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“Bioeconomia tornará país referência”, diz Celso Moretti

Presidente da Embrapa defendeu pesquisa e inovação como o futuro do agronegócio


Foto: Arquivo

A frente do comando de 43 Centros de Pesquisa e 7 Unidades Administrativas da Embrapa, distribuídos em todas as regiões do Brasil e também em outros países, Celso Moretti, defendeu a inovação e o investimento em tecnologia para manter o Brasil na liderança do agronegócio. Para ele destinar 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional à pesquisa e ao desenvolvimento é insuficiente, uma vez que o país tem muita base de conhecimento mas precisa de incentivos maiores para viabilizar inovação.

“Em função desse panorama, que exige mais empenho e alterações de direcionamento da produção científica, a Embrapa, a partir de fevereiro de 2018, reformulou o seu modelo de pesquisa, passando do produtivista para o de inovação”, disse.

A Embrapa busca se enquadrar em padrões internacionais de pesquisa e assinou, na semana passada, um acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para atrair investimentos estratégicos. 

Todos os anos são diversas tecnologias em cultivares, melhoramento de manejos no campo para impulsionar a agricultura, pesquisas na área de eficiência pecuária e aporte em sistemas orgânicos e biológicos. “Eu ainda me surpreendo com a quantidade de soluções geradas”, destaca Moretti.

A prioridade atual de trabalho passa por desafios como impulsionar a agricultura digital, sistemas integrados de produção como o integração lavoura pecuária floresta (ILPF), edição genômica e bioeconomia. A Embrapa está a cargo de desenvolver estudos e novos produtos biológicos, aliados ao Plano Nacional de Bioinsumos. “A economia de base biológica representa uma oportunidade importante para que o Brasil se torne referência mundial em bioeconomia”, aposta.

Moretti ainda enfatiza a importância das pesquisas e novas soluções cheguem de fato às propriedades rurais e aos pequenos produtores, com auxílio de assistência técnica e extensão rural. Para ele, o país deve continuar investindo em instituições que trabalham com pesquisa, desenvolvimento e inovação. “No ano passado, para cada real que a sociedade colocou na Embrapa, foram devolvidos 12,19 reais”.
 

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