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Mudanças climáticas sobem inflação e só subir juros piora


Climaco Cezar de Souza

    Mudanças climáticas sobem inflação e só subir juros piora

    (artigo curto, pois objetivo, direto e com apenas 08 páginas)

  1. RESUMO – 
  1. Acerca de como sequentes elevações errôneas e recordes das taxas de juros - SELIC no Brasil pelo BACEN/CMN para tentar baixa inflações - na verdade copiando manuais e ações antigas dos Bancos Centrais e Governos dos EUA e da Europa, ou seja, de países ricos do Norte - e que, hoje após os efeitos mundiais das severas mudanças climáticas dos últimos 05 anos, eles mesmo já admitem que não mais funcionam, isoladamente. Sobre tais situações e providências - insistentes e já até errôneas no Brasil (que talvez favoreçam bem mais bancos, rentistas, especuladores etc. conforme muitas denúncias, ao tempo que matam muitas empresas e famílias pobres, ambas estranguladas por juros altíssimos de dividas tomadas/assumidas até goela-a-baixo, e até com os Tribunais de Brasília quase sempre mais favoráveis aos credores, mesmo que já vendo - até planejadamente por tais credores e bancas – os imóveis dos mais pobres sendo leiloados e tomados, impiedosamente, para tanto) – vide dados e bons links comparando a situação do Brasil com as dos principais países acima, a maioria desses em que os custos com alimentos representam muito pouco da renda familiar em Us $ ou em Euros e ainda com baixas inflações locais diárias e idem com juros mínimos anuais incidentes. Por exemplo, nos EUA, os dispêndios totais com alimentos em 2023 (em média de elevadíssimos Us$ 9.985/ano) somente representavam 12,9% - de 10,0% a 15,0 % - das suas elevadas rendas médias. Já no Brasil, comparando, em janeiro/2025, a cesta básica custava em média R$ 850,00/cesta e, assim, consumindo 56,0% do salário mínimo pessoal. Idem, também apresento no artigo dados comparativos sobre os efeitos das elevações dos impostos nos abastecimentos, estoques mais na inflação de alimentos na maioria dos países e no Brasil. 
  1. Ainda sobre o Mundo, também discorro e provo de como as severas mudanças climáticas - ocorrentes ou acumuladas nos últimos 05 anos em diversos países, inclusive com secas ou inundações - já afetam bem mais as inflações diárias, do que quaisquer tentativas de suas reduções/controles pelas sequentes e maldosas elevações de juros e/ou medidas apenas econômicas internas implementadas nos Países, segundo diagnósticos recentes das Revistas Nature e Elsevier MAIS da Forbes MAIS da Consultoria “Investing“. Também apresento boas comparações e provas irrefutáveis (com dados do próprio Governo mais em diagnósticos da FGV/IBRE mais da Nature mais da ótima Consultoria climática “A Caatinga”) sobre como, e porquê, os efeitos do clima e de suas mudanças/pioras/imprevisibilidades nos últimos 5 anos também no Brasil influenciam muito mais nos desabastecimentos e nos baixos estoques atuais de grãos, carnes, demais alimentos, energias, custos etc. e isto desde 2014 (hoje, quase que zerados), do que nas inflações diárias e ainda do que tentativas - não modernas e até suspeitas como a Nature e a Caatinga denunciam - de tentativas errôneas  de soluções apenas pelas elevações ou reduções de taxas de juros e/ou outras medidas tomadas, teimosamente, pelo BACEN e outros no Brasil. 
  1. Focando no caso do Brasil, também, descrevo e provo com muitos dados e links (como sempre é de meu costume) de como, e porquê, o País  está totalmente perdido e descontrolado há uns 02 anos ao, erroneamente - e no claro afã apenas desenvolver muito rápido - talvez priorizar exportar bem mais grãos, alimentos, bionergias e outros itens (ao que parece para ampliar divisas, reservas garantidoras em Us$ e aumentos dos tributos arrecadados) em situações de claras reduções, talvez até suspeitas/programadas, dos rebanhos animais mais de baixas existências de estoques estratégicos e controladores interno - hoje, praticamente zerados - tudo isto em total detrimento das demandas internas alimentícias dos pobres e dos fundamentais sucessos das medidas antinflacionárias. Conforme dados confessados pelo próprio Governo, já na safra 2022/23, o Basil exportou de forma direta e indireta via carnes e outras formas, muito absurda e muito erroneamente - 60% de sua safra colhida de grãos. Também, desde o início de 2024, nossas exportações de carnes, sobretudo bovina, batem seguidos recordes mensais, pouco revelados e em nada admitidos de volumes ante disponibilidades reais e até muito incentivados, e mesmo que, comprovadamente, muito puxando os desabastecimentos internos diários e os níveis inflacionários dos mais pobres. Somente em 2024, o preço da carne bovina subiu + 20,84%, a maior alta desde 2019; o da suína + 20,06% e a de frangos + 6,0% (pelos casos de influenza aviária). Em 2025, ainda pior, de janeiro a junho, voltaram a ocorrer os mesmos erros de teimosos do Governo Federal em 2024, ou seja, as exportações de carnes bovinas, continuam elevadas e em ampliação acumulada de 13,4% ante igual período de 2024 e com faturamento 27,1% maior. Somente em junho/2025, as exportações bovinas ampliaram 50,0% ante junho/2024, isto mesmo com o abate de fêmeas bovinas já representando 47% do total, ou seja, indicando/talvez até programando seria escassez, altamente remuneradoras apenas para as empresas - e elevadora dos índices inflacionários - até 2028 (obviamente, tudo contra os abastecimentos internos do povão), pois seu ciclo produtivo varia de 5 a 6 anos. Ainda pior é que com tais erros governamentais seguidos, sobretudo de quase que inexistências de estoque de alimentos e de carnes, também ampliaram muito os preços (em quase 100% entre a média de 2023 e de 2024) e as inflações nos restaurantes, hotéis, bares, lanchonetes, cabanas, varejos, “fast food” etc. em todas as beiras praias e outras cidades turísticas do Brasil (tudo parece que de forma bem pré-combinada, talvez até cartelizada, e totalmente liberada e agora já contaminando e se espalhando por todo o interior do país), locais onde os preços de venda - comprovadamente com os dados que apresento desde outubro/2024 - dobraram desde o início de 2024 e nunca baixam, sempre mudando de tetos atuais para novos vales nos próximos verãos. Atualmente, comprova-se - adicional e facilmente - que os preços médios dos alimentos praticados no varejo dos supermercados na região de Porto Seguro -BA já são entre 70,0% e 100,0% maiores do que no interior de Goiás, de São Paulo e da maioria dos outros Estados.
  1. INFLAÇÃO DIÁRIA MUNDIAL E BRASILEIRA - Comparativos de CAUSAS MAIS DE AÇÕES DE CONTROLES/REDUÇÕES: Entendendo bem melhor e sem muito economês a inflação nos países mais suas causas e formas de seus combates/reduções, tudo conforme especialistas internacionais de renome e muito influentes, mas, talvez, ainda pouco ou nada interessados na situação do povão do Brasil - 

A inflação diária sabe-se que é causada pelo desequilíbrio entre oferta e demanda de itens sobretudo de alimentos e energias e/ou pelo aumento dos custos de suas produções e/ou pela maior emissão de papel-moeda e/ou pela expectativa sobre a flutuação na taxa inflacionária e/ou pela inércia dos Governos ou Dirigentes dos bancos Centrais dos Países. Hoje, a meta mundial de inflação máxima de 2,0% a.a. continua sendo a estrela-guia das políticas monetárias de muitas nações.

