CI

Bolsonaro: da tentativa de homicídio até a Presidência


Frederico Franco

Diante dos resultados das eleições, Jair Messias Bolsonaro será o Presidente do Brasil em 01/01/2019, em uma impressionante campanha explosiva, populista e polarizadora que teve como objetivo implacável o antipetismo e a corrupção que envolvia os adversários. Os resultados representaram um repúdio não apenas ao Fernando Haddad, mas ao ex-presidente Lula, cujo legado ficou marcado pelo caso do Triplex de Guarujá.

Sem sombra de dúvidas, que após o ataque em 06 de setembro sua popularidade aumentou gradativamente. Em análise, ataques terroristas em políticos podem mudar o apoio da população a partidos de direita de acordo com estudos internacionais, e foi o que aconteceu com Bolsonaro após o ataque em Juiz de Fora dia 06 de Setembro. Mas alguns estudos descobriram que o terrorismo e insegurança podem criar uma polarização crescente, e foi o que ocorreu entre PT e PSL, que fez praticamente com que os outros candidatos virassem figurantes na disputa presidencial.

Em contrapartida aos fatos ocorridos, outro fator que influenciou diretamente nas eleições de 2018 é a segurança pública, com índices de violência e criminalidade altíssimos no Brasil e a cada dia aumentando, fez com que a população passe a dar maior prioridade à segurança, e sempre a buscar figuras de autoridade que imponham ordem e reavaliem quem na sociedade pode representar uma ameaça.

Pesquisadores que buscam entender esse efeito há muito tempo olham para Israel. Com sua história de terrorismo e seu complexo sistema político multipartidário, o país é uma espécie de laboratório para entender a interação da falta de segurança e eleições. Claude Berrebi e Esteban F. Klor, da Universidade Hebraica, descobriram em um estudo de 2008 que, quando uma área sofreu um ataque terrorista nos três meses antes de uma eleição, os eleitores daquela área mudaram para partidos de direita em média de 1,35 pontos percentuais.

Em Israel, o estudo estimou que os ataques terroristas fizessem que as eleições de 1988 e 1996 levassem a vitória o Partido Likud, de direita. Entretanto, Israel é pequena e sofreu muitos ataques naqueles anos, aumentando os efeitos do terrorismo. É difícil comparar, pois no Brasil não chega a serem ataques terroristas, porém é evidente que os resultados do primeiro turno mostram que candidatos ligados fortemente à segurança pública e com propostas fortes nessa área, têm se destacado, como no Rio de Janeiro, em que Wilson Witzel, que era juiz,  ganhou e ultrapassou todos nas eleições e ganhou com folga e em São Paulo, com o candidato João Doria.

A exposição ao terrorismo e insegurança tende a aumentar o apoio a políticas extremas de várias maneiras, de acordo com um estudo de 2015 liderado por Daphna Canetti-Nisim, uma psicóloga política da Universidade de Maryland. 

Concluindo, ao observarmos nos últimos anos a linha do “politicamente correto” e sem nenhuma solução concreta para os diversos problemas do Brasil, foi evidente que nessas eleições o brasileiro já cansou do famoso vitimismo e se tornou protagonista do futuro do Brasil, pois a mudança depende de cada um de nós, e a realidade e a verdade são percebidas, diferente de outras eleições que eram decididas diretamente por fortes marqueteiros políticos. Com Jair Messias Bolsonaro, agora eleito, cabe a todos os brasileiros a cobrança contínua da melhoria do nosso país em todos os sentidos.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.