Verão terá calor acima da média e pouca ação do La Niña

De acordo com informações do Meteored, mesmo com a declaração de um episódio de La Niña, o fenômeno deve ter pouca influência sobre o clima brasileiro durante o verão de 2026. O Meteored destacou que “há sinais claros de que o Oceano Pacífico Equatorial e a atmosfera estão agora acoplados”, reforçando o padrão da fase fria do ENSO, mas ressaltou que suas características são fracas.

Segundo a análise, as projeções indicam que o padrão de La Niña não deve se manter por muito tempo, já que “a temperatura média dos oceanos no próximo trimestre sofrerá um aquecimento expressivo”, o que levaria à extinção do fenômeno entre janeiro e março. Esse comportamento aparece nas simulações apresentadas pelo Meteored.

A previsão aponta que esse La Niña pode gerar apenas uma leve redução das chuvas na região Sul e um aumento no Norte, mas sem impactos duradouros. A maior parte do país deve permanecer em condição de neutralidade no que diz respeito à precipitação ao longo do verão.

O Meteored afirmou que o fenômeno “não deve influenciar de maneira significativa o clima em território brasileiro”, destacando ainda que as temperaturas do Atlântico Sul permanecerão dentro da média. Essa situação tende a reduzir a disponibilidade de energia e umidade para a formação de sistemas de chuva, favorecendo a ocorrência de bloqueios atmosféricos.

Enquanto o regime de precipitação segue sem grandes alterações, a previsão de temperaturas indica uma tendência clara de calor acima da média em praticamente todo o país durante o trimestre de janeiro a março. As anomalias devem ser mais intensas no Rio Grande do Sul e em áreas do Nordeste, onde “o calor poderá se mostrar ainda mais expressivo”.

O Meteored reforça que previsões de longo prazo representam tendências amplas e podem ter variações locais significativas. A plataforma recomenda que o público acompanhe as atualizações climáticas de dezembro e as previsões específicas para cada município.