Abertura do mercado de gás natural cria boas perspectivas
O déficit cumulado na balança comercial de produtos químicos é considerado um recorde
A iniciativa do ministro da Economia, Paulo Guedes, de abrir imediatamente o mercado de gás natural acaba criando uma série de boas perspectivas para o setor, na visão da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Isso porque a Associação atribui o déficit de US$ 6,9 bilhões no setor à falta de uma política relativa a esse produto.
Dadas essas circunstâncias, o déficit cumulado na balança comercial de produtos químicos é considerado um recorde, representando um aumento de 23,9% em relação ao mesmo trimestre de 2018. Nos últimos 12 meses, de abril de 2018 a março de 2019, o indicador totaliza US$ 30,9 bilhões, 4,4% acima do déficit de US$ 29,6 bilhões do consolidado do ano passado.
Além disso, as importações de produtos químicos foram de US$ 9,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que significa uma elevação de 9,9% em relação ao mesmo período de 2018. Os produtos químicos para o agronegócio, com aumentos superiores aos 50%, foram particularmente impactantes para o incremento do valor total importado.
“Defendemos um processo de inserção comercial responsável e inteligente, que deve ser concomitante à resolução dos graves problemas estruturais brasileiros em termos de logística, custo de energia, disponibilidade e custos de matérias-primas e insumos fundamentais, como o gás natural, todos esses fatores comumente denominados de ‘Custo Brasil’, e igualmente acompanhado do conjunto de reformas preconizadas pelo Governo, em especial àquelas da previdência e tributária, que assegurarão novo patamar de competitividade às empresas brasileiras, que já são extremamente competitivas da porta para dentro”, destaca Denise Naranjo, diretora de assuntos de comércio exterior da Abiquim.
