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5 fatores que afetam diretamente a cobertura em uma aplicação

A cobertura é um dos principais fatores relacionados ao sucesso das aplicações


A cobertura é um dos principais fatores relacionados ao sucesso das aplicações

O uso intensivo das áreas de produção, a busca incessante do aumento da produtividade, e o aumento no número de aplicações têm contribuído para o aparecimento de problemas de difícil controle como ferrugem asiática, mofo branco e recentemente o ataque intenso de lagartas do gênero helicoverpa.

Todos esses problemas têm como principal característica o difícil controle devido ao local em que se localizam, baixeiros, face inferior das folhas e pontos de difícil acesso, fazem com que o acerto do alvo biológico se torne muito complicado. A seguir, apresentaremos quais técnicas podem ser utilizadas para melhoraria dessa atividade.

A cobertura, geralmente expressa pela quantidade de gotas por centímetro quadrado, é um dos principais fatores relacionados ao sucesso das aplicações. É ela que indica a forma com que o produto foi distribuído na área, de forma homogênea ou concentrada em apenas um único local. 

Para cada tipo de agroquímico, deve-se respeitar a quantidade mínima dessas gotas para que o produto cumpra sua função de forma eficiente. Veja figura abaixo:

Mas alguns fatores afetam diretamente a cobertura em uma aplicação. Saiba quais são ele e como usar as tecnologias de aplicação ao seu favor.

1) O diâmetro da gota: por convenção, adotando-se um volume padrão qualquer (por exemplo: 100 l/ha), quanto maior for o diâmetro da gota, menor será sua cobertura. Assim, todo fabricante de bico deve informar nos seus folhetos a classe da gota produzida pelo bico. Devemos lembrar também que se considerarmos de modelos diferentes, mas de mesma vazão, teremos diferentes classes de gotas como mostra a tabela a seguir:

2) A quantidade de produto depositada no alvo: ao pulverizar, não conseguimos depositar 100% do produto no alvo, já que muitas vezes parte desse produto se perde por causa da deriva, evaporação ou, simplesmente, por deparar-se com uma superfície indesejável. O resultado de tudo isso é a redução da quantidade de produto no alvo.

Uma dica importante nesse caso é utilizar papel hidrossensível para avaliar a cobertura e as perdas de produtos para locais indesejáveis.

3) A superfície considerada na aplicação (quantidade de alvo a ser coberto): existem, naturalmente, diferenças significativas nos alvos a serem cobertos, principalmente quando avaliamos o estágio de desenvolvimento e o formato das folhas das culturas. Entender a quantidade de alvo a ser coberto na planta ou no solo deve ser parte da calibração.

4) O volume de pulverização utilizado (l/ha): o volume de pulverização em conjunto com o diâmetro da gota interfere diretamente na área coberta pela pulverização. Quando alteramos o volume de pulverização, valendo-se do mesmo tamanho da gota, a cobertura é afetada. Essa prática, porém, precisa ser avaliada, pois está diretamente relacionada ao escorrimento do líquido no alvo. Entender a capacidade de retenção de líquido de cada tipo de superfície foliar (quantidade de cera e pelos) reduz significativamente as perdas por escorrimento.

5) Coeficiente de espalhamento: essa variável se dá pela capacidade que a gota tem de cobrir uma determinada área após seu impacto. Na maioria dos casos, melhoramos esse coeficiente com a adição de produtos que têm a capacidade de romper a tensão superficial do líquido e fazer com que a gota se espalhe melhor.

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