“Os principais tipos de inflação são: de demanda, estrutural e de oferta (ou de custo) e tal inflação ocasiona o encarecimento de produtos, redução do poder de compra da população, desvalorização da moeda nacional e queda dos investimentos estrangeiros”.

 

Quais são os tipos principais de inflação? “A inflação pode ser classificada em diferentes tipos de acordo com os fatores que a ocasionaram. A seguir descrevemos os 04 tipos de inflação, que são os mais recorrentes”:

  1. Inflação de demanda: “o aumento dos preços é decorrente da procura crescente por um determinado bem ou serviço, mas essa procura não é atendida pela produção. Ou seja, a demanda é maior do que a oferta. Em função disso, há uma elevação dos preços;

2) Inflação estrutural: “derivada de problemas ou de gargalos na infraestrutura de produção ou na infraestrutura espacial, como nas redes de transporte, por exemplo. A ineficácia da infraestrutura acarreta prejuízos para a produção, o que resulta no aumento no preço de bens e serviços”;

3) Inflação de custo (ou de oferta): “causada pelo crescimento dos custos de produção, como aumento do preço de matérias-primas, instrumentos de trabalho e energia, por exemplo, gerando uma elevação no preço dos produtos finais e serviços ofertados”;

5) Inflação inercial: “gerada por um aumento nos preços de produtos e serviços com base em taxas de inflação de períodos precedentes. Esse aumento acaba sendo incorporado no cálculo da inflação futura, criando assim uma variação elevada”.

Outras diversas causas estão associadas ao aumento dos preços de bens e serviços, que tem origem nas ações e políticas governamentais, no processo produtivo, na demanda e até mesmo nas especulações que são feitas a respeito do comportamento futuro da própria inflação.

Vejamos abaixo quais são as principais causas de cada tipo de inflação e uma breve explicação sobre cada uma delas:

1) “Desequilíbrio entre a oferta e a demanda: os preços podem se elevar quando a demanda por um determinado produto ou serviço é muito alta, mas não é atendida adequadamente pela produção. Assim, a menor disponibilidade desses itens no mercado gera a tendência de aumento nos preços. Classifica-se essa causa como uma causa real da inflação”;

2) “Maior taxa de emissão de papel-moeda: o papel-moeda nada mais é do que o dinheiro de um país impresso no formato de cédulas por um órgão oficial, como a Casa da Moeda do Brasil. Quando a impressão do dinheiro supera a quantidade de mercadorias e produtos em circulação, há uma elevação geral dos preços e um aumento na inflação. Isso acontece também quando os gastos governamentais superam a arrecadação e surge a necessidade de emitir mais papel-moeda”;

3) “Custos de produção elevados: quando os custos para fabricar um determinado produto são maiores, eles acabam sendo repassados ao consumidor final na forma de aumento dos preços. O mesmo pode ser percebido no caso do encarecimento na oferta de serviços em geral”;

4) “Preocupação sobre futuros aumentos de preços e custos: a expectativa que se tem sobre a possibilidade de crescimento da inflação pode condicionar um aumento dos preços e custos de serviço como forma de antecipar o que vem no futuro, puxando a taxa de inflação para cima. Essa expectativa é decorrente de motivos muito variados, como crises políticas, guerras, conflitos internacionais, dentre outros”;

5) “Indexação de preços ou inércia: acontece quando o valor de serviços, como aluguéis de imóveis, e os preços são aumentados com base na inflação de um período precedente (indexação), o que eleva ainda mais o patamar de cálculo da inflação atual”.

Também, as atuaçoes grupais/setoriais, até criminais e previas, pois pre-combinadas - e até galopantes/recorrentes - de elevar preços mensais, como nas cartelizações, como ocorrrem nos ultimos anos nas praias e outras cidade turisticas em que os preços de vendas dos meses de vales de turismos (menores demandas, geralmente, de 4 a 6 meses/ano conforme os locais) sobem muito nos meses picos de turimos (em geral de 6 a 8 meses/ano) e depois tais preços não mais recuam, já virando novos vales;. Também, entre dezembro/2024 e fevereiro/2025, denunciei por diversas vezes também aqui neste mesmo site, que os preços dos alimentos e das bebidas – nada acompanhados e/ou fiscalizados - até triplicaram nas barracas de praias mais nos hotéis, nos restaurantes fora das praias, nos bares, nas lanchonetes e nos varejos beira-praias desde agosto/2024 e assim permanecem até hoje (julho 2025). Contudo, nada e absolutamente, nada foi feito para sequer detectar e quiçá para corrigi-los. OU SEJA, TAIS MINISTÉRIOS E SEUS TÉCNICOS bem remunerados estão bastante PERDIDOS E/OU DESINTERESSADOS E/OU ATE MENTINDO PARA “SI”, PARA SEUS GOVERNOS E PARA TODOS. 

