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Biden e o Agro


Marco Ripoli

Semanas atrás escrevi sobre o atual presidente Donald Trump e sua política agrícola.  Agora, tendo em vista o resultado das últimas eleições americanas, na qual se confirmou Joe Biden como o próximo sucessor ao comando da maior potência mundial, sinto que seja oportuno comentar um pouco sobre o plano de Biden.

O plano visa tornar a agricultura americana a primeira do mundo a alcançar zero emissões de carbono por meio de incentivos, permitindo que os produtores rurais tenham acesso e conhecimento aos mercados de carbono no mundo.

Presidente Biden sugere uma expansão significativa do programa destinado a pagar aos agricultores que adotem práticas ambientalmente corretas, especialmente aquelas que ajudam a sequestrar carbono no solo.

Este plano requer uma renovação da comercial e política para impulsionar as exportações, aumentar o investimento em energia renovável, melhor conectividade rural e o fortalecimento da compra de produtos locais — já considerados prioridades na agenda rural e agrícola do antigo governo de Obama.

Ao alinhar a política comercial e a ambiental o novo governo pretende combater as mudanças climáticas, as tais ameaças existenciais, criando fontes de receita para os agricultores em um momento em que muitos estão lutando para sobreviver.

Os agricultores tiveram uma receita significativa na renda à medida que os preços das commodities subiram (por exemplo, soja com 20%, milho com 6%, trigo com 5%, laranja com 15% e açúcar com 7%, algodão estável), mesmo com as políticas comerciais do presidente Donald Trump que provocaram uma onda de tarifas retaliatórias contra os produtos agrícolas americanos.

"Para muitos americanos do meio rural, não existe caminho para a classe média se permanecerem em suas zonas rurais", diz Biden.  Para o novo presidente, existe uma obrigação de reconstruir a classe média americana, independentemente de seu gênero, raça, orientação pessoal ou endereço."

As relações diplomáticas entre Estados Unidos e Brasil provavelmente se tornarão mais turbulentas a partir de 2021, com a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais, já que o presidente de Jair Bolsonaro é um admirador de Donald Trump.

Uma consequência imediata seria que o Brasil teria mais dificuldade em negociar com os Estados Unidos, seu segundo maior parceiro comercial.  Contudo, o Brasil é o único país sul-americano onde os Estados Unidos têm uma oportunidade para conter a crescente influência de China.

O Agro não para!

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