O município de Rio do Sul, em Santa Catarina, não poderá exportar carne suína para a Rússia nos próximos 12 meses, em virtude de um novo foco de Aujeszky registrado em animais em uma granja que foi repovoada. O foco foi identificado na semana passada e informado ao Ministério da Agricultura. O chefe do Serviço de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura em Santa Catarina, Carlos Alberto de Melo, disse que imediatamente após a identificação do foco, o município foi excluído, conforme acordo realizado recentemente com autoridades sanitárias russas. Melo afirmou que o novo foco não deve interferir na reabertura das exportações.
Para o Frigorífico Riosulense, do grupo Pamplona, não haverá grande impacto já que apenas 3% a 4 % dos animais abatidos são provenientes de Rio do Sul. Somente no ano passado o Riosulense exportou 50 mil toneladas (10,6% do total). O chefe do Serviço de Sanidade Animal disse que o frigorífico deverá adotar medida similar a outras agroindústrias sediadas em municípios com proibição de venda para a Rússia, que abatem em dias específicos animais exclusivamente para aquele país.
O chefe de Vigilância e Defesa Sanitária da Secretaria da Agricultura de Santa Catarina, Roni Barbosa, destacou que o surgimento de novos focos é normal pois o Estado está em fase de erradicação da doença.
Graças ao novo acordo com a Rússia, fica suspenso somente o município e não o Estado inteiro, como ocorreu de dezembro do ano passado até junho. Barbosa destacou que os técnicos da secretaria estão elaborando um trabalho de sorologia em todo o Estado, para a terceira fase do Programa de Erradicação de Aujezsky. Em caso positivo, ocorre o abate dos animais. que já somou mais de 115 mil cabeças. A sorologia deve servir de exemplo para outros estados. A meta é erradicar o virus da Aujesky até o final do ano.