Área com trigo aumenta 23% no Rio Grande do Sul
Com o trigo já plantado nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul, os técnicos da Emater/RS contabilizam um aumento aproximado de 23% de área semeada com a cultura. Os dados fazem parte do segundo levantamento sobre a situação das lavouras plantadas no Estado. Em 2003, o cereal deve ocupar 987.635 hectares. Na safra anterior foram cultivados 800.307 hectares. Essa deve ser a maior área dos últimos 15 anos.
Segundo os técnicos as áreas germinadas com a cultura apresentam bom padrão e as semeadas mais no cedo continuam recebendo adubações nitrogenadas, embora em quantidades um pouco abaixo do recomendado devido ao aumento no preço da uréia, chegando aos 28% desde janeiro. Mesmo assim, a adubação realizada na base tem garantido um bom desenvolvimento. As lavouras de trigo não vêm apresentando problemas com relação a ataque de pragas.
Arroz – A expectativa de boa remuneração para o arroz na próxima safra está fazendo com que os produtores procurem por novas áreas para o cultivo. A procura por terras para arrendamento acontece, principalmente, nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, que representam em torno de 40% da área total cultivada com o cereal no Estado. Na região, as primeiras informações apontam para um aumento de 10% de área com relação à safra passada. Se as perspectivas se confirmarem, serão mais 45 mil hectares incorporados à atividade. A saca de 50kg oscilou entre R$ 32,00 e R$ 36,50 e o preço médio para o produtor ficou em R$ 32,62.
Forrageiras – As condições climáticas dos últimos dias foram favoráveis para as pastagens cultivadas de inverno com boa umidade e insolação, especialmente da Depressão Central para a metade norte. Em algumas regiões como em Santa Rosa, elas já estão fornecendo alimentos em quantidade para os animais. Na região Sul e Campanha, o clima também contribuiu para melhorar o desenvolvimento e a utilização dessas forrageiras, que tem sido prejudicado pelo excesso de umidade. Já nos Campos de Cima da Serra, as pastagens foram muito prejudicadas pelo tempo.
Os campos naturais, na região Metropolitana, ainda estão com boas condições de suporte. Mas, na maior parte do Estado, as fortes geadas das duas últimas semanas prejudicaram o que restava do campo nativo, reduzindo ainda mais a disponibilidade de alimentos para os rebanhos.