“Algodão brasileiro terá novas tecnologias”
Entrevista com Warley Palota, gerente sênior de Algodão da Basf

Entrevistamos Warley Palota, gerente sênior de Algodão da Basf, sobre os resultados das novas tecnologias que a empresa apresentou na última safra para o mercado de fibra no Brasil. A seguir, o executivo revela as novidades que a Basf prepara para a próxima temporada. Confira a entrevista (originalmente publicada no portal chinês Agropages):
Que soluções em biotecnologias a Basf está trazendo para algodão no Brasil?
Warley Palota – Nós estamos apresentando a variedade FiberMax 985GLTP, que é o nosso último lançamento. Trouxemos esse produto no ano passado e agora estamos colhendo os resultados dessa variedade nessa safra que foi finalizada nos últimos meses. É uma variedade que tem agradado muito os produtores pelos resultados que ela tem apresentado, seja em produtividade ou qualidade de fibra e até quanto à performance da tecnologia.
Essa tecnologia GLTP é a mais inovadora que há no mercado global atualmente, já que consiste em três produtos para controles de lagartas e oferece dupla proteção, tanto para os herbicidas Liberty (Glufosinato de amônio) e Glifosato, o que facilita o manejo de plantas daninhas.
E que diferenciais possui em comparação com outras tecnologias, além da composição?
Warley Palota – A FiberMax 985GLTP trouxe maior produtividade. Já era sabido que ela tinha um potencial superior às demais, mas os resultados do campo comprovam que realmente o incremento de produtividade foi além do esperado, que chega até 12% de produtividade acima do seu competidor, por exemplo.
Outro destaque é a tecnologia GLTP que, por ser uma tecnologia inovadora, ela controla as pragas, as lagartas do algodoeiro e confere 100% de proteção para a planta e, com isso, ela pode expressar todo o seu potencial do futuro.
E para o futuro, o que a empresa está projetando?
Warley Palota – Do lado da genética, continuamos desenvolvendo novas variedades e poderemos trazer em breve novas opções, sempre com foco em produtividade e qualidade. Então teremos variedades de ciclo médio, de ciclo precoce, que é uma característica que ajuda muito o produtor a tomar decisão e planejar o seu ciclo produtivo dentro da lavoura.
De tecnologia temos o TLP, que é o TwinLink Plus, que é uma tecnologia que também tem a tripla tolerância a lagartas, o triplo Bt (Bacillus thuringiensis) e a tolerância ao Liberty, não tem em sua composição o Glifosato. Acreditamos que ela será mais uma ferramenta para o produtor manejar, não só a planta daninha, mas o que a gente chama de soqueira e plantas voluntárias. É uma tecnologia muito esperada para o mercado brasileiro, inclusive foi uma demanda dos produtores locais, que nos solicitaram isso a um tempo, o Brasil será o único país a comercializar essa tecnologia.