Também, descrevo e provo com muitos dados e links (como sempre é de meu costume) de como, e porquê, o Brasil está totalmente perdido e descontrolado há uns 02 anos ao, erroneamente - e no claro afã apenas desenvolver muito rápido - talvez priorizar exportar bem mais grãos, alimentos, bionergias e outros itens (ao que parece para ampliar divisas, reservas garantidoras em Us$ e aumentos dos tributos arrecadados) em situações de claras reduções, talvez até suspeitas/programadas, dos rebanhos animais mais de baixas existências de estoques estratégicos e controladores interno - hoje, praticamente zerados - tudo isto em total detrimento das demandas internas alimentícias dos pobres e dos fundamentais sucessos das medidas antinflacionárias. Conforme dados confessados pelo próprio Governo, já na safra 2022/23, o Brasil exportou de forma direta e indireta via carnes e outras formas, muito absurda e muito erroneamente - 60% de sua safra colhida de grãos. Também, desde o início de 2024, nossas exportações de carnes, sobretudo bovina, batem seguidos recordes mensais, pouco revelados e em nada admitidos de volumes ante disponibilidades reais e até muito incentivados, e mesmo que, comprovadamente, muito puxando os desabastecimentos internos diários e os níveis inflacionários dos mais pobres. Somente em 2024, o preço da carne bovina subiu + 20,84%, a maior alta desde 2019; o da suína + 20,06% e a de frangos + 6,0% (pelos casos de influenza aviária). Em 2025, ainda pior, de janeiro a junho, voltaram a ocorrer os mesmos erros de teimosos do Governo Federal em 2024, ou seja, as exportações de carnes bovinas, continuam elevadas e em ampliação acumulada de 13,4% ante igual período de 2024 e com faturamento 27,1% maior. Somente em junho/2025, as exportações bovinas ampliaram 50,0% ante junho/2024, isto mesmo com o abate de fêmeas bovinas já representando 47% do total, ou seja, indicando/talvez até programando seria escassez, altamente remuneradoras apenas para as empresas - e elevadora dos índices inflacionários - até 2028 (obviamente, tudo contra os abastecimentos internos do povão), pois seu ciclo produtivo varia de 5 a 6 anos.

Por outro lado, piorando muito e espalhando a inflação pelo interior do país - e com tudo bem comprovado por denúncias de turistas -, os preços médios dos alimentos e bebidas m regiões turísticas dispararam/dobraram (+100,0%) de forma grupal e talvez até pré-combinada/até cartelizada em todo 2024 (ante os médios de 2023), sendo que, recente, somente de janeiro/2025 a julho/2025, novamente, subiram mais uns 20,0%.

Por favor, compares os teus preços locais e regionais de 2024 com os a seguir praticados na Região de Porto seguro – Bahia, em ordem decrescentes comprovados por diversos relatos filmados/documentados de alguns turistas e famílias de todo o Brasil, que tomarem seu tempo e seus recursos para virem até aqui. Na verdade, eles exerceram - em benefícios de todos e como alerta para ALGUMAS possíveis autoridades locais e estaduais -, as funções governamentais de fiscais de consumos/preços finais e que nunca deveriam terem sido extintos – por absolutas pressões brutas e já cartelizadas contra eles no Brasil - tudo no pós-SUNAB). Em dezembro/2024, eram seguintes os preços de vendas por porções individuais e/ou para 02 pessoas nos restaurantes, bares, barracas, clubes, praias e até nos hotéis: 1) Peixe Assado por R$ 190,00; 2) Isca de peixe por RS 160,00; 3) Carne de sol com fritas por R$ 155,00; 4) Bife à parmegiana por RS 130,00; 5) Pizza média por RS 122,00; 6) Copo com suco por RS 25,00; 7) Porção de doce por RS 25,00; 8) Porção de milho cozido por RS 20,00; 9) Batatinha frita infantil por RS 20,00;10) Coco com agua na praia por RS 20,00; 11) Picolé de carrinho por R$ 18,00; 12) Churros por R$ 15,00 e 13) Pipoca simples por R$ 10,00. Também, somente para se sentar, eram exigidas consumações mínimas nas mesas para até 06 pessoas e cujas contas finais pagas flutuavam, talvez até criminosamente, entre R$ 1.000,00 e R$ 4.000,00/mesa.      

Pior, no meu conceito de uma nova modalidade de “Inflação cartelizada/pré-combinada” - inicialmente localizada, mas altamente contaminante e rápida e por todo o País – toda a severa e muito prejudicial elevação de preços acima descritos para os pobres e famintos do País ocorreu sem justificativas econômicas, sendo muito mais de modismos e de gastos excessivos por famílias de renda média intermediária a elevada.

Assim, pode-se comprovar que tais preços talvez até foram pré-combinados e talvez até cartelizados em até 06 meses antes no vale das demandas praianas mais por outras cidades de turismos do interior (em geral tal vale de demanda – quando os preços deveriam cair muito localmente/compensadoramente - acontece de abril a setembro, isto é, nos meses mais chuvoso e/ou mais frios – mas agora já se se sabe que tais preços elevados do pico do verão anterior nunca mais recuam, mas, pelo contrário, já se tornam novas bases nos verões seguintes.

Atualmente, comprova-se - adicional e facilmente - que os preços médios praticados no varejo dos supermercados na região de Porto Seguro -BA já são entre 70,0% e 100,0% maiores do que no interior de Goiás, de São Paulo e da maioria dos outros Estados.

Acerca vide meus artigos: “Porquês das altas suspeitas dos ALIMENTOS e como revertê-las?” em: https://www.agrolink.com.br/colunistas/coluna/porques-das-altas-suspeitas-dos-alimentos-e-como-reverte-las_499202.html ; MAIS: Altas de até 200% preços dos alimentos causam problemas em praias em: https://www.agrolink.com.br/colunistas/coluna/altas-ate-200--precos-d-alimentos-causam-problemas-em-praias_499377.html

3) Mundo - Comprovações recentes de que as Inflações atuais são muito mais Climáticas e não combatíveis apenas com Elevações dos Juros - Efeitos COMPROVADOS das Mudanças Climáticas dos últimos 05 anos e ainda em andamentos nos abastecimentos e nas inflações totais de muitos Países/Continentes, em especial nos bem maiores preços de alguns alimentos -  

Vejamos primeiramente os efeitos nas inflações em diversos países e já provocados pelas das mudanças climáticas recentes, que muito dificultam os abastecimentos e elevam bastante os preços dos alimentos, das mercadorias e/ou de seus custos de produção, de fabricação, transportes etc.

Historicamente, no início da década de 1980 nos Estados Unidos, Reino Unido e grande parte da Europa - segundo Cochrane J. H. do Hoover Institut da Universidade Stanford, EUA - os Governos aumentaram muito as taxas de juros drasticamente e mantê-las altas por vários anos, o que levou a uma recessão dolorosa nos mesmos países. Para tanto, até despeitaram a famosa regra de Taylor, da “Hoover Institution”, de que as taxas de juros subir 1,5 vezes mais do que a inflação anterior. Portanto, se a inflação subiu de 2,0% para 5,0%, as taxas de juros precisam subir 4,5 %. Adicione esta base mais 2,0% para manter a meta de inflação e ainda mais 1,0% para a taxa de juros real de juros em longo prazo, e teremos uma taxa total recomenda pelo banco Central, já de elevados e especulativos de 7,5% (para uma inflação inicial de 2,0%, ou seja, já 3,5 vezes mais e puxadas, espertamente, pelos maiores juros). Entretanto, se a inflação acelerar ainda mais antes que os bancos centrais ajam, controlá-la pode exigir as taxas de juros de 15% do início da década de 1980, nos países acima. Em suma, para que taxas de juros mais altas reduzam a inflação, elas devem ser acompanhadas por um aperto fiscal crível e persistente, agora ou mais tarde (que matará a capacidade de investir e poupança do País). Se o aperto fiscal não ocorrer, taxas de juros mais altas acabarão não conseguindo conter a inflação. Na última vez em que a relação dívida/PIB dos EUA atingiu 100% no final da Segunda Guerra Mundial (atualmente já chega a 123%), o FED recebeu instruções explícitas para manter os juros da dívida americana baixos até a inflação explodir na década de 1950.

