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Abag inicia balanço da quebra da safra 2004/05

A Abag prepara um painel sobre a quebra de safra e a necessidade de socorro aos produtores agrícolas


A Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) está avaliando a situação financeira e de produção dos diferentes setores da agricultura para preparar um painel sobre a quebra de safra prevista e a necessidade de socorro aos produtores. Na semana passada, a Abag enviou um comunicado a seus 57 associados pedindo a cada um que apontasse os principais problemas enfrentados pelo setor e agora aguarda o retorno.

Além disso, a entidade enviou carta aberta à imprensa, assinada por seu presidente, Carlo Lovatelli, com um apelo público aos diferentes agentes econômicos envolvidos, para que ajudem os produtores afetados. De acordo com Lovatelli, a carta corresponde a uma solicitação do próprio ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues.

Segundo a Abag, assim que os setores da associação responderem à solicitação, a situação será avaliada e encontros serão marcados para discutir que medidas tomar. Entre os casos mais importantes, estão os de produtores que sofreram recentes e significativas perdas com a estiagem, especialmente no Rio Grande do Sul.

Na carta à imprensa, a Abag estima que a safra geral de 2004/05 apresentará a mais baixa rentabilidade dos últimos cinco anos por conta da elevação de custos de produção, queda dos preços agrícolas e valorização do dólar.

De acordo com carta, "a quebra de 15 milhões de toneladas na colheita corresponde a um esvaziamento substancial na renda do campo da ordem de R$ 7,5 bilhões". O documento pede tratamento especial por parte dos fornecedores de insumos, máquinas e equipamentos, além dos agentes financeiros, em relação aos produtores rurais. "Uma postergação das parcelas vincendas do final deste mês é uma tomada de decisão que traz fôlego para a liquidação dos débitos. Afinal, a comercialização da safra não flui na rapidez e intensidade verificadas em anos anteriores. Problemas de renda e liquidez são fatos concretos", acrescenta a Abab.

No texto, a associação lembra que o país saiu de um patamar de 90 milhões de toneladas para 130 milhões de toneladas em um curto período de tempo e, mesmo não chegando a isso nesta safra, o resultado envolveu empreendedorismo e aporte financeiro. "Temos um horizonte futuro promissor com mais expectativa de crescimento. Não podemos arrefecer diante de uma crise de natureza cíclica do setor. Vamos engrossar o coro de voz em torno da posição manifestada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, para que haja uma predisposição positiva com relação à repactuação dos débitos", finaliza a carta da Abag.

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