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"Goiás tem potencial enorme de irrigação", diz secretário da Agricultura

Antônio Flávio Camilo de Lima profere palestra a mais de 300 secretários e prefeitos


Conhecer a realidade dos municípios é a melhor forma de implementar ações que possibilitem aumentar a produção. Um exemplo é a irrigação, que em Goiás tem um potencial enorme. Afirmou na terça-feira (14) o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás (Seagro), Antônio Flávio Camilo de Lima, que profere palestra a mais de 300 secretários e prefeitos, presentes ao 2º Encontro de Secretários Municipais de Agricultura, realizado até esta quarta (15), na sede da Secretaria da Agricultura, em Goiânia (região Leste, Setor Universitário).


"Quem produzir mais, com menos impactos ambientais, terá a preferência do consumidor. O Brasil não tem problema com água, mas há disputa por água na produção de alimentos no mundo", afirmou, ao destacar o índice da população do planeta que ainda passa fome. Em 2050, referendou, serão 1,3 bilhões de pessoas em carência alimentar. "Então, esse é um drama e eu não tenho dúvida. Podemos deixar de consumir muita coisa, mas não vamos deixar de comer bem. Um dos problemas que vamos enfrentar no mundo é um conflito por alimento. Para produzir, vamos precisar de energia e de água", disse Lima. Ele também enfatizou que as pessoas vivem hoje em melhores condições. Essa será uma questão a ser decidida no futuro. O lixo e a pobreza, comentou, também estão diretamente associados à fome.
 
O Brasil, conforme Lima, terá de aumentar em 70% a produção de carnes (bovina, suína e de peixes), para alimentar a população do mundo. As populações que viviam isoladas, no mundo globalizado passaram a comer o que não conheciam ou não tinham acesso. "Isso é diversidade e um desafio à produção e aos produtores. Estamos muito bem, por que temos o mercado consumidor. Ainda temos oportunidades", relatou Lima. 

PRODUTIVIDADE - Educação e qualificação de agricultores e trabalhadores garantem a competitividade, um dos desafios a ser enfrentados pelo Brasil. O trabalho de construção, sobretudo de estradas, é um desafio para o setor agropecuário. "Estamos perdendo competitividade e nossas empresas estão perdendo muito, sobretudo com a desindustrialização", disse o secretário. Até 2050, o potencial de área do País pode ser ampliado em até 250 milhões de hectares, sobretudo se lançar mão da tecnologia. A irrigação, segundo ele, pode ajudar em muito no aumento de área cultivada e também de produtividade. 

Durante o encontro de secretários serão apresentados aos prefeitos e secretários que tomaram posse em janeiro de 2013 as ações e os programas desenvolvidos pela Secretaria e suas vinculadas, a Centrais de Abastecimento (Ceasa) e as agências goianas de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).


“Muitas vezes, as prefeituras têm uma demanda real, principalmente no que se refere à agricultura, mas falta estrutura”, enfatizou. O secretário explicou que o objetivo do encontro é levar as políticas públicas da agropecuária aos municípios, fazer com que tenham efetividade e promovam o desenvolvimento econômico, principalmente do pequeno agricultor.

Durante o evento será feito um curso de capacitação para apresentar aos secretários todas as possibilidades e tipos de recursos (público ou privado) disponíveis. O secretário diz que  as prefeituras se comportam de forma positiva, administrando a demanda e participando dos projetos estaduais. “Estamos em quase todos os municípios goianos. O somatório de forças tem sido interessante e importante”. Dentre os principais programas desenvolvidos pela Seagro destacam-se o Lavoura Comunitária, Horta Comunitária, Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), psicultura, cadastro de irrigantes dentre outros.

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