Leia mais em: https://forbes.com.br/forbes-money/2022/09/subir-os-juros-e-o-unico-jeito-de-combater-a-inflacao/

Em 2022, segundo o diagnostico a seguir da “Nature”, o calor extremo do verão aumentou a inflação dos alimentos na Europa em 0,43%-0,93%, o que o aquecimento projetado para 2035 amplificaria em 30,0%-50,0%.

Em 2023, uma super neblina e a fumaça tóxica que atingiram o meio-oeste e o nordeste dos EUA, causados pelos incêndios no Canadá afetaram também o Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, especialmente São Paulo, que à época registrou a pior qualidade do ar no mundo. Em 2023, por exemplo, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) relatou 25 desastres climáticos nos Estados Unidos, resultando em perdas de mais de US$ 1,0 bilhão”.   

É o calor, inclusive, o extremo climático mais perigoso para a agricultura mundial

Em março/2024, a importante revista Mundial Nature publicou o seguinte artigo como alerta mundial: “Aquecimento global e extremos de calor podem aumentar as pressões inflacionárias”. Tal estudo mostrou que a inflação relacionada ao calor (“heatflation”, no termo em inglês cunhado pelo Grist, veículo americano especializado em mudanças climáticas) pode aumentar os preços dos alimentos em até 3,0% por ano até 2035. Segundo a análise, para cada 1° C de aumento nas temperaturas de determinado mês, a inflação no preço dos alimentos aumenta cerca de 0,2% ao longo do ano seguinte – isso desconsiderando os efeitos cumulativos de guerras e recessões globais.

Ainda para os autores, os impactos climáticos na produtividade econômica indicavam que as mudanças climáticas poderiam ameaçar a estabilidade de preços até 2035, o que efetivamente já começa a ocorrer desde 2022 em muitos países, inclusive no Brasil. Para tanto, eles aplicaram regressões de efeitos fixos a mais de 27.000 observações de índices mensais de preços ao consumidor em todo o mundo para quantificar os impactos das condições climáticas na inflação.

Para eles, as Temperaturas mais altas aumentariam a inflação de alimentos e a inflação geral de forma persistente ao longo de 12 meses em países de renda alta e baixa. Os efeitos variariam entre as estações e regiões, dependendo das normas climáticas, com impactos adicionais da variabilidade diária da temperatura e da precipitação extrema. Avaliar esses resultados sob os aumentos de temperatura projetados para 2035 implica pressões ascendentes sobre a inflação de alimentos e a inflação geral de 0,92% a 3,23 % e de 0,32% a 1,18% por ano, respectivamente, em média globalmente (faixa de incerteza entre cenários de emissão, modelos climáticos e especificações empíricas). As pressões são maiores em baixas latitudes (países do sul) e mostram forte sazonalidade em altas latitudes (países do norte), com pico no verão.

Vide o estudo completo em: https://www.nature.com/articles/s43247-023-01173-x

Em outubro/2024, no Mundo coletivo, vizinho - e de forma até comum - segundo ótimas análises pela importante Consultoria mundial “Investing.com” (vide link público ao final) – “as condições climáticas extremas e desfavoráveis não afetam apenas a agricultura, sendo que incêndios florestais, inundações causadas por rios atmosféricos, e o aumento da frequência de tornados e furacões, devido ao aquecimento da superfície dos oceanos, são exemplos claros de como o clima impacta a economia global. 

Assim, em outubro/2024, internacionalmente e para a Consultoria internacional “Investing“, a inflação climática afetava nossas finanças com as seguintes formas isoladas ou conjuntas”:

  1. “As mudanças climáticas mundiais já estão contribuindo cada vez mais para a inflação, principalmente por meio de interrupções na produção de alimentos e nas cadeias de suprimentos causadas por eventos climáticos extremos. Estudos mostram uma correlação entre ondas de calor, secas e chuvas intensas com aumentos significativos nos preços de diversas commodities, incluindo cacau, café e alimentos básicos mundiais”;

2) Implicações Socioeconômicas das mudanças climáticas nos países:  a) Instabilidade Econômica: “O aumento dos preços dos alimentos pode contribuir para pressões inflacionárias mais amplas, impactando os orçamentos familiares e potencialmente levando a distúrbios sociais”; b) Saúde Pública: “Famílias de baixa renda pode serem forçadas a reduzir o consumo de alimentos essenciais, devido aos aumentos de preços, potencialmente impactando a saúde pública”;

3) Necessidade de Adaptação: Os resultados destacam a necessidade de investimentos em medidas de adaptação climática para mitigar o impacto de eventos climáticos extremos na produção agrícola e na segurança alimentar;

4) Efeitos nos últimos anos e já correntes e ampliando: a) Nos Picos de Preços de alguns Alimentos - “Exemplos incluem aumento de 70,0% nos preços do repolho na Coreia do Sul após uma onda de calor; um aumento de 81,0% nos preços da batata na Índia e um aumento de 300,0% nos preços do cacau, devido à seca e ao calor extremo na África Ocidental”; b) Nas Cadeias de Suprimentos Globais - “Interrupções de ofertas alimentícias relacionadas ao clima em importantes regiões produtoras já desencadearam aumentos de preços em todo o mundo, especialmente para “commodities” como o café e o cacau, que frequentemente se concentram em áreas geográficas específicas”; c) Projeções de Longo Prazo: “Pesquisas sugerem que o aquecimento global pode adicionar vários pontos percentuais à inflação anual dos alimentos e muitos países e à inflação geral média mundial até 2035”;

5) Exemplos de Aumentos de Preços Causados pelo Clima: a) Cacau: “O calor extremo e a seca na África Ocidental, onde a maior parte do cacau do mundo é cultivada, causaram uma alta substancial dos preços”; b) Café: “A seca no Brasil e o calor extremo no Vietnã levaram a aumentos significativos nos preços dos grãos de café”; c) Azeite: “A queda na produção, devido às altas temperaturas na região do Mediterrâneo, fez com que os preços do azeite disparassem”; d) Outros Produtos Básicos: “Aumentos de preços da cebola, do arroz e da batata foram documentados em várias regiões do Mundo após eventos climáticos extremos.

