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ABCSEM presidirá Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças


A Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas, ABCSEM, foi designada para ocupar a presidência da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças, CSH, e a Embrapa – Hortaliças ocupará a secretaria executiva. A presidência será ocupada pelo membro do Conselho Fiscal da ABCSEM e diretor administrativo financeiro da empresa associada Agristar, Célio Rogério do Nascimento Espíndola, enquanto a secretaria executiva será ocupada por Félix Humberto França, pesquisador da Embrapa com vasta experiência em hortaliças. Visando uma atuação dinâmica, a Câmara já votou seu regulamento interno e decidiu quais serão os dois grupos temáticos que nortearão os primeiros trabalhos. Serão eles: Sistematização de informações estatísticas da cadeia produtiva de hortaliças e Análise de riscos de pragas, considerados os maiores desafios do setor. A CSH também já possui um endereço eletrônico: [email protected].

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças é composta por trinta e cinco entidades, entre elas, o Ceagesp, ABBA, OCB, Braspov, Iapar, Unesp, Conab, SOB, ABCSEM, Anapa, IBGE. A Câmara funcionará como um fórum permanente de discussões com o objetivo de otimizar a organização do setor desde sementes até embalagens. Os grupos temáticos terão coordenadores para o andamento das questões. Rumi Goto, presidente da Sociedade de Olericultura do Brasil, SOB, e Welington Pereira, pela Embrapa, coordenarão o grupo Sistematização de informações estatísticas da cadeia produtiva de hortaliças. O grupo Análise de riscos de pragas será coordenado por Adriana Luzia Pontes, da ABCSEM; e Luiz Otávio de Queiroz Neves, do MAPA-SDA.

De acordo com Célio Espíndola, “a Câmara representa o fortalecimento de um setor muito significativo para a economia interna do país, que gera milhares de empregos, fixa o homem ao campo e reduz a miséria em torno das grandes cidades”. Irene Virgilio, Presidente da ABCSEM, analisa a instalação da Câmara como sendo “uma vitória e também um marco histórico, pois é a primeira vez que se valoriza um segmento que envolve desde a produção, comercialização até o varejo de sementes e mudas de hortaliças”. A ABCSEM foi quem liderou, junto ao governo, o movimento pela formação de uma câmara específica para o setor. A CSH tratará, também sobre outros temas, entre eles, importação de sementes, comércio internacional, dificuldades de operação e interação do setor com o MAPA “de modo a identificar gargalos e oferecer sugestões, pensando sempre nos concorrentes externos e, para isso, o MAPA e demais instituições públicas e privadas do setor produtivo de hortaliças devem estar unidos,” finaliza Espíndola.

A instalação de Câmaras Setoriais integra o programa de governo, através do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA, para o desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro, com suporte específico ao Conselho do Agronegócio (CONSAGRO).

Os números do setor

As hortaliças tiveram um aumento de produção em 100% no país, de oito milhões de toneladas em 1980 para dezesseis milhões de toneladas em 2003, mas com aumento de apenas 8% na área cultivada, que passou de 720 mil para 805 mil hectares, segundo dados da Embrapa. A produção de hortaliças gera aproximadamente 2,4 milhões de postos de trabalho, considerando a projeção de 3 a 6 empregos diretos/ha e o mesmo número de empregos indiretos. O valor estimado da produção alcança 16 bilhões de reais ou 5 bilhões de dólares, que corresponde à aproximadamente 3% do valor do agronegócio brasileiro. Com relação à exportação, as hortaliças ocupam o 11º lugar entre as commodities agrícolas, o que corresponde a 1,8% do valor exportado. Há importações, contudo o setor gera superávit. Célio Espindola afirma que “embora os dados sejam estes, o maior desafio é convencer a sociedade da importância do setor.”

Ele frisou que “a instalação da CSH é mais um marco do trabalho desenvolvido pelo MAPA em prol do país, ao apoiar as reivindicações do setor olerícola nacional, e representa a formalização da abertura de um canal efetivo de comunicação.” Espíndola afirmou que “a CSH não será apenas uma formalizadora de reivindicações, mas, também, um veículo para apresentar soluções e resolver problemas do setor, pois abrange toda a cadeia produtiva de hortaliças.”

Além da Câmara Setorial de Hortaliças, outras já foram criadas como as câmaras da Cadeia de Bovinos, Uva, vinhos e derivados; Ciências Agrárias; Triticultura; Milho, Sorgo, Aves e Suínos; e Agricultura Orgânica. Estão, em andamento, a finalização da criação de outras câmaras setoriais, entre elas, a de plantas ornamentais, a do arroz e a do leite.

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