Paridades de exportação do algodão recuam e reduzem competitividade
O algodão mato-grossense enfrenta um cenário de perda de competitividade
 Foto: Gilbert Kuhnert
                                                Foto: Gilbert Kuhnert
                    O algodão mato-grossense enfrenta um cenário de perda de competitividade no mercado internacional. Segundo informações do boletim informativo do Imea, as paridades de exportação têm registrado queda contínua nos últimos meses, resultado direto da desvalorização do dólar e das cotações em baixa da pluma na bolsa de Nova York.
Entre os dias 20 e 24 de outubro, a paridade para julho de 2026 foi cotada a R$ 122,82 por arroba, enquanto a de dezembro de 2025 ficou em R$ 110,05/@. Os valores representam quedas de 10,97% e 11,72%, respectivamente, em relação aos registrados no mesmo período de julho de 2025.
A combinação desses fatores levou à redução nos preços recebidos pelos produtores. A cotação da pluma no indicador Cepea/Esalq foi de ¢ R$ 348,27/lp, recuo de 1,10% na comparação semanal. Já o preço médio estadual da pluma Imea fechou a semana em R$ 106,12/@, mantendo trajetória de queda.
O dólar comercial (Ptax compra) também contribuiu para esse cenário ao registrar queda de 1,34% na mesma semana, fechando em R$ 5,38. A valorização da economia chinesa, o aumento dos preços do petróleo e os juros elevados no Brasil foram apontados como fatores que influenciaram essa desvalorização cambial.
O boletim ainda aponta que a comercialização da safra 2024/25 alcançou 69,97% e a da safra 2025/26 atingiu 31,90% até o final de outubro. Apesar do avanço, a manutenção das paridades em níveis baixos pode impactar o ritmo de venda e a margem de lucro do produtor.
 
                         
                             
				