Vide mais dados em: https://br.investing.com/analysis/o-que-e-a-inflacao-climatica-e-como-ela-tem-afetado-nossas-financas-200466604

Adicionalmente, em março/2025, vejas em inglês no gigante site mundial “ScienceDirect” da Revista Internacional de Economia e Finanças (ligado ao importante grupo editor mundial “Elsevier” da Universidade de Cardiff - Reino Unido) o diagnóstico fundamental: Impactos das mudanças climáticas na inflação: uma análise baseada nos efeitos de longo e curto prazo e nos mecanismos de transmissão”.  Contudo, tais analises formam baseadas em dados de 2006 a 2019, ou seja, um pouco antigos e talvez ainda no início das mudanças climáticas severas posteriores. Como pesquisador e autor socioambientalista e de energias hibridas, também, faço parte de tal grupo de público um pouco em inglês em tal renomado site.,

Em resumo, tal diagnostico detalhado mostra que “As mudanças climáticas estão se tornando um fator importante que afeta a inflação no mundo e em todos os países. Este estudo utiliza dados de 101 países entre 2006 e 2019, empregando o método GMM para analisar o impacto das mudanças climáticas nas taxas de inflação, tendo o índice de risco climático publicado pela Germanwatch como a principal variável explicativa e a taxa de inflação como variável dependente.

Assim, os resultados mostram que as mudanças climáticas podem aumentar significativamente a taxa de inflação no curto prazo, mas não no longo prazo. As mudanças climáticas têm maior probabilidade de aumentar o nível de preços em países de baixa renda do que em países desenvolvidos. Pesquisas adicionais mostram que a política de taxas de juros dos Bancos Centrais e os preços dos alimentos desempenham papéis mediadores nas mudanças climáticas que afetam a inflação. Especificamente, o risco climático impacta a economia, e o Banco Central reduz a taxa de juros para estimular a economia, causando inflação.

As mudanças climáticas também impactam o fornecimento de alimentos, e o aumento dos preços dos alimentos impulsiona a inflação. Portanto, a implicação política deste artigo é que se deve dar atenção ao impacto de curto prazo das mudanças climáticas na inflação. Além disso, os Bancos Centrais devem evitar reduções significativas nas taxas de juros no curto prazo e tomar medidas para conter o aumento dos preços dos alimentos para lidar com as mudanças climáticas”.

Beneficamente, segundo tal estudo acima (publicado por cientistas e pesquisadores chineses em que exploram em profundidade o processo dinâmico da taxa de inflação afetada pelas mudanças climáticas) “choques relacionados ao clima podem, em primeiro lugar, levarem a um aumento na taxa de inflação, mas, com o tempo, a taxa de inflação diminuirá gradualmente e, eventualmente, os efeitos das mudanças climáticas se dissiparão”. “Em segundo lugar, o impacto das mudanças climáticas na inflação é de curto prazo e, a longo prazo, seu efeito sobre os preços é insignificante. Em terceiro, o estudo propõe mecanismos pelos quais as mudanças climáticas afetam a inflação. O estudo revela como as mudanças climáticas podem impactar a inflação ao afetar as políticas de taxas de juros do banco central, o fornecimento de alimentos e os preços”.

Vide mais detalhes em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1059056025000097

4) Brasil - Comprovações de que as Inflações atuais são muito mais climáticas e de priorização errônea de Exportações de Alimentos nos anos ou nos meses errôneos e/ou com produções já insuficientes internamente – E/OU não estocadas em pelos menos 5% das produções/ano, assim, não combatíveis apenas com elevações dos Juros –

A seguir vide os Efeitos COMPROVADOS e maldosos/insensíveis nos preços dos alimentos e de outro itens no Brasil, seja pelas mudanças climáticas em andamento MAIS das exportações talvez errôneas de alimentos básicos nos momentos errôneos, tudo como possível propaganda enganosa e/ou apenas para captar-se um pouco mais de divisas, de reservas e de impostos (até matando o povo). Assim, talvez se tratem de totais descontroles e/ou de desculpas ensaiadas e nada de vigilâncias, nem de acompanhamentos etc. dos níveis de estoques estratégicos fundamentais em cada início de safra ou de ano mais dos preços praticados nas agroindústrias, atacados e varejos de alimentos e dos demais itens fundamentais (inclusive custos dos insumos de produção pelos bem maiores juros quase que tabelados). TUDO ocorre COM SEUS REFLEXOS COMPROVADOS nos abastecimentos internos MAIS nas inflações totais, em especial pelos bem maiores preços de alguns alimentos, E NADA CONTROLÁVEIS (ao contrário pioráveis, sem outras medidas, sobretudo fiscais) pelas seguidas – e muito maléficas - elevações das taxas de juros.  

No Brasil atual, “quem tem mais de 30 anos provavelmente já está acostumado a ouvir falar de inflação, tendo como foco de seu combate as políticas fiscal e monetária de cada País. É natural. Somos a geração que cresceu em meio à hiperinflação e que viveu a criação do Plano Real de 1994.  Mas, passados quase 31 anos desde a criação da nova moeda, vivemos tempos turbulentos com “impeachment” e crises financeiras de várias naturezas distintas. Talvez até estejamos caminhando para mais uma aqui no Brasil”. 

A) A INFLAÇÃO CADA VEZ MAIS CLIMÁTICA DO BRASIL E NÃO OBEDIENTE AS ELEVAÇÕES DE TAXAS DE JUROS 

Atualmente e em nível mundial, “uma nova realidade tem chamado muito mais a atenção para a questão de uma outra diferente e elevada causa da inflação: a crise climática. De acordo com economistas da Galápagos Capital no Brasil, os problemas climáticos já não são mais uma questão teórica, e seu impactos nas finanças estão cada vez mais evidentes. A inflação climática também afeta a energia. O Brasil, que ainda depende em grande parte de fontes hidráulicas (62,0% da nossa matriz energética) pode ver a oferta de energia também muito pressionada pelas condições climáticas”. 

