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3ª geração de milho já representa 63% da safrinha

Produtor tem apostado em tecnologia para controle de lagartas, mas com tolerância a herbicidas


Foto: Nadia Borges

As sementes de milho com biotecnologia de terceira geração ocuparam 63% dos cultivos da segunda safra brasileira no ano passado, revelou a Spark Inteligência estratégica em reportagem publicada no portal especializado AgroPages. A chamada “safrinha” teve área de 9,1 milhões de hectares em 2021 plantada com essa última tecnologia, o que representou um aumento de 214% em comparação com o ciclo 2019, quando foram plantados 2,9 milhões de hectares. 

De acordo com Raquel Ribeiro, analista de mercado da Spark, “o produtor tem apostado em híbridos modernos para controle de lagartas. Essas tecnologias também apresentam tolerância a herbicidas e constituem hoje ferramentas estratégicas ao manejo de lavouras”.

As sementes de milho com biotecnologias de segunda geração chegaram a 30% da área plantada, o correspondente a 4,4 milhões de hectares. Por outro lado, as sementes com biotecnologia de primeira geração correspondeu a apenas 1%, apenas 93 mil hectares. Em 7% das áreas ou 973 mil hectares não houve emprego dessas tecnologias.

Ainda de acordo com a Raquel Ribeiro, a pesquisa da Spark revela que o desempenho dessas sementes “decorre da tendência de o produtor de milho priorizar os pilares genética de qualidade, biotecnologia de ponta e sementes tratadas com inseticidas e fungicidas, em busca de mais produtividade e rentabilidade”.

“Devido ao avanço acelerado das biotecnologias, o Business Intelligence Panel (BIP) constatou ter havido uma queda representativa nas aplicações de defensivos agrícolas para controle de lagartas na safrinha”, afirma ela. 

Conforme compara a especialista da Spark, 57% das áreas cultivadas tiveram ao menos uma aplicação de lagarticidas no ano de 2021. Para se ter uma ideia, esse índice era de mais de 70% a dois anos atrás.

O atual estudo BIP aponta aumento de 30% nas vendas de sementes em geral. A comercialização atingiu R$ 7,9 bilhões, contra R$ 6 bilhões de 2020. A Spark apurou também que o grão ocupou 14,5 milhões de hectares nas regiões cobertas pelo estudo, uma elevação de 11% frente ao período anterior (13,1 milhões de hectares).

O BIP Spark Milho 2020-21, que abrange o milho na safrinha, resultou de mais de 3 mil entrevistas junto a agricultores das principais regiões produtoras. O estudo mostra ainda que as maiores áreas plantadas na safrinha foram constatadas nos estados brasileiros de Mato Grosso, com 41% do total, Paraná (17%), do Goiás e do Mato Grosso do Sul, os dois últimos com 15% cada.

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