"Rota da Seda" fornece recursos genômicos para maçã

A lendária Rota da Seda, aquele trecho de 4.000 milhas entre a China e a Europa Ocidental, onde o comércio floresceu a partir do século 2 a.C. Até o século 14 DC, era responsável por uma de nossas frutas favoritas e mais valiosas: a maçã domesticada. Os pesquisadores agora reuniram genomas e pangenomas de referência completos para a maçã e seus dois principais progenitores selvagens, fornecendo informações genéticas detalhadas sobre a domesticação da maçã e características importantes da fruta que podem ajudar os criadores de plantas a melhorar o sabor e a textura e a resistência da cultura ao estresse e às doenças. 

As hibridizações com espécies selvagens tornaram o genoma da maçã muito complexo e difícil de estudar. Uma equipe global de pesquisadores multidisciplinares, co-liderada por Zhangjun Fei, um membro do corpo docente do Boyce Thompson Institute (BTI), e Gan-Yuan Zhong, um cientista do USDA Agricultural Research Service (ARS) em Genebra, Nova York, abordou a solução deste problema aplicando tecnologias de sequenciamento de última geração e algoritmos de bioinformática para montar conjuntos completos de ambos os cromossomos para a maçã domesticada moderna e seus dois principais ancestrais selvagens. 

Os pesquisadores descobriram que a história de domesticação única da maçã levou a fontes de genes inexplorados que poderiam ser usados para melhorar as safras, como melhorar o tamanho, sabor, doçura e textura. "Os criadores poderiam usar essas informações detalhadas para melhorar as características que mais importam para os consumidores, que hoje são principalmente o sabor", diz Fei, também professor associado adjunto da School of Comprehensive Plant Science (SIPS) do Cornell University.