Alface e quiabo caem de preço, mas maracujá sobe em MS
Clima mais ameno registrado nos últimos dias impulsionou a produção de hortaliças

O clima mais ameno após semanas de frio intenso trouxe reflexos diretos para a produção de hortaliças em Mato Grosso do Sul. Na CEASA/MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), a alface registrou queda expressiva de 12,5% no preço nesta semana, de acordo com dados divulgados pela Divisão de Mercado de Abastecimento (Dimer). A maior disponibilidade do produto está ligada ao aumento da oferta local, já que boa parte da produção de alface é cultivada dentro do próprio estado, reduzindo custos logísticos e fortalecendo os agricultores regionais.
Outro item que apresentou recuo foi o quiabo, hortaliça tipicamente sul-mato-grossense, cujo preço caiu 10% na comparação com a semana anterior. A melhora no clima também favoreceu esse cultivo, que possui forte tradição entre produtores locais e tem grande saída tanto no atacado quanto no varejo.
Enquanto alguns alimentos ficaram mais baratos para o consumidor, outros registraram movimento contrário. O maracujá azedo apresentou alta de 12,5% no período analisado. O principal motivo é a entressafra, quando a oferta naturalmente diminui e o preço tende a subir. A fruta, muito procurada tanto para consumo in natura quanto para a indústria de sucos e polpas, deve permanecer com preços elevados até a retomada da colheita em maior escala.
A variação nos preços reflete a importância do acompanhamento constante do mercado, já que as condições climáticas, o calendário agrícola e os períodos de safra e entressafra influenciam diretamente no bolso do consumidor. Para quem compra no varejo, os produtos cultivados localmente, como a alface e o quiabo, têm se mostrado alternativas mais acessíveis, reforçando o papel da agricultura sul-mato-grossense no abastecimento das famílias.
De acordo com a CEASA/MS, que divulga semanalmente o boletim com os principais indicadores do setor, os movimentos de queda e alta nos preços ajudam a orientar produtores, comerciantes e consumidores, trazendo transparência ao mercado de frutas, legumes e verduras. O levantamento mais recente, referente ao período de 8 a 13 de setembro, mostra que a tendência de preços mais baixos para hortaliças cultivadas em Mato Grosso do Sul deve se manter, caso as condições climáticas continuem favoráveis.
Além de facilitar o planejamento de compras, a análise também serve como termômetro para o setor produtivo, permitindo que agricultores se preparem melhor para atender à demanda. A expectativa é que, com o aumento da oferta, mais produtos cultivados no estado possam chegar ao consumidor final com preços competitivos, garantindo renda para o produtor e alimentos mais acessíveis para a população.