“Planta milagre” impressiona agrônomos africanos
A palma é uma planta típica do semi-árido, rica em ferro, vitamina A e proteínas
Quixeramobim-CE – Os técnicos de 12 países africanos, que visitam o Ceará para conhecer a metodologia do Senar, ficaram impressionados com a palma, planta típica do semi-árido, rica em ferro, vitamina A e proteínas, que previne o diabetes, regula o intestino e pode ser usada como antinflamatório. “Podemos chamar de ‘planta milagre’ para as regiões semiáridas do mundo inteiro. Percebo que a tecnologia passa por uma melhoria técnica, espero que o Senar possa colocar este conhecimento à disposição. Além disso, se a palma realmente conseguir reduzir os custos de produção, mostra-se como uma alternativa bastante interessante,” avalia o agrônomo e fitotécnico vegetal da República Democrática do Congo, Vital Kabengele. Ele e os outros 19 agrônomos e técnicos agrícolas da missão africana, acompanharam o curso de Palma Forrageira, na Fazenda Boa Sorte, município de Quixeramobim.
O curso do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural dissemina conhecimentos sobre produção e a as diversas aplicações da palma adensada, que pode substituir o milho, por ser rica em energia, na alimentação animal e até humana. “A palma é uma boa alternativa para as regiões áridas, carentes em alimentação animal nos períodos de estiagem. Possui 90% de água em sua composição e 10% de matéria seca,” explica o instrutor do Senar-AR/CE, agrônomo Jorge Prado.
“Atualmente, no Ceará estamos plantando em um hectare, 55 mil raquetes de palma forrageira, resultando em um retorno de 400 toneladas de massa verde e 40 toneladas de matéria seca. Com 1,3kg de palma, substituímos 1kg de milho”, acrescenta Jorge Prado, referindo-se a redução dos custos de produção.
O gerente de outra fazenda de Quixeramobim, a Santa Mônica, Narcísio Dieb, diz que como produtor de leite, precisa conhecer tudo sobre a alimentação animal alternativa. “Vamos plantar um hectare para testar, assim a gente elimina o milho”.
Mauro Ricarte, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais do município, afirma que a transferência de conhecimentos desenvolvida no Ceará, contribui para o fortalecimento da pecuária regional. Atualmente, Quixeramobim é a maior bacia leiteira do Estado, produz cerca de 135 mil litros de leite por dia. “Além disso, estamos fazendo a difusão de informações para que a missão africana possa melhor conviver com o semiárido”.
Jorge Prado ressalta que ao optar por este processo pedagógico, do ensinar a fazer fazendo, o aprender a fazer fazendo, o Senar contribui para a construção de novos conhecimentos. “É o melhor processo para maximizar o aprendizado”, completa o coordenador técnico do Senar Ceará, Paulo Remígio Neto.
“Atualmente, no Ceará estamos plantando em um hectare, 55 mil raquetes de palma forrageira, resultando em um retorno de 400 toneladas de massa verde e 40 toneladas de matéria seca. Com 1,3kg de palma, substituímos 1kg de milho”, acrescenta Jorge Prado, referindo-se a redução dos custos de produção.
O gerente de outra fazenda de Quixeramobim, a Santa Mônica, Narcísio Dieb, diz que como produtor de leite, precisa conhecer tudo sobre a alimentação animal alternativa. “Vamos plantar um hectare para testar, assim a gente elimina o milho”.
Mauro Ricarte, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais do município, afirma que a transferência de conhecimentos desenvolvida no Ceará, contribui para o fortalecimento da pecuária regional. Atualmente, Quixeramobim é a maior bacia leiteira do Estado, produz cerca de 135 mil litros de leite por dia. “Além disso, estamos fazendo a difusão de informações para que a missão africana possa melhor conviver com o semiárido”.
Jorge Prado ressalta que ao optar por este processo pedagógico, do ensinar a fazer fazendo, o aprender a fazer fazendo, o Senar contribui para a construção de novos conhecimentos. “É o melhor processo para maximizar o aprendizado”, completa o coordenador técnico do Senar Ceará, Paulo Remígio Neto.
Alimentação Alternativa: pratos verdes
A palma é uma planta muito versátil. Em países como o México, é utilizada para a fabricação de cosméticos. Logo após o curso sobre plantio, o Senar ensinou aos participantes e visitantes como utilizar a palma na alimentação humana, respeitando a higiene com o alimento, e a criação de pratos a base de palma. A comitiva saboreou sucos, salgadinhos, pães e bolos. “Além disso, é possível fazer licores, saladas, polpas congeladas, picles e acompanhar sopas, feijão e arroz” orienta a instrutora Iraci Amorim.
David Myagaa, do Quênia, achou o suco muito doce. Para Eric Chipwaya, da Zâmbia, faltou açúcar. Memory Maraidza, do Zimbabuê, disse que já imaginava um intercâmbio entre os instrutores do Senar e do seu país, para disseminar este trabalho que pode ser feito para melhorar qualidade da alimentação humana a partir de plantas que normalmente não são usadas.
A missão faz parte de um acordo internacional de cooperação entre o Brasil e a África, através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores, em parceria com o Senar Nacional. Ontem, 16, ainda em Quixeramobim, a comitiva técnica dos países africanos acompanhou os cursos de Qualidade do Leite e de Produtos Derivados do Leite e no fim do dia visitam o Projeto Pingo D’água, promovido pela Secretaria de Agricultura de Quixeramobim. Amanhã, os técnicos africanos vão conhecer o curso de ovinocaprinocultura, mais uma atividade adaptável ao semiárido.
Receita – Suco de Palma
500 gramas de polpa de palma
150 ml de xarope de guaraná
500 ml de água
Gelo à vontade
Leve tudo ao liquidificador e bata por cerca de dois minutos. Dica: para deixar ainda mais saboroso e refrescante, você pode acrescentar hortelã, goiaba, ou abacaxi. “De qualquer modo é muito saboroso,” afirma a coordenadora da Promoção Social do Senar-AR/CE, Anna Kelly Cláudio.
Assessoria de Comunicação do Sistema FAEC / SENAR (http://www.faec.org.br/)