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A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para novembro de 2025 indica contrastes nos padrões de chuva e temperatura em todas as regiões do Brasil. Enquanto parte do país deve enfrentar precipitações abaixo da média, outras áreas terão volumes acima do esperado. O calor, por sua vez, será predominante, com temperaturas superiores à média histórica em grande parte do território nacional.
Chuvas abaixo da média predominam no Centro-Sul
Segundo o Inmet, áreas do Sul, Nordeste e partes do Centro-Oeste e Sudeste devem registrar chuvas próximas ou abaixo da média histórica para o mês. Estados como São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Bahia estão entre os que podem sofrer com a menor reposição hídrica do solo, dificultando a germinação das lavouras de verão, especialmente nas áreas de sequeiro.
Por outro lado, volumes acima da média estão previstos para o norte da Região Norte e parte do Centro-Oeste, especialmente em Goiás, Distrito Federal e oeste do Mato Grosso, favorecendo a semeadura da soja e do milho primeira safra nessas áreas.
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Temperaturas acima da média
O prognóstico indica que as temperaturas devem ficar acima da média em praticamente todas as regiões. Na Região Norte, por exemplo, os termômetros podem marcar até 1,5 °C acima do normal, com médias superiores a 28 °C. Situação semelhante é esperada no Nordeste, com destaque para o sul do Piauí e leste do Maranhão.
No Centro-Oeste, as temperaturas também devem superar os 26 °C, impactando o ciclo das culturas e a disponibilidade de água no solo. No Sudeste, embora algumas áreas de Minas Gerais e Espírito Santo apresentem temperaturas próximas da média, o oeste de São Paulo terá desvios positivos de até 0,8 °C. Já na Região Sul, o aumento térmico pode chegar a 1,0 °C em estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Impactos no campo: plantio, colheita e produtividade
O cenário de chuvas escassas e temperaturas elevadas exige atenção redobrada dos produtores. No MATOPIBA (região que compreende Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a baixa umidade do solo pode dificultar o avanço do plantio das culturas de sequeiro. Em contrapartida, no SEALBA (Sergipe, Alagoas e Bahia), a previsão de chuvas próximas à média favorece a colheita do milho da terceira safra.
No Centro-Oeste, o tempo mais seco beneficia a colheita do milho segunda safra e do algodão, enquanto a maior oferta hídrica no norte da região contribui para o desenvolvimento inicial das lavouras de verão. Já no Sudeste, o contraste entre regiões úmidas e secas influencia diretamente a viabilidade do plantio da soja e do milho, principalmente em São Paulo.
Região Sul: trigo em final de ciclo e plantio de verão em curso
Com a colheita do trigo avançando e previsão de chuvas próximas da média, os produtores da Região Sul devem se beneficiar para iniciar o cultivo da soja e do milho primeira safra. No entanto, áreas com déficit hídrico podem enfrentar dificuldades no estabelecimento das lavouras, exigindo planejamento estratégico no uso da água e no manejo das culturas.