CI

A Conab subestima a necessidade de importação de trigo?

A qualidade do trigo propõe novas interpretações


Foto: Canva

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou um novo relatório sobre as perspectivas para o trigo, mas acabou sendo questionada pela TF Agroeconômica na questão da necessidade de importação. A entidade afirma que a quebra de qualidade foi muito grande.

“Segundo o relatório da TF sobre a produção gaúcha apenas cerca de 15% (434,56 mil tons, pelos dados de hoje) seriam de trigo tipo 1; cerca de 25% ou 724,27 mil tons seriam de trigo tipo 2 e 60%, ou 1.738,26, seriam de trigo tipo 3 ou feed. Em Santa Catarina, com o estado reduzindo a produção para 314,9 mil tons a proporções seriam parecidas: 15% seriam de trigo tipo 1, ou 47,23 mil toneladas; 25% de tipo 2 ou 78,72 mil toneladas e 60%, ou 188,94% seria de trigo feed ou ração. No Paraná, a produção de trigo tipo 1 seria de 25% ou 905,65 mil toneladas; a produção de trigo tipo2 também seria de 25% ou 905,65 mil toneladas e a produção de trigo feed seria de 50%”, comenta.

Segundo a consultoria, a necessidade de importação de trigo pelo Brasil na temporada 23/24 deverá ser ao redor de 7,50 milhões de toneladas e não de meros 6,0 milhões de toneladas, como diz a CONAB. “E as Tradings e compradores do Nordeste já estão tratando de aumentar as compras, pelo menos na Argentina,melhor opção de importação para os estados do Sul, diante da facilidade de frete. Os embarques previstos no país vizinho saltaram de 54 mil toneladas há duas semanas para 277 mil toneladas nesta semana”, completa.

“A importação inicialmente prevista era de 5,4 MT, conforme relatório da Conab de  novembro. Somando-se o total da disponibilidade desta safra com o previsto inicialmente para importação teríamos uma disponibilidade total inicialmente previsto de 9,80 MT, que, somado ao estoque inicial totalizaria uma disponibilidade total de 10,54 MT. Este total, diminuído da necessidade de moagem prevista pelo órgão estatal (geralmente consultada a Abitrigo), mostraria uma necessidade adicional de importação de trigo 2.098,12 mil toneladas que, somadas à importação inicialmente prevista de 5,4 MT, faria um novo total de 7.498,12 mil toneladas, cerca de 1, 5 milhão de toneladas a mais do que a estimativa do órgão estatal”, conclui.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.