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A Comunicação e o Agronegócio


Opinião Livre

Por Rodrigo Capella*

Você está em uma feira de agronegócio e não para de andar pelo estande. Afinal, precisa coordenar o atendimento aos clientes, verificar se não falta material promocional, acompanhar se o vídeo institucional está sendo reproduzido de forma adequada na TV, checar se os produtos estão expostos no melhor local...

No meio destas e de outras atividades, o seu chefe faz um questionamento: “você viu que nosso concorrente teve destaque nesta importante revista? Por que nós não tivemos este mesmo espaço?”.

Rapidamente, você se lembra das reuniões que teve com a assessoria de imprensa, das conversas por telefone e também das diversas trocas de e-mails. Na sequência, desabafa: “Eles só fizeram o que foi solicitado. Nunca foram além”.

Esta situação, muito desgastante, pode ser evitada se a empresa contratar uma assessoria de imprensa que funcione como uma extensão do departamento de marketing, sugerindo atividades diferenciadas e eficazes. Ou seja, não se limitando a simplesmente escrever e divulgar releases para o maior número de jornalistas possível.

Mas, quais ações podem ser feitas com o objetivo de valorizar as marcas e de contribuir para que os jornalistas e influenciadores tenham informações relevantes? Conversas recentes com a imprensa revelam que aproximadamente 80% dos jornalistas que trabalham em veículos de agronegócio têm interesse em visitar fábricas e laboratórios de empresas. Durante estes eventos, chamados de press trip, a empresa de agronegócio terá a oportunidade de destacar, em profundidade, seus valores, seus diferenciais e apresentar toda a linha de produtos.

Esse número é ainda maior quando verificamos se os jornalistas têm interesse em almoçar ou tomar café com um executivo que trabalha em empresa de agronegócio: cerca de 85% disseram “sim”. Trata-se de uma oportunidade para a empresa sugerir uma pauta exclusiva e para o jornalista tirar dúvidas e ampliar seus conhecimentos sobre determinado tema.

Um bom número de jornalistas (cerca de 75%) também disse que se interessa por pautas estratégicas sugeridas pelas assessorias de imprensa. Cases de sucesso das empresas, análise de mercado, novas estratégias e orientações são alguns dos enfoques que podem ser abordados.

Além de funcionar como uma extensão do departamento de marketing, a assessoria de imprensa precisa ter amplo relacionamento com os veículos de agronegócio, produzir conteúdo de qualidade e vivenciar o agronegócio, participando de feiras e de eventos do segmento.

Outro ponto importante é entender o comportamento dos jornalistas de agronegócio e saber, por exemplo, que boa parte deles se pauta pelas redes sociais. Conversas recentes com a imprensa apontam que cerca de 85% destes profissionais têm essa prática. A rede mais utilizada é o Facebook, seguida pelo Twitter e Instagram. Trata-se de uma oportunidade para as empresas de agronegócio, que podem contratar uma assessoria de imprensa para criar e gerenciar páginas e grupos de discussão nas redes sociais, aproximando-se ainda mais dos jornalistas e influenciadores.

Além das ações de comunicação apresentadas neste texto, muitas outras também podem ser realizadas. Para propor ações eficazes, a assessoria de imprensa precisa, então, realizar um amplo estudo sobre o cliente, conhecendo os diversos mercados de atuação. Somente desta forma ela trará resultados relevantes para o cliente, contribuindo para que ele se destaque no mercado, aumente as vendas e tenha uma contínua expansão.

(*) Rodrigo Capella é Diretor da Ação Estratégica, empresa com ampla experiência em comunicação para agronegócio. E-mail:[email protected]
 

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