Por Rodrigo Capella*
Trabalho com comunicação para agronegócio desde 2004 e já atendi empresas de diversos segmentos, como nutrição animal, nutrição vegetal, saúde animal, tecnologias para máquinas agrícolas e equipamentos para pulverização, entre outros.
Nos últimos anos, tenho acompanhado as empresas do setor investirem, cada vez mais, em ações de comunicação.
Como consequência direta, muitas companhias têm ampliado a visibilidade, incrementado as vendas e aumentado a participação de mercado. Já outras empresas de agronegócio insistem em cometer os mesmos erros, afetando diretamente a lucratividade.
A seguir apresento os cinco maiores erros de comunicação das empresas de agronegócio:
1) Não calcular o ROI das ações de comunicação
Com ferramentas e técnicas adequadas, pode-se calcular o retorno do investimento (ROI) de toda ação de comunicação realizada. “Quanto foi investido e qual foi o retorno financeiro para a empresa de agronegócio que fez o investimento?”. Essa é a pergunta que precisa ser respondida, com argumentos claros e precisos.
Assessoria de imprensa, consultoria de comunicação, redes sociais, comunicação interna, marketing de conteúdo e marketing de resultado são algumas das ações de comunicação que precisam, a todo instante, ser mensuradas.
Quando se mensura o ROI, tende-se o real impacto das ações de comunicação, o que contribui para que elas sejam ainda mais assertivas.
2) Apostar somente em feiras
O agropecuarista busca informações em diversos canais, não somente em feiras. Portanto, a empresa de agronegócio que não investir em ações de comunicação diversas irá perder oportunidades claras de negócios.
Com base em um planejamento estratégico, é possível definir ações que irão contribuir diretamente para a empresa ganhar destaque no mercado e superar os concorrentes.
3) Adotar linguagem excessivamente técnica
As informações excessivamente técnicas perdem, cada vez mais, o alcance. Com a mudança de perfil, o agropecuarista busca conteúdo de rápida leitura, como dicas, análises e orientações.
Estas informações irão contribuir, diretamente, para que eles tenham uma melhor produtividade e um incremento na rentabilidade.
4) Não valorizar o potencial do ambiente online
Aplicativos, Redes Sociais, Newsletters e Blogs. O agropecuarista consome conteúdo de diversos canais, incluindo estes do ambiente online.
Desta forma, para se comunicar sem desperdiçar recursos, a empresa de agronegócio precisa ter um diagnóstico de comunicação para, somente depois, traçar as melhores estratégias.
5) Não ter ferramentas para dar real suporte à força de vendas
A força de vendas da empresa de agronegócio precisa ter ferramentas que calculem, com exatidão, em quanto tempo o agropecuarista terá o retorno do investimento realizado para a compra de determinado produto (fertilizante, suplemento, tronco, balança e medicamento, entre outros) ou de determinada máquina (pulverizador, trator etc).
Ao realizar cálculos com estas ferramentas, a força de vendas terá ainda mais argumentos junto aos agropecuaristas, diferenciando-se da concorrência.
(*) Rodrigo Capella é Diretor da Ação Estratégica, empresa com ampla experiência em comunicação para agronegócio. E-mail: [email protected]