No Brasil, muitas causas e efeitos climáticos e/ou operacionais/não-climáticos/humanistas/animais – inesperados/casuais e/ou frequentes e/ou até já anunciados/cíclicos conhecidos (“El Nino”, “La Nina”; ciclos produtivos/ampliações-reduções de abates de fêmeas bovinas; reduções/ampliações de alojamentos de pequenos animais; ocorrências-vacinações de doenças animais como da recente influenza aviária; idem das doenças humanas como a COVID de 2019 etc.. ) - levam a severos prejuízos, ou a benesses, para as reduções ou ampliações das produções de grãos, alimentos, bioenergias e até minérios etc..- idem de suas ofertas/estoques e/ou demandas/consumos - e isto tudo acontecendo para melhor ou para pior e com, ou sem, elevações dos juros pelo BACEN/CMN. Ou seja, trata-se de o BACEN apenas focar em analisar/punir com 01 variável (taxa de juros), mesmo sabendo que há umas 10, ou bem mais, variáveis em ocorrências maléficas ou benéficas, até somadas, para ampliar/reduzir as inflações diárias e os abastecimentos/desabastecimentos humanos, animais e de insumos.

No Brasil, “tanto secas quanto chuvas excessivas podem ser extremamente prejudiciais à produção agrícola, mas a seca é geralmente considerada mais danosa, devido aos seus efeitos mais severos e duradouros”.  A seca é a que mais prejudica o produtor rural, causando 87,0% dos prejuízos na agropecuária, sendo a agricultura a mais afetada com 65,0% do total de prejuízos as produções agrícolas entre 2013 e 2023 - vide a seguir.

Adicionalmente, de 2013 a 2023, os Municípios brasileiros registraram 14.635 decretos municipais de anormalidade referentes a um prejuízo total de R$ 287 bilhões na agricultura por conta dos seguidos desastres naturais ocorridos. Os dados utilizados no estudo foram coletados por meio do Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (S2ID/Midr), no qual os Municípios registram os danos e prejuízos na produção rural decorrentes do excesso ou da falta de chuvas.

Vide mais dados em: https://cnm.org.br/comunicacao/noticias/por-conta-de-desastres-naturais-producao-agropecuaria-perdeu-r-287-bilhoes-em-10-anos

Outro exemplo de 2024: “o fenômeno das ocorrências de queimadas, além de muito prejudicarem a saúde da população no Brasil, também muito afeta a logística e a produção de grãos, alimentos e de muitos outros itens vegetais, e até minerais, gerando impactos diretos nos seus preços”.

Pior, entre 2023 e 2024, “a combinação do aumento da temperatura média do País com o retorno da ocorrência do “El Niño” resultou em uma redução de 6,4% na Safra de grãos na safra 2023/24 em relação a 2022/23, o que pressionou os preços dos alimentos (inflação)”.

Para a safra 2024/25 se esperava uma crescente incidência de incêndios florestais ameaça diretamente a produção agrícola. Desde abril de 2024, o país registrou 6.695 focos de incêndio, um aumento de 61,0% em relação ao mesmo período de 2023. Isso lança uma sombra sobre as expectativas de safras futuras e coloca em risco os abastecimentos de alimentos, pressionando ainda mais os preços (inflação) com, ou sem, elevações dos juros pelo BACEN/CMN.

Além disso, as previsões climáticas indicavam um novo episódio do fenômeno “La Niña”, com chances de 70,0% de ocorrer entre setembro e novembro de 2024, segundo a NOAA (o que não ocorreu, mas exigiu vigilância mundial severa). Quase sempre, o impacto desse fenômeno é profundo e varia em diferentes regiões do Brasil. Enquanto o Norte e Nordeste enfrentam chuvas intensas, o Sul pode sofrer com longas estiagens, o que afeta diretamente o setor agrícola e, consequentemente, a inflação.

Por que o Brasil é um país que chove muito? “O País sofre a ação direta da massa tropical atlântica, que, por ser quente e úmida, provoca chuvas intensas. O clima é quente com variação de temperatura entre 18 °C e 26 °C e a amplitude térmica é maior à medida que se avança em direção ao Sul, úmido e chuvoso durante quase todo o ano”.

Por que o Brasil tem tantos tipos de clima? “Com dimensões continentais, o Brasil possui uma grande diversidade climática, separada em 06 principais climas. Essa diversidade de climas no Brasil é resultado da interação de diversos elementos, incluindo a latitude, a influência do oceano e as distintas massas de ar”.

Assim: “O Brasil possui uma grande variação climática, com regiões que experimentam mais dias nublados e chuvosos do que outras. Não há um número exato de dias nublados (estimam-se que 20,0% dos dias totais/ano - na média regional do Centro-sul a nossa maior produtora de grãos, alimentos etc. - sejam deste tipo) ou chuvosos (idem em 30,0% dos dias totais/ano na média regional do Centro-Sul) isto para o país como um todo, mas é possível estimar-se e, sobretudo, medir-se a quantidade de chuva anual e as estações chuvosas e secas predominantes em diferentes regiões”.  

“A média anual de chuvas no Brasil é de 1.760 mm, mas há grandes variações, com algumas áreas recebendo mais de 3.000 mm e outras menos de 500 mm. ”Por favor, comproves isto em: https://metadados.snirh.gov.br/geonetwork/srv/search?keyword=Pluviometria . Em outras regiões, como o semiárido nordestino, os períodos de seca podem ser longos e intensos. 

Para os que não são da área agrária, socioambiental ou energética etc.., informo – sem deméritos - que em meteorologia, chuva em mm/ano refere-se à quantidade total de chuva que cai em um determinado local ao longo de um ano, medida em milímetros. Então, 01 milímetro de chuva (1 mm) equivale a 01 litro de água por 01 metro quadrado por ano. “Portanto, "chuva em mm/ano" indica o volume total somado de água da chuva, em litros, que caiu em cada 01 metro quadrado de determinada área ou local durante 01 ano inteiro”, sempre lembrando que – pode até parecer que é muita água por m2 -, mas a maior parte desta água não é absorvida imediatamente pelas plantas, mas pelos solos, subsolos, enxurradas, barragens, pelo ar muito seco, pelas elevadas evaporações regionais (e subindo novamente até as nuvens, onde até formam rios de vapor suspenso que rodam/sopram/deslocam até 3.000 km em poucos dias, em geral, desde a Amazonia indo até o sul e sudeste do País para levar chuvas), pelas folhas, pelos grãos em formação, pelos frutos, pelas pastagens em crescimentos/renovações etc.. 

Pior é que o Brasil está secando e vejas acima que secas – mesmo que mitigáveis um pouco - são bem piores para os abastecimentos humanos e animais do que os excessos de chuvas e as inundações.

