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Crise da Agricultura e seus prejuízos - PR


Pedro Loyola

 

FONTES: FAEP/SEAB/DERAL/CONAB/EMBRAPA/ OCEPAR/EMATER/SCOT CONSULTORIA/IPEADATA

 

Esta tabela tem o intuito de demonstrar a queda de renda dos produtores ocorrida após 2004, o impacto no PIB do Paraná, os prejuízos na atual safra e a correlação destes prejuízos com política cambial do governo.

 

Custos -  Foram utilizados os custos operacionais médios referentes a 2005, período em que os produtores desembolsaram recursos para a compra de insumos e o plantio da atual safra.

 

Comercialização - Os preços médios recebidos pelos produtores referem-se ao mês de abril de 2006, período de fim de colheita e que concentra a comercialização da produção da safra 2005/2006. Dados 2004 SEAB/IPEADATA.

 

Câmbio - A queda de renda do produtor tem forte correlação com a taxa de câmbio desajustada, pois as commodities têm preço internacional definido em dólar.  Na safra 2004/2005 os produtores plantaram com custos atrelados ao dólar em R$3,10 e colheram/comercializaram sua produção com o dólar a R$2,60. Na atual safra os produtores plantaram com  dólar a R$2,40 e estão colhendo/comercializando com dólar em R$2,10.

 

Perdas no Paraná - Os prejuízos acumulados na agropecuária paranaense desde 2003 chegam a R$ 9,7 bilhões, quase um terço do Valor Bruto da Produção daquele ano, que foi de R$ 32,7 bilhões. O montante representa também 32% das perdas nacionais, de R$ 30 bilhões, e equivale à perda de uma safra inteira de soja e de milho.

 

*Custos operacionais - Para produtores com eficiência média. Dados oficiais da CONAB: custo para produtores com produtividade na soja: 2.700kg/ha, milho:  6.000kg/ha e trigo:  2.250kg/ha. O custo da arroba (15kg) do bovino de corte refere-se para a criação com engorda a pasto.

 

Preços Mínimos - Segundo a Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM, os produtores deveriam receber o custo de produção acrescido de 30% para sua manutenção na atividade e manter a segurança alimentar do país.

 

 

 

A AGRICULTURA É A ÂNCORA VERDE PARA MANTER A INFLAÇÃO BAIXA.

 

Inflação

A inflação acumulada entre janeiro de  2004 e abril de 2006 foi de 12,6% (INPC) .

 

Gasolina

Em 2004,  custava em média R$2,06 por litro e hoje custa R$2,60, representando aumento de 26%.

 

Diesel

Custava R$1,46 em 2004 e é vendido hoje por R$1,80. Aumento de  23%.

 

Queda nos preços agrícolas

O Índice de Preços no Atacado Agrícola do IGP-M acumula em 12 meses variação negativa de 14,01%.

 

Conclusão

Todos os índices que medem a inflação e os preços dos produtos não-agrícolas apresentaram aumentos significativos, enquanto que os preços recebidos pelos produtores tiveram forte queda e os preços de alimentos registraram deflação.

 

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