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"OGMs não são um problema", diz especialista em segurança

“O consumidor europeu, apesar de ser o mais protegido do mundo, é muito avesso ao risco"


A cientista-chefe da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), Marta Hugas, afirmou recentemente que os organismos geneticamente modificados (OGMs) não devem ser tratados como um problema. Segundo ela, que é responsável por avaliar cada componente que quer entrar no mercado europeu para garantir que seja seguro, em questões alimentares, a sensibilidade está na superfície. 

“O consumidor europeu, apesar de ser o mais protegido do mundo, é muito avesso ao risco. Mas quando você toma um remédio, você quer curar e as contraindicações não são tão importantes. Você quer o benefício que eles trazem para você. É o negócio da doença. Estamos no negócio da saúde, e isso é muito emocional”, comenta. 

De acordo com a cientista, a EFSA está recebendo muitas críticas por ter “copiado” os relatórios de validação do glifosato, o herbicida mais utilizado na Europa. "Copiamos, mas não cegamente", defende Hugas, explicando os métodos de funcionamento da agência, que são os habituais, mas que desta vez fizeram valer um pedido do Parlamento Europeu exigindo mudanças. Hugas conta como houve também "cópia e cola" na proibição de três inseticidas neonicotinóides que colocavam em risco as abelhas e "todos nos aplaudiram, ninguém questionou nada". 

"A tecnologia da modificação genética foi demonizada porque o primeiro produto que entrou no mercado, que todos reconhecem, deu benefícios às empresas, mas não à saúde pública. A tecnologia então tem sido demonizada quando ela consegue fornecer coisas muito boas e é a mesma tecnologia, por exemplo. Nenhum estudo mostra que eles prejudicam a saúde”, conclui. 

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