Vide no link abaixo que, como resultado das mudanças climáticas e com alta de 25,0% em 60 anos, o Brasil agora tem média de 100 dias seguidos, ou seja, cerca de 30,0% dos dias totais/ano, sem chuvas (antes da virada do século eram de até 80 dias/ano, mas ampliou aos poucos nos últimos 60 anos). Vide mais em: https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2024/09/28/com-alta-de-25percent-em-60-anos-brasil-agora-tem-media-de-100-dias-seguidos-sem-chuvas.ghtml  

Além disso, segundo o  Atlas solarimétrico mundial, o Brasil  - honestamente e não papo de vendedor de painel solar -  tem uma exposição máxima solar captável por plantas, árvores, pastagens e/ou por placas solares MÍNIMA e de apenas 3 horas/dia nos Estados do Sul, Sudeste e Centro-oeste, somente ampliando para 5 horas/dia capturáveis/incidentes reais benéficos numa espécie de quadrado gráfico gigante com 3.000 km na região do semi árido nordestino, especificamente somente acima de Montes Claros - MG até perto de Fortaleza - CE. Vide no gráfico abaixo que as chamadas irradiâncias solares médias diárias por m2 e capturáveis são bem maiores e por bem mais horas/dia em áreas desérticas do Peru, desertos dos EUA, norte da África e outros.

No gráfico a seguir, pode-se auferir que, na média anual, cerca de elevados 60,0% da superfície do nosso pais (azul mediano) - em especial no Centro-Norte e Centro-Nordeste - recebem apenas de 1.200 a 1.600 horas de iluminação solar no total do ano (portanto, regiões bem mais secas e com menores produções de alimentos), ao contrário, dos cerca de 40,0% das demais áreas do País (Sul, Sudeste e Centro-Oeste e áreas beira mar da floresta Atlântica, ou seja, exatamente, nas áreas atuais que mais produzem grãos, alimentos, biocombustíveis, pecuária etc..) que recebem muitas chuvas e durante 2.400 a 3.000 horas (verde claro) de iluminação solar por ano ano. Vide gráfico comprobatório em inglês em: https://www.reddit.com/r/MapPorn/comments/44y90h/annual_sunshine_hours_map_of_the_world_2753_1400/#lightbox . Também vide também dados solares horários no Brasil, ampliando de capturas reais por apenas 3,5 horas/dia até 5,5 horas/dia, mas apenas em dias com sol pleno, no Sudeste/Nordeste, na faixa acima citada e comprováveis na FIGURA 01 em:  https://www.researchgate.net/publication/351766005_Solar_energy_A_panacea_for_the_electricity_generation_crisis_in_Nigeria/figures?lo=1.

Assim, clara e objetivamente, com bem mais radiação solar absorvível mais são os dias nublados e idem chuvosos e com bem mais grãos, alimentos e outros itens, inclusive irrigações e enchentes, são produzidos por ano (a chamada segurança alimentar fundamental aos humanos e todo os animais).

Em fevereiro/2025, a FGV publicou que “As mudanças climáticas e os eventos extremos ajudam a explicar parte da alta nos preços de alimentos no último ano, mas transportes, embalagens e itens importados também impactam nos preços. Para eles, como a agricultura e a pecuária dependem do clima, uma seca prolongada ou um excesso de chuvas podem prejudicar a produção. Aí entra a lei da oferta e da procura. Com menos produtos no mercado e muita gente para comprar, os preços sobem.  Adicionalmente, para o coordenador do Centro de Estudos do Agronegócio da FGV não se pode generalizar o efeito do clima, pois há outros componentes nos preços de alimentos. Ele explicou que o clima tem impactos diferentes em cada região, assim a produção de um local compensa a de outro (como se deixar de exportar sem se ter o suficiente internamente, como no caso atual das carnes, fosse fácil no Brasil e até de tentar importar o que não se tem disponível no Brasil também fosse muito fácil, o que leva a FGV a nunca conseguir explicar a famosa inflação do pão de trigo). Para lidar com o clima, o pesquisador da FGV indica técnicas talvez do “arco da velha”, que preservem a umidade do solo, além de políticas públicas, idem, que mantenham a viabilidade financeira dos produtores, como o seguro rural (Sic).

Acerca, vide o artigo de fevereiro/2025: Mudanças climáticas explicam parte da inflação de alimentos em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/economia/audio/2025-02/mudancas-climaticas-explicam-parte-da-inflacao-de-alimentos#:~:text=As%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1ticas%20e%20os,adaptadas%20ou%20inteligentes%20ao%20clima.

Já para o Departamento de Economia Rural da Universidade Federal de Viçosa; “A questão é que a demanda por alimentos não cai”. Ainda para ele, técnicas como rotação de culturas, irrigação mais eficiente e plantas mais resistentes como soluções. Citam – talvez em novo “arco da velha” que em cada Plano Safra, programa de crédito para o agronegócio, poder-se-ia incentivar técnicas agrícolas adaptadas ou inteligentes ao clima (Sic).

Já em março de 2025, em um bom diagnóstico publicado pela FGV (Carta do IBRE) apontou os motivos que explicam a inflação de alimentos subir em velocidade maior do que a inflação oficial do país, apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para os autores, “de 1980 até meados dos anos 2000, a inflação cheia e a alta dos preços dos alimentos no Mundo tiveram trajetórias bem próximas, segundo dados compilados pelo Banco Mundial. A partir do segundo momento, no entanto, começou a ocorrer um encarecimento relativo sistemático dos preços de alimentos, cuja inflação correu cerca de 1 ponto percentual (p.p.) ao ano acima da inflação varejista total, em termos globais, com expressivo efeito cumulativo passadas quase duas décadas”.

“Alguns eventos mais extremos dos últimos 05 anos, ainda conforme a FGV IBRE, reforçaram esse descolamento: as disrupções de oferta causadas pela pandemia de COVID 19 em 2020/2021” MAIS uma crise hídrica extremamente severa no Brasil em 2021 e na Argentina em 2023; MAIS a invasão russa da Ucrânia em 2022 (um importante produtor global de grãos) MAIS a conjunção dos fenômenos “El Niño” e “La Niña” em 2023/2024 (o que, na verdade foi até prevista, mas que não ocorreu), tudo isto com efeito particularmente forte no Brasil”. 

Mas o descolamento dos preços de alimentos, como já apontado, data da primeira década deste século, e não pode ser totalmente explicado, portanto, por eventos a partir de 2020 (o que, ao meu ver, contraria tudo o que os órgãos internacionais descrevem e afirmam no início e no fim deste tópico)”. 

Vide mais dados no ARTIGO da FGV/IBRE: “Clima e foco em exportação explicam alta de alimentos no longo prazo” disponível em:  https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2025-03/clima-e-foco-em-exportacao-explicam-alta-de-alimentos-no-longo-prazo#:~:text=Condi%C3%A7%C3%B5es%20clim%C3%A1ticas%20e%20mudan%C3%A7as%20no,aumento%20no%20pre%C3%A7o%20da%20comida .

