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A estabilidade no arroz

Observador por Affonso Ritter



Há um bom tempo não se ouvem maiores queixas dos produtores gaúchos de arroz, principalmente contra preços baixos. E quem produziu esta mudança foram medidas simples do próprio setor, liderado em grande parte pelo Irga, na gestão do atual presidente Cláudio Pereira. A palavra mágica chama-se estabilidade de preços, conseguida utilizando as leis do mercado. A providência número um foi viabilizar a produção de soja (e milho) em terras de arroz para conter via renda a pressão da venda do arroz na época da colheita e aguardar os melhores preços. Em segundo lugar, capacitar a indústria a exportar em vez de importar arroz, retirando produto do mercado. E terceiro condicionar a indústria com incentivo tributário a beneficiar no mínimo 90% de arroz gaúcho, evitando as grandes importações.

Ciranda de preços

O preço do arroz ao produtor chegou a oscilar de R$ 17,00 o saco de 50 quilos, para R$ 40,00, penalizando as duas pontas da cadeia, segundo Claúdio Pereira: produtor e consumidor. Hoje, ele vale R$ 36,00. Nesta ciranda, sua queda chegava a 50% ao produtor, 30% à indústria e apenas 8% ao consumidor.

Soja em área de arroz

O plantio de soja como fonte de renda do produtor na época da colheita do arroz foi viabilizado com duas providências: sementes para terra plana, mais resistentes à água, e criação do camaleão, que mantém a planta da soja mais elevada em relação ao solo, via adaptação de equipamento. Resultado: na safra passada, o plantio de soja em terras de arroz atingiu 320 mil hectares.

 

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