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Vendas de frango ao exterior crescem 49% no primeiro semestre


As exportações de frango - um dos principais itens da balança comercial brasileira - cresceram em volume e em receita no primeiro semestre. Os embarques totalizaram 930,4 mil toneladas e foram 49% maiores em comparação com igual período de 2002. Já as receitas aumentaram 34%, somando US$ 785 milhões. "Mês a mês, os preços estão se recuperando e estamos conquistando novos mercados", diz Julio Cardoso, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef).

Em junho, o volume de frango inteiro foi 56% maior e a receita, 81%, na comparação com o mesmo mês de 2002, somando 54,6 mil toneladas e US$ 41,2 milhões. O preço médio cresceu 15,8%, para US$ 755 a tonelada. A Abef destacou o apetite da Arábia Saudita - que respondeu por quase 30% das exportações - e a conquista de um novo mercado, a Venezuela.

As vendas de cortes de frango em junho foram igualmente expressivas. Elas cresceram 71% em volume, para 100,8 mil toneladas, e 58% em receita, para US$ 93 milhões. O preço médio, no entanto, foi 8% menor, de US$ 923 a tonelada. Os destaques foram a África do Sul e o Japão, que praticamente dobrou suas aquisições de coxa desossada nos últimos seis meses.

Apesar do expressivo crescimento no semestre, a Abef manteve sua projeção de vendas para 2003: aumento de 3% a 5% do volume e de 12% a 15% da receita. "Mantivemos a estimativa porque o segundo semestre promete ser difícil graças à imposição de cotas de importação pela Rússia e à taxação do peito salgado pela União Européia", diz.

Nesta quinta-feira, a Cardoso assinará, em Brasília, termo de acordo de cooperação para melhorar a qualidade da carne do frango. Na semana passada, o governo identificou lotes que tinham mais água do que o permitido por lei. "O acordo é o primeiro passo para a criação do selo de qualidade do setor", diz Cardoso. "A indústria precisa entender que o frango deveria ter a mesma qualidade tanto para exportação quanto para o mercado interno", afirma.

O Centro de Empresas Processadoras Avícolas da Argentina divulgou nota acusando o Brasil de dumping. A entidade afirma que o frango brasileiro é vendido na Argentina por um preço 40% menor que o praticado no mercado internacional. "Nossos preços são menores simplesmente porque a indústria brasileira é uma das mais competitivas do mundo", diz Cardoso.

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