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Aberto o Seminário de Pós-Colheita

Evento acontece em Espumoso/ RS


Evento acontece em Espumoso (RS)

Com a presença de cerca de 250 pessoas foi aberto nesta terça-feira (6) o V Seminário Sul de Pós-Colheita, que acontece em Espumoso, Rio Grande do Sul, entre os dias 6 a 8 de dezembro. Conforme declara o presidente da Associação Brasileira de Pós-Colheita, Abrapós, Irineu Lorini, o seminário é um evento regular promovido pela associação, e que busca levar aos participantes, temas relevantes sobre os cuidados necessários que o produtor precisa ter com sua produção, depois de colhida a lavoura. “Principalmente para que ele reduza as perdas que acontecem durante o período de armazenagem do grão”, ressalta.


O tema do evento é Qualidade e confiança no grão armazenado e no dia de ontem foram abordados assuntos como a perspectivas do mercado nacional e internacional de grãos, Certificação de unidades armazenadoras, cadeia de produção, armazenamento e industrialização do trigo, manejo de contaminantes como pragas, roedores, fungos e micotoxinas e a segurança alimentar. Para hoje, quarta feira estão previstas palestras sobre sistemas de energia e segurança operacional nas unidades armazenadoras, secagem e aeração de grãos, e experiências práticas de armazenamento de grãos, serão abordados em palestras especificas durante o evento.

Lorini acrescenta que através das discussões sobre estes temas, o evento visa estimular a busca de resultados que promovam a qualidade e a confiança das cadeias alimentares no grão armazenado. A indústria de equipamentos, produtos e serviços estará presente em estande de expositores, trazendo as inovações tecnológicas que permitirão ao setor de pós-colheita se manter na posição de destaque no agronegócio brasileiro. Palestrante no dia de ontem, o analista de mercado da Conab, Paulo Morceli, diz que o Brasil deve produzir neste ano 50% do trigo que consome e, por isto, terá que importar o restante. Conforme ele o total colhido será de 5,5 milhões de toneladas, sendo que 800 mil toneladas serão exportadas para a produção de ração, pois não é um trigo de qualidade para panificação ou biscoitos. O analista defende que o Brasil procure atuar como um player de mercado, ou seja, se não produz trigo de qualidade para panificação, que traga de outros países produtores. “Claro, temos que dar suporte aos agricultores brasileiros que querem manter seu plantio, mas podemos trabalhar para comercializar produtos nos quais nos destacamos como soja e importar aqueles dos quais não temos bons produtos, como é o caso do trigo”, esclarece.


Já sobre o tema de micotoxinas, o professor e pesquisador da Universidade Federal de Santa Maria, RS, Carlos Mallmann, relatou que o índice de problemas com micotoxinas em alimentos tem crescido, principalmente pelos produtos que estão sendo armazenados em condições não adequadas. Conforme diz, alguns problemas já estão vindo desde as lavouras, Ele apontou que uma das causas para isto são os vários anos de uso do Plantio Direto sem nenhum trabalho na terra. “Se você mantém aquela palha e vai sobrepondo mais palha no mesmo ambiente sem que ele “tome ar, respire” você cria naquele local um ambiente extremamente propício para o surgimento de fungos e micotoxinas que, pelo trabalho da lavoura, podem ser levados junto com os grãos, para os silos. As conseqüências são justamente o aumento da presença destes fungos nas unidades de armazenagem, assinala.
O pesquisador afirma que é preciso ter ações práticas para evitar a disseminação destas micotoxinas pois elas podem levar ao ser humano, através de produtos que ele vai consumir, doenças bem graves.

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