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José Dirceu garante que Porto de Santos faz parte das prioridades do governo Lula



O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, esteve em Santos, litoral de São Paulo, para falar sobre os investimentos do governo federal no principal porto do Brasil. Segundo ele, "o governo vai reorganizar as fontes de financiamento para garantir os investimentos necessários no Porto de Santos". O ministro destacou que o Brasil vai retomar seu projeto de desenvolvimento a partir das reformas que o governo está propondo ao Congresso Nacional.

José Dirceu disse ainda que "apesar da situação econômica internacional não ser boa, nós temos capacidade para criar as condições para o país se desenvolver". Nesse sentido, segundo Dirceu, "o governo federal já tem os recursos necessários para viabilizar as obras das avenidas Perimetrais, no Porto de Santos", afirmou.

Dirceu destacou que o Porto de Santos é o principal escoador da produção agrícola nacional. "Nossa exportação deve crescer cerca de 20% ao ano, devido ao fortalecimento do agronegócio. Por esse motivo, temos que reequilibrar as modalidades de transporte do país", disse. O ministro defende a participação da iniciativa privada nos investimentos de infra-estrutura do porto.

Ele anunciou a retomada da Câmara de Infra-estrutura do Ministério dos Transportes. "Estamos reorganizando o grupo com relação à política portuária nacional. Este grupo definirá as prioridades de investimentos", ressaltou. A questão da regionalização do Porto de Santos também foi pautada pelo ministro. "A discussão da gestão do porto deve ser pactuada, reservada e tranquila entre as prefeituras, o governo estadual e a União para não se transformar em um ponto de divergência", disse. O ministro completou dizendo que o tema regionalização "não faz parte da agenda de urgência do governo Lula".

Mercosul e G-3 - José Dirceu informou que os juros básicos vão baixar nos próximos meses. Segundo ele, "o objetivo é voltar ao patamar de 18%, anterior a crise cambial do ano passado". Dirceu destacou que o Brasil defende a criação de uma moeda única entre os países do Mercosul. "Precisamos pensar em integrar a rede física de comunicação, o sistema elétrico e os sistemas rodoviários e ferroviários do Mercosul, e já começar a pensar em uma moeda única no futuro". José Dirceu terminou seu pronunciamento citando a criação do G-3 - grupo de cooperação e relações comerciais, que envolve o Brasil, a Índia e a África do Sul - e os países árabes. "O governo está atento a novas oportunidades de negócios", concluiu.

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