Cresce adesão ao consórcio rural, aponta associação do setor
“Essa alta se dá exatamente porque quem compra pelo banco, têm até 60x para pagar"
“Essa alta se dá exatamente porque quem compra pelo banco, têm até 60 meses para pagar" - Foto: Divulgação
A busca por alternativas mais acessíveis para financiar a modernização do campo tem impulsionado o avanço do consórcio rural entre produtores. A modalidade ganhou espaço ao oferecer previsibilidade e custos menores em comparação ao crédito tradicional, atraindo sobretudo pequenos e médios agricultores interessados em ampliar a produção e renovar máquinas.
“Essa alta se dá exatamente porque quem compra pelo banco, têm até 60 meses para pagar. No consórcio, o pagamento pode ser feito em até 180 meses, ou seja, 15 anos para pagar. É por isso que cada vez mais pessoas do campo têm buscado essa modalidade, ainda mais em um momento em que o crédito está caro e difícil de obter”, explica Cléber Gomes, CEO e sócio-fundador da Maestria.
Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios mostram que, em novembro, as cotas para máquinas agrícolas passaram a responder por 51% dos consorciados de veículos pesados, superando caminhões e outros equipamentos. Entre os contemplados, a preferência recai sobre máquinas novas, com destaque para tratores. O levantamento indica ainda forte presença de pessoas físicas e maior adesão de produtores experientes.
As informações apontam que cerca de 90% dos consorciados ativos atuam no campo, com predominância de culturas como soja, milho e arroz. O Centro-Oeste lidera a venda de cotas, seguido por Sudeste e Sul. A procura é maior em estados onde a modernização do parque de máquinas avança com intensidade, conforme análise mencionada por executivo do setor.
“Muitos produtores têm usado o consórcio como uma forma de poupança programada, que, além de proteger o capital, viabiliza a expansão da produção com custos menores. É uma estratégia inteligente de modernização e sustentabilidade financeira no agronegócio”, completa Gomes.