Soja recua em Chicago com exportações mais fracas
A pressão sobre os preços esteve ligada à realidade dos números de exportação
A pressão sobre os preços esteve ligada à realidade dos números de exportação - Foto: Nadia Borges
A soja encerrou o pregão em baixa na Bolsa de Chicago, refletindo dados mais fracos de exportação dos Estados Unidos e informações recentes sobre a moagem do grão na Argentina. Segundo a TF Agroeconômica, o mercado devolveu parte dos ganhos observados na véspera do Natal, embora o desempenho semanal ainda tenha sido positivo.
No fechamento do dia, o contrato janeiro recuou 0,38%, cotado a US$ 10,58,75 por bushel, enquanto o vencimento março caiu 0,30%, para US$ 10,72,50 por bushel. O farelo de soja para janeiro registrou baixa de 0,33%, a US$ 303,7 por tonelada curta, e o óleo de soja cedeu 0,65%, encerrando a US$ 48,72 por libra-peso. Apesar do movimento negativo diário, as cotações interromperam uma sequência de três semanas consecutivas de queda.
A pressão sobre os preços esteve ligada à realidade dos números de exportação norte-americanos e à ausência de novos reportes oficiais de compras de soja pela China. Até 11 de dezembro, as exportações acumuladas de soja dos Estados Unidos apresentavam retração de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior. Antes da divulgação do relatório WASDE de janeiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estimava exportações totais de 25,778 milhões de toneladas, volume que representa 58% da projeção oficial, abaixo da média histórica de 79% para o período.
Na Argentina, dados da Secretaria Nacional de Agricultura indicaram que o esmagamento de soja em novembro somou 3,49 milhões de toneladas, queda de 13,61% frente a outubro, embora tenha ficado 1,64% acima do registrado no mesmo mês de 2014. Os estoques de soja mantidos pela indústria em 1º de dezembro totalizaram 2,14 milhões de toneladas, recuo de 23,48% em relação ao início de novembro. Com esse cenário, a soja em Chicago acumulou alta semanal de 0,62%, com ganho de 6,4 cents por bushel. No mesmo período, o farelo avançou 1,78%, enquanto o óleo de soja registrou valorização de 1,27%.