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SÉRIE: DICAS DE GESTÃO NA PROPRIEDADE RURAL


Rogério de Melo Bastos
Vamos iniciar, neste espaço, uma série de publicações semanais, denominadas DICAS DE GESTÃO NA PROPRIEDADE RURAL.
Temos como objetivo, disponibilizar informações simples e qualificadas para os gestores de empresas rurais, para que possam melhorar e otimizar a gestão financeira das suas propriedades rurais com foco em resultados. Acreditamos que ao utilizar as ferramentas de gestão propostas nesta série de dicas, os empresários/produtores e gestores rurais atingirão um patamar de mais profissionalização do negócio rural.

Dica de hoje: PERSPECTIVA FINANCEIRA_2015.
Há dois momentos mais oportunos para fazer a perspectiva financeira da empresa para um determinado ciclo operacional. As sugestões para a realização deste procedimento é de que se realize em Janeiro de cada ano ou no início do calendário agrícola, levando em conta as principais atividades da empresa, observando sempre o período de 12 meses de prospecção tanto para as entradas como para as saídas de dinheiro. O importante é antever como será o movimento financeiro do período. Haverá sobra financeira ou necessidade de capital de giro?
Faça um levantamento de todas as possíveis entradas de dinheiro que poderão ocorrer no decorrer do período. Tais como:
  • Previsão da produção das culturas de verão e multiplique pelo preço médio estimado da cultura, procure observar o cenário mercadológico (demanda, liquidez, etc) de cada produto;
    Idem para as culturas de inverno que, embora não estejam plantadas, mas que fazem parte da rotina e do plano de rotação de culturas da empresa, cuja produção ainda poderá ser comercializada neste ano;
    Previsão da produção de animais estimados que serão comercializados, ainda neste ano, bem como a estimativa dos descartes de matrizes;
    Previsão de descarte de bens do ativo imobilizado tais como: Máquinas, Implementos, Equipamentos, entre outros que eventualmente estejam no plano de renovação;
    Previsão e estimativa da tomada habitual de recursos de custeio para financiamentos das culturas operacionais da empresa;
    Previsão e estimativa da liberação de recursos para investimentos, já programados;
    Outras receitas não operacionais como receitas financeiras, venda de lenha, prestação de serviços, etc.
Faça o somatório de todos estes valores, preferencialmente listando um a um para a facilitar a sua respectiva identificação.
Faça um levantamento de todas as possíveis saídas de dinheiro que poderão ocorrer no decorrer deste ano. Tais como:
  • Previsão de todos os custos fixos (aqueles que independem da produção) da empresa até o final do período (colaboradores, encargos, alimentação, despesas administrativas (água luz, telefone, combustível, pró-labore, imposto de renda), despesas com manutenção de organização do patrimônio, (maquinas, implementos e benfeitorias);
    Previsão de todos os compromissos já assumidos com fornecedores de insumos para pagamento na safra (verão), bem como das despesas necessárias até a colheita vindoura;
    Previsão orçamentária dos insumos das culturas de inverno e de outras atividades que ainda não foram implantadas, mas que fazem parte da rotina operacional e de rotação de culturas, bem como os desembolsos necessários as culturas de verão da próxima safra;
    Previsão de todas as parcelas de financiamentos de custeio e investimento já contratados;
     Previsão de todos os investimentos necessários, como aquisição de máquinas, implementos e equipamentos, animais: matrizes e reprodutores ou reposição de estoques, etc.
 
Faça o somatório de todos estes valores, preferencialmente listando um a um para a facilitar a sua respectiva identificação.
Ok! Agora compare os valores encontrados no somatório das entradas com os valores das saídas de dinheiro.
Se o saldo for positivo, planeje muito bem o que fazer e como fazer para manter a estabilidade financeira.
Se o saldo for negativo, temos aí uma situação de necessidade de capital de giro para fechar as contas do período. Como proceder? Há pelo menos três alternativas: uma com fonte de recursos externos e outra com fonte de recursos internos e outra mista. Para cada caso há uma alternativa mais adequada. Veja qual alternativa se coaduna melhor com o seu modelo de gestão.
Sucesso e bom trabalho!

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