O Grupo Agropalma está investindo R$ 1 milhão na ampliação da capacidade de produção de sua refinaria instalada em Belém, a Companhia Refinadora da Amazônia, que passa de 250 para 320 toneladas diárias. O grupo é o maior produtor de óleo de palma do País e já investiu em torno de US$ 150 milhões, desde quando começou a atuar há pouco mais de 20 anos, devendo chegar a US$ 180 milhões até 2005, com seus planos para investimentos futuros de aumento da capacidade de extração de óleo nas usinas e da refinaria.
Desde quando a refinaria começou a operar em 1997, sua capacidade de produção já aumentou em mais de 150%. Segundo Marcello Brito, diretor comercial da Agropalma, a empresa está direcionando uma linha completa de óleos, gorduras, creme e margarina para mercados diversificados, como o de "food service". A empresa aposta também no incremento das exportações, principalmente para os Estados Unidos, para onde espera mandar, até 2004, em torno de 10% de toda a sua produção. Para a Europa já segue 5% dessa produção.
"A conscientização sobre os maus causados por determinados tipos de gordura é a porta de entrada para um campo de negócios fenomenal para os ‘zero trans’, como é o caso da gordura extraída da palma", informa Marcello Brito. Ele diz que a determinação do FDA, o Food and Drug Administration, de tornar obrigatória a inclusão do percentual de ácidos trans nos rótulos dos alimentos processados nos Estados Unidos faz crescer um novo nicho de mercado naquele país, dos produtos zero ou ‘low trans’.
A Agropalma começou a atuar em 1982 no município de Tailândia, a 150 quilômetros de Belém, numa área de 11 mil hectares, com a constituição da Companhia Real Agroindustrial. Em 1989, foi adquirida a empresa Agromendes, que também produzia e extraia de óleo de palma e palmiste, o que possibilitou dobrar a capacidade produtiva do grupo. Depois foram adquiridas ainda outras duas áreas próximas. Em 1997, foi instalada a Companhia Refinadora da Amazônia, para diversificar sua linha de produtos com a oferta de óleos de palma e palmiste refinados, assim como a oleína e estearina de palma refinados. Em 2000, outra aquisição, da empresa Coacará. E em 2002 surgiu a Unidade de Acondicionamento de Gorduras, localizada na mesma área refinaria, na periferia de Belém. As cinco agroindústrias do grupo têm área de 82 mil hectares. O grupo hoje responde por 80% da produção nacional de óleo de palma.
Dos 82 mil hectares de área da Agropalma, 32.000 hectares têm palmeiras já plantadas. Outros números do grupo: 1.600 quilômetros de estradas próprias; quatro indústrias de extração de óleo bruto; um terminal de exportação; uma indústria de refino de óleo de palma e óleo de palmiste; uma indústria de produção e acondicionamento de gorduras vegetais, creme vegetal e margarina; quatro laboratórios de controle da qualidade; geração própria de energia elétrica para o processo industrial; quatro estações para tratamento de água; quatro agrovilas; e geração de 2.800 empregos diretos.