CI

Cotações do trigo em Chicago subiram levemente

Prof. Dr. Argemiro Luís Brum; Jaciele Moreira



As cotações do trigo em Chicago subiram levemente durante a semana, fechando a quinta-feira (20) em US$ 5,05/bushel, contra US$ 4,95 uma semana antes. O mercado arrefeceu o ímpeto altista vivido no início do mês, porém, se mantém com preços bem aquecidos. No ano passado, nesta época, o bushel de trigo valia US$ 4,13. Ou seja, neste momento o mesmo vale quase um dólar acima do praticado em meados de julho de 2016. 

Durante a semana Chicago operou com as piores cotações das últimas três semanas, porém, se recuperou parcialmente no final da semana em função do clima ruim nas regiões produtoras estadunidenses. Tal realidade climática levou a nova piora nas condições das lavouras locais. 

Ao mesmo tempo, uma demanda mais sustentada e a fraqueza do dólar diante das principais moedas do mundo ajudou na recuperação das cotações. Todavia, é o clima nos EUA o elemento central das preocupações do mercado tritícola mundial no momento. 

Por sua vez, as inspeções de exportação estadunidense somaram 578.627 toneladas na semana encerrada em 13/07, acumulando no ano comercial 2017/18, iniciado em 1º de junho, um total de 3,92 milhões de toneladas, contra 3,1 milhões no mesmo período do ano anterior.

Paralelamente, na Argentina o plantio da nova safra já ultrapassou a 80% da área prevista, apesar de problemas climáticos (excesso de chuvas) em semanas anteriores.

Ainda no Mercosul, a tonelada FOB para exportação oscilou entre US$ 200,00 e US$ 220,00.

E no Brasil os preços do cereal se mantiveram estáveis, com viés de alta. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 32,10/saco, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 38,40 e R$ 39,00/saco. Já no Paraná o balcão oscilou entre R$ 35,00 e R$ 36,00/saco e os lotes em torno de R$ 42,00/saco. Em Santa Catarina o balcão ficou entre R$ 34,00 e R$ 36,00/saco.

O movimento de alta nacional se deve a menor oferta interna e no Mercosul, além da melhoria dos preços internacionais. Todavia, a nova valorização do Real, nesta semana, tende a tornar mais barata a importação novamente, podendo retirar o ímpeto altista dos preços locais que vinha se desenhando. Assim, existem ganhos, porém, os mesmos poderiam ser mais elevados para esta época do ano. Afinal, a paridade de importação ainda está indicando que os preços nacionais poderiam ser mais elevados.

Neste raciocínio começa a se somar, agora, as fortes perdas que provavelmente ocorreram no Paraná devido as grandes geadas desta semana. Em algumas regiões, como o oeste daquele Estado, as geadas foram generalizadas e esta região representa cerca de 50% da produção de trigo paranaense. Há especulações igualmente que algumas regiões do norte daquele Estado igualmente teriam sido atingidas. Resta agora esperar pela avaliação dos reais prejuízos ocorridos.

Por fim, o plantio estaria pronto no Paraná enquanto no Rio Grande do Sul a área estaria em 90% semeada. O grande problema no Estado gaúcho é a falta de chuvas consequentes há mais de um mês, fato que já causa prejuízos nas lavouras, com a produtividade média sendo recalculada para baixo. Por enquanto, dos 52 sacos por hectare esperados, se calcula que a mesma possa ficar em 45 sacos. 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.