A pecuária absorverá as altas do farelo de soja?
De acordo com a TF, o cenário não deve mudar tão cedo
“A tarefa de alimentar o rebanho bovino e outros animais não tem sido fácil. Diante de altas crescentes de seus principais insumos - o farelo de soja e o milho – pecuaristas e criadores têm encontrado dificuldades em conseguir margens maiores, que paguem o custo de alimentação”. A informação foi divulgada pela TF Agroeconômica.
“Apesar de a Abiove ter estimado um aumento de 2,02% na produção de farelo para 2021, de 35,3 milhões de toneladas ante 34,6 do ano de 2020, o derivado deve continuar acumulando altas, em função da competição para exportação e do dólar em patamares acima dos R$ 5,00”, completa.
De acordo com a TF, o cenário não deve mudar tão cedo, já que há uma corrida pela soja e seus derivados, em fatores que incluem a alta crescente de consumo de proteínas a nível mundial e o reestabelecimento de plantéis suínos na China – que, por sinal, deve superar as importações de soja e farelo no ano de 2021. “Neste início de ano, a situação encontra-se ainda pior: a oferta restrita de soja, reflexo do atraso da colheita, limitou a oferta de farelo. Alguns de nossos parceiros, atuantes do mercado de proteínas, relatam bastante dificuldade inclusive para encontrar algum farelo para compra: quem está desabastecido, corre para seus substitutos, como farelo de amendoim ou de algodão”, indica.
“Do outro lado, moageiras mantêm-se inativas, em fase de “manutenção”, em um período nada convencional, com o primeiro mês do ano já em seus últimos dias. Em resumo, de qualquer lado que se olhe a pressão por fatores altistas para os insumos percorre todos os elos das cadeias pecuárias.”, conclui.