20% em relação às verbas autorizadas nos Orçamentos da União.

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