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Bayer CropScience prevê crescimento de 4% ao ano


A Bayer CropScience, braço de defensivos agrícolas e biotecnologia do grupo Bayer, pretende crescer 4% ao ano no mundo, o dobro da média mundial, que deve ficar em 2%. Para isso, a companhia anunciou investimentos de € 900 milhões no próximo ano, dos quais € 700 milhões em pesquisa e desenvolvimento e € 200 milhões em ampliação e modernização de fábricas e construção de novos centros de pesquisa, como o que deverá ser inaugurado em Bent (Bélgica) no próximo ano e consumiu investimentos de € 18 milhões de euros. "Vamos crescer o dobro da média de mercado porque queremos a assumir a liderança mundial no segmento agrícola em até dois anos", disse Jochen Wulff, chairman da Bayer CropScience no mundo.

Receita maior

Nos primeiros seis meses deste ano, a CropScience faturou € 3,22 bilhões nos 120 países em que atua. A receita é 66% maior do que a apurada em igual período do ano passado e correspondente a 22,1% do faturamento global do grupo.

A CropScience informa que, entre 2001 e 2005, seus investimentos em pesquisa devem resultar num total de 14 novos ingredientes ativos, que devem gerar um faturamento extra de € 800 milhões até 2006; cada ingrediente ativo pode gerar mais de um produto comercial e atingir diferentes culturas. Em média, apenas um em cada 50 mil componentes químicos testados resulta em um novo principio ativo que será colocado no mercado, informou a companhia.

Brasil

Segundo Wulff, a América do Sul e o Leste Europeu são os dois mercados prioritários para a CropScience no mundo. "Esses dois mercados devem crescer, no mínimo, 5% ao ano, enquanto a média mundial é de 2%", diz Marc Reichardt, presidente da CropScience para o Cone Sul.

No Brasil, serão feitos investimentos de € 2,5 milhões em melhorias nas fábricas nos municípios de Belfort Roxo, no Rio de Janeiro, e de Portão, no Rio Grande do Sul. "A operação do Cone Sul trabalha com 70% da capacidade instalada. Por isso, temos espaço suficiente para aumentar as vendas sem precisar ampliar as fábricas", afirma Marc Reichardt.

A aposta no Leste Europeu é a longo prazo. Em junho deste ano, a União Européia (UE) realizou uma reforma na Política Agrícola Comum (PAC) que prevê a redução dos subsídios à produção rural. Com isso, a produção deve "migrar" para países onde seu custo é menor e as condições agrícolas, favoráveis. A expectativa é de que, no médio e longo prazos, as lavouras migrem de países como a França e a Alemanha para regiões onde o custo da produção rural é menor, como o Leste Europeu, que já tem forte perfil agrícola.

Biotecnologia

Na área de biotecnologia, que está dentro da CropSciences, o foco será, inicialmente, as cinco culturas de maior expressão econômica do mundo: soja, milho, arroz, canola e algodão. O faturamento global do segmento de biotecnologia foi de € 240 milhões no primeiro semestre deste ano, ou seja, 42,8% maior que o apurado em igual período do ano passado.

A Bayer não tem planos para o momento de comercializar produtos transgênicos no Brasil. Hoje a empresa atua na venda de canola e algodão geneticamente modificados para países como a Austrália.

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