Ainda em março/2025, DE FORMA MUITO LOUVÁVEL E VERDADEIRA, o pouco conhecido site da fundação nordestina “A caatinga” publicou – de forma até corajosa e trazendo para o debate diversas análises de um tema novo o da “heatflation” (na verdade tema da importante Revista Nature; vide também acima no tópico sobre a evolução da situação climática mundial) em um ótimo artigo comprovador no link a seguir. Vide mais sobre: “Qual a relação entre a alta do preço dos alimentos e as mudanças climáticas?” no site de “A Caatinga” em: https://www.acaatinga.org.br/qual-a-relacao-entre-a-alta-do-preco-dos-alimentos-e-as-mudancas-climaticas/?gad_source=1&gad_campaignid=22839069055&gbraid=0AAAAAC8sT9x0yh6CLMAUc1BKJPDIxlvur&gclid=CjwKCAjwy7HEBhBJEiwA5hQNopANuNW2sAn5VxE-QmoXfkkWTlawsnuj_C-s8su6rjWI1UXzagGdjBoCzeoQAvD_BwE .

Para eles, o fenômeno da “heatflation”, que se refere à inflação impulsionada pelo calor, é uma das consequências das mudanças climáticas que mais contribuem para o aumento dos preços. Como descrito no início, Cientistas já alertam que o aumento das temperaturas pode, a longo prazo, elevar os preços dos alimentos em níveis consideráveis. Em um estudo publicado na Revista Nature, foi estimado que as temperaturas mais altas podem aumentar os preços dos alimentos entre 0,92% e 3,23% ao ano até 2035. No Brasil, essa tendência já é uma realidade, e ela afeta diretamente o orçamento das famílias.

Principais causas e suas consequências da chamada “heatflation” mundial no Brasil, segundo a Revista Nature:

  1. Secas e ondas de calor – “Eventos climáticos extremos têm alterado a produtividade agrícola de diversas culturas no Brasil. A escassez de chuvas, especialmente no Nordeste, tem prejudicado a produção de alimentos como milho, feijão e mandioca. Essas culturas, essenciais para a alimentação básica de muitas famílias brasileiras, não conseguem se desenvolver adequadamente devido às secas que estão cada vez mais acentuadas e persistentes. Como resultado, a escassez desses produtos no mercado eleva os seus preços”. “Além disso, o aumento das temperaturas também tem afetado o cultivo de frutas e hortaliças. Frutas como laranja e tangerina, que dependem de condições climáticas mais amenas, têm registrado perdas significativas devido ao calor excessivo. O estresse térmico também compromete a qualidade das colheitas e afeta a produção de leite. Em 2024, por exemplo, o preço do leite longa vida, que é o tipo de leite produzido a partir da pasteurização em altas temperaturas, subiu 18,83% em comparação ao ano anterior. Essa alta está diretamente ligada às dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo, que precisa lidar com a redução da pastagem para o gado, devido às altas temperaturas e às secas prolongadas”.
  1. Impactos da escassez de insumos: aumento de custos para os produtores – “Com a redução da produção agrícola devido ao clima adverso, a oferta de alimentos fica restrita, o que eleva os preços para o consumidor final. No caso de produtos como café e milho — fundamentais tanto para o consumo humano, quanto para a alimentação animal - as secas e as altas temperaturas têm dificultado o cultivo. A avicultura, por exemplo, é um dos setores mais afetados. O aumento no preço do milho, que serve como ração animal, reflete diretamente no preço dos ovos e da carne de frango. Entre 2022 e 2024, o preço da caixa com 30 dúzias de ovos aumentou 61,0%, passando de R$ 134,00 para R$ 227,00 de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A principal razão para esse aumento foi o estresse térmico das galinhas, que, quando expostas a temperaturas elevadas, gastam mais energia para manter a temperatura corporal. Como consequência, sua produtividade diminui”;
  1. Bem maior dependência de importações e seus efeitos no preço final – “Além das questões internas, o Brasil também é impactado pela escassez de alimentos no mercado internacional. O azeite, por exemplo, é um produto que depende de importações de países como Portugal e Espanha, responsáveis por quase 60% da oferta nacional. Em 2022 e 2023, esses países enfrentaram secas prolongadas, o que afetou diretamente a colheita de azeitonas e elevou o preço do azeite. Esse aumento chegou aos consumidores brasileiros, que passaram a pagar mais por um item essencial em muitas casas”;
  1. Pequenos produtores: os mais vulneráveis às mudanças climáticas – “A produção agrícola no Brasil é fortemente dependente dos pequenos produtores, especialmente nas regiões mais afetadas pela estiagem de chuva, como a Caatinga e, especialmente, a Amazônia em 2024. Esses agricultores familiares, muitas vezes, não têm acesso a tecnologias de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, como variedades de plantas resistentes ao clima ou sistemas eficientes de irrigação. Além disso, a falta de recursos financeiros dificulta a adaptação às novas condições climáticas, o que leva muitos produtores a abandonarem suas lavouras ou reduzirem a produção. No caso dos pequenos produtores da Caatinga, a estiagem prolongada compromete a segurança alimentar das famílias rurais e afeta diretamente a economia local, tornando a atividade agrícola cada vez mais instável e desafiadora”;
  1. O que podemos fazer? “A relação entre mudanças climáticas e a alta dos preços dos alimentos é um reflexo de um problema global que exige soluções urgentes. Para mitigar esses impactos, é fundamental que o Brasil invista em políticas públicas que favoreçam a adaptação da agricultura às novas condições climáticas. Isso inclui o incentivo à agroecologia, ao desenvolvimento de culturas mais resistentes ao clima, ao aprimoramento da gestão hídrica e à implementação de práticas agrícolas sustentáveis. Além das ações governamentais, o consumo consciente é importante na construção de um sistema alimentar mais sustentável. Priorizar alimentos produzidos localmente, dar preferência aos aos produtos da agricultura familiar e optar por alimentos da estação são atitudes que reduzem o impacto ambiental e ajudam a fortalecer os pequenos produtores. Escolher alimentos frescos em vez de industrializados também contribui para a saúde e para a economia das comunidades rurais.

FIM

Este diagnostico legal pormenorizado não oficial nem público - apenas pessoal e sem quaisquer influências externas -, mas concorrencial e exclusivo, somente pode ser adquirido, de forma completa (30 páginas), pelo e-mail: [email protected] .

Brasília (DF) e Porto Seguro (BA) em 04 de agosto de 2025

Grato pelas Leituras, Analises e Compartilhamentos.

 “VIVAMELHOR AMBIENTAL A BRAZIL THINK TANK” (a modern and faster socioambientalist/green & susteinable Energies Brazilian “think tank).

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