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“Vai plantar pra ver como é bom”, diz Bolsonaro

Presidente respondeu às notícias de que soja e carne brasileiras vem de desmatamento


Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira, por meio de seus canais oficiais na internet, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou a respeito das notícias que circularam ligando parte da produção de soja e carne do Cerrado ao desmatamento. Bolsonaro defendeu a atividade e ressaltou que grande parte do país preserva e os agricultores merecem respeito por levarem o Brasil a um alto patamar no agronegócio. “O Brasil é uma potência do agronegócio e preserva. Países que não preservam, como muitos da Europa, buscam nos bombardear para se favorecer na guerra comercial. Temos casos isolados e vamos combater”, disse.

Bolsonaro ressaltou que o Brasil tem um agronegócio sério, que bateu recorde de exportações, superando os US$ 42 bilhões de janeiro a maio e recorde de embarques no Porto de Santos pelo quinto mês consecutivo, com 12,3 milhões de toneladas.

“Vai plantar pra ver como é bom pra tosse. É muito fácil criticar estando no ar condicionado. O produtor trabalha sério de domingo a domingo e ainda, às vezes perde a produção e o seguro não cobre. São esses homens do campo que estão segurando nossa economia nessa crise”, defendeu. O presidente ainda elogiou o trabalho da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina.“Essa senhora faz um trabalho excepcional, abrindo mercados lá fora. Alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas. Qual país faz isso?”, finalizou.

Entenda o caso

Um artigo publicado na revista Science com o título “As maçãs podres do agronegócio brasileiro”, assinado pelo pesquisador brasileiro Raoni Rajão, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e outros 12 pesquisadores de Brasil, Alemanha e Estados Unidos, destaca que até 22% da soja e pelo menos 17% da carne bovina produzidas na Amazônia e no Cerrado e exportadas para a União Europeia podem ter rastros de desmatamento ilegal. 

O artigo deixa claro que a maior parte da produção agrícola brasileira é livre de desmatamento, e que apenas 2% das propriedades na Amazônia e no Cerrado são responsáveis por 62% de todo o desmatamento potencialmente ilegal. 

Em nota o Ministério da Agricultura elogiou a pesquisa, e disse que ela mostra que mais de 90% dos produtores rurais não estiveram envolvidos com qualquer tipo de desmatamento ilegal. 

O artigo pode ser visto na íntegra neste link
 

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