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26ª Expointer é lançada oficialmente pelo governador do Rio Grande do Sul


A 26ª Expointer foi lançada oficialmente nesta terça-feira (15-07) pelo governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. Ele destacou a importância do evento para a economia do Estado e que o governo estadual pretende investir R$ 950 mil em reformas no parque Assis Brasil, em Esteio, local da exposição. Segundo o governador, o número de animais inscritos este ano já atingiu 6.188, acima dos 4.495 inscritos no ano passado.

O Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) anunciou ontem, durante o lançamento da Expointer, investimentos na ordem de R$ 50 milhões. A expectativa de público é que supere a marca do ano anterior, que foi de 600 mil pessoas. A Expointer, que terá uma área total acima de 100 hectares, ocorre de 30 de agosto a 07 de setembro.

A Federação Brasileira dos Criadores (Febrac) defendeu um turno a mais para as próximas edições. Segundo o vice-presidente da Febrac, André Berta, desta forma poderia ocorrer maior número de negócios. Deverão participar expositores do Canadá, Peru, Uruguai, Chile, Áustria, Equador, Alemanha, Inglaterra, Bolívia, Panamá e da Itália. Ainda dependem de confirmação a Argentina, Paraguai, Holanda e França.

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, participou do lançamento em Brasília, via satélite, e estimou um crescimento de 30% no faturamento desta edição em relação à anterior, quando as vendas totalizaram R$ 3 milhões. Este índice é superior à previsão do governo gaúcho, que prevê uma alta de 10% nos negócios. Rodrigues destacou que atualmente o Brasil ocupa uma área de 57 milhões de hectares cultivados, e existe ainda uma área de 90 milhões de ha disponíveis sem precisar desmatar a Floresta Amazônica.

Também ressaltou que pretende resolver o impasse sobre os transgênicos até o final de setembro para que “o produtor possa tomar uma decisão clara sobre o que vai plantar”. Ele ressaltou que nos próximos dias o projeto de lei que trata sobre o plantio de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) deve chegar ao Congresso Nacional para ser votado em regime de urgência.

Para o presidente da corretora Brasoja, Antônio Sartori, mesmo esse projeto sendo aprovado pelo congresso, o impasse deverá permanecer. “Caso o produtor tenha condições de plantar transgênico, o governo deve definir que somente sementes brasileiras poderão ser cultivadas, mas a Embrapa não possui a quantidade suficiente para que a safra seguinte repita o desempenho de 2002/03. Se a reprodução começasse agora, somente daqui há dois anos poderá haver sementes transgênicas suficientes”, enfatizou.

Conforme Sartori, a Embrapa vem desenvolvendo experimentos em pequenas quantidades, e para que o Rio Grande do Sul atingisse a área do ano passado, que foi de 3,550 milhões de ha, seria preciso 270 mil toneladas de sementes certificadas pelo governo. Sartori esclareceu também que o governo não vai permitir a importação de sementes alteradas dos Estados Unidos e da Argentina, maiores plantadores mundiais de OGMs.

O secretário da Agricultura do RS, Odacir Klein, defende um período de transição de dois anos para que o produtor possa se adequar à semente convencional. “Defendemos que o produtor tenha condições de decidir o que plantar, por isso terá que haver um projeto de lei defendendo a transição para que não haja prejuízo ao plantio ou que o poder executivo edite uma Medida Provisória (MP) nesse sentido”, ressaltou.

Máquinas e implementos agrícolas

O setor de máquinas e implementos agrícolas terá espaço ampliado para expor seus produtos. A área reservada para esta edição é de sete hectares, e segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers), Claudio Bier, os investimentos do setor junto ao governo estadual somam R$ 1 milhão. Bier defendeu que é preciso ser ampliado para três dias o tempo reservado para comercialização de máquinas, contra dois dias da edição passada.

Um dos motivos é que o setor representa uma fatia significativa da arrecadação do Estado e a produção representa 58% de todas as máquinas fabricadas no país. Com a nova área destinada, o presidente afirmou que serão 110 expositores para a edição de 2003, contra 48 do ano passado. Para esse ano, o Simers está prevendo uma comercialização de R$ 200 milhões, superior aos R$ 12 5 milhões de 2002.

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