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“A mulher rural que promove a transformação”, diz ministra

Ministra defendeu o papel das mulheres como promotoras da agricultura e sustentabilidade


Foto: Arquivo

Em uma cerimônia no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (29),  foi lançada a 5ª edição da campanha #Mulheres Rurais, mulheres com direitos. O evento contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, da ministra da Agricultura, Tereza Cristina e outras autoridades. O objetivo é reconhecer o trabalho e dar visibilidade às mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes.

Segundo a FAO, atualmente 60 milhões de mulheres vivem em zonais rurais da América Latina e do Caribe e parte delas têm papel central na produção e abastecimento de alimentos. No Brasil o número de mulheres a frente de estabelecimentos rurais ainda é pequeno, cerca de 19% do total. São pouco mais de 1 milhão, das 5,07 milhões de propriedades existentes. São só 30 milhões de hectares administrados por mulheres, cerca de 8,5%. A maioria está na região Nordeste (57%), seguida pelo Sudeste (14%), Norte (12%), Sul (11%) e Centro-Oeste, que concentra apenas 6% do universo de mulheres dirigentes. Mulheres têm menos acesso a crédito, à tecnologia, à mecanização, à assistência técnica, a recursos produtivos e ao cooperativismo. O que isso representa é potencial econômico perdido”, ressaltou a ministra.

Entre as ações previstas pela campanha estão a identificação e difusão de experiências e conhecimentos sobre o poder transformador das mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes, e a realização de concurso, seminários e oficinas que levem até as mulheres do campo o conhecimento de direitos e políticas públicas ao seu alcance. 

Tereza Cristina destacou que passou da hora das mulheres terem seus direitos reconhecidos, principalmente as do campo que são mais vulneráveis. “Aquelas que trabalham desde quando o sol nasce, cuidam dos filhos e família, trabalham na roça, no gado. Precisamos fortalecer as mulheres do campo na transformação da nossa sociedade, valorizar a contribuição delas para o desenvolvimento sustentável. A campanha deste ano quer destacar elas como guardiãs e promotoras do desenvolvimento”, enfatizou.

A ministra fez questão de lembrar que o agronegócio será o setor que vai puxar a economia brasileira na retomada pós-Covid e que a mulher rural vai atuar nessa transformação da atividade, cada vez para patamares maiores. “Queremos mais mulheres se beneficiando da pujança do agro brasileiro”, disse.

A campanha é uma iniciativa conjunta, de âmbito internacional e intersetorial, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), com a colaboração de diversas instituições e entidades governamentais, além de organizações da sociedade civil e entidades privadas de toda a América Latina.
 

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