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Embrapa Roraima aposta no inajá como fonte de energia


Até dezembro de 2006, a Embrapa Roraima quer viabilizar economicamente o inajá – palmeira nativa da região amazônica que produz uma amêndoa semelhante ao babaçu - como biodiesel, óleo comestível, ração animal, cosméticos e produtos farmacêuticos. Para materializar o objetivo, um projeto de caracterização, conservação e pré-melhoramento do inajá, liderado pela Unidade, começa a ser desenvolvido em 2004.

O projeto terá quatro ações básicas: diversidade genética em populações de inajá; conservação de germoplasma; caracterização de uma população natural e pré-melhoramento; e caracterização do potencial agroindustrial do inajá.

As ações, através de subprojetos, serão desenvolvidas em rede pela Embrapa Roraima, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, com um orçamento de R$ 631 mil, financiado pelo Prodetab – Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologia Agropecuária para o Brasil.

O inajá é tolerante a inundações, queimadas e a condições de baixa fertilidade do solo. Um exemplo, segundo o pesquisador Otoniel Ribeiro Duarte, responsável por um dos subprojetos, é que as plantas jovens ao serem queimadas para o cultivo de pastagens, rebrotam com vigor e as sementes, que estavam em processo de dormência, germinam rapidamente.

Otoniel está entusiasmado com o projeto. “O inajá tem potencial econômico. Ele é rico em fósforo, magnésio e ácidos graxos, podendo ser usado como ração para aves, suínos e peixes, além de fornecer o palmito, farinha e óleo na alimentação humana; e garantir matéria-prima à indústria de comésticos e de produtos farmacêuticos”, explica.

A palmeira inajá, de porte elevado, medindo de 3 a 20 metros de altura, é encontrada em florestas primárias, secundárias e em grandes áreas que passaram por um processo de queimada. A polpa dos frutos é usada pelas comunidades indígenas no preparo de alimentos. As folhas jovens são utilizadas na construção de paredes e coberturas das malocas.

Já o pecíolo, que é a base da estrutura de sustentação das folhas, é usado como ponta de flexa e a espata - base de sustentação dos cachos - é utilizada como assento, para transportar água e como cesto. Mais informações com o pesquisador Otoniel Ribeiro Duarte, pelo telefone (95) 626-7125, ramal 221, ou através do e-mail